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15 de ago. de 2012

Síria - Um País mergulhado em guerra!


Exército sírio fecha cerco para 'batalha decisiva' em Aleppo


Batalha de Alleppo prestes a tomar grande rumo


O Exército sírio concluiu neste domingo sua operação para reforçar as tropas em Alleppo e está pronto para a "batalha decisiva" contra os rebeldes nesta cidade-chave do norte da Síria, onde prosseguia o bombardeio contra as posições dos insurgentes. A Força Aérea síria bombardeou os bairros de Shar, Sajur e Salahedin na cidade, todos sitiados pelo exército, informou o opositor Observartório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O bairro de Salahedin, abandonado pela população, é o principal objetivo dos militares.

"Todos os reforços já chegaram e cercaram a cidade. O Exército está pronto para lançar a ofensiva decisiva, mas aguardamos as ordens", alertou um oficial, prevendo que os combates nas ruas exigirão tempo. Segundo o jornal oficial Al Watan, a verdadeira batalha de Aleppo ainda não começou. "A missão atual (do Exército) consiste em aplicar duros golpes aos terroristas, a estreitar o cerco e reforçar o controle de entradas da cidade para lhes impedir de fugir".

Em Damasco, três oficiais do Serviço de Informação Política desertaram e se refugiaram na Jordânia, informou Kassem Saad Eddine, porta-voz do Exército Sírio Livre (ESL), na Síria. "O coronel Yareb al Shareh, seu irmão Kanaan Mohamad al Shareh e o coronel Yaser Hajj Ali, que trabalhavam no Serviço de Informação Política em Damasco, desertaram e se encontram na Jordânia". As deserções não foram confirmadas pelo regime sírio.


Situação estagnada

Um alto oficial confirmou que a verdadeira batalha de Aleppo ainda não começou e que os bombardeios não são mais que preparativos. Ele disse que pelo menos 20 mil soldados foram destacados como reforço dentro de Aleppo e em seus arredores e que outros continuam chegando. Os rebeldes dizem controlar a metade da cidade e afirmam que, apesar dos bombardeios, os soldados não conseguem avançar nos bairros.

Segundo jornalistas da AFP no local, a situação parece paralisada. Os combatentes do Exército Sírio Livre (ESL, formado por desertores e civis que pegaram em armas) e soldados se enfrentam violentamente em Salahedin, mas continuam esperando a grande ofensiva prometida pelo regime.

Para aliviar Aleppo, os rebeldes atacam quase toda noite do aeroporto militar de Managh, onde estão alguns helicópteros. Os aviões da aeronáutica, porém, vêm de Idleb, mais a oeste, ou de outras regiões e, por enquanto, nada parece detê-los. Em comunicado, o Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição, acusou o Exército de bombardear as sedes de instituições públicas, que fazem parte do patrimônio arquitetônico de Aleppo.

Aleppo é uma das cidades mais antigas do mundo e a cidade velha é considerada pela UNESCO "de valor universal inestimável". O CNS reiterou também seu pedido a favor de 800 famílias no centro histórico de Homs (centro) que há mais de 60 dias estão "ameaçadas não só por um bombardeio selvagem, mas também pela fome, sede e falta de medicamentos". O Conselho também pediu à comunidade internacional, muito dividida sobre a crise síria, "e aos países vizinhos a atuar seriamente frente à ameaça que o regime representa para a existência da Síria, a paz e a estabilidade internacional".

Iranianos sequestrados

Informações divergentes circulavam neste domingo sobre a identidade dos sequestradores dos iranianos capturados no sábado na Síria, cujo rapto foi reivindicado pelo Exército Sírio Livre (ESL) e, ao mesmo tempo, atribuído por um opositor sírio a um grupo extremista sunita. Os raptores de 48 iranianos - supostos peregrinos - sequestrados no sábado, na Síria, são membros de um grupo extremista sunita, afirmou neste domingo um dirigente da oposição síria, pouco depois de o Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes) reivindicar o sequestro em um vídeo.

"Jundala é um grupo islâmico extremista que tem um discurso religioso baseado no ódio aos xiitas e aos alauitas", afirma o dirigente, que não quis ser identificado. Os extremistas sunitas consideram os xiitas e alauitas - facção do xiismo a qual pertence o presidente Bashar al Assad - como hereges. A maioria da população síria é sunita.

Mais cedo, a rede de televisão com capital saudita Al Arabiya divulgou imagens que mostram os reféns iranianos em mãos de rebeldes sírios, que afirmam deter alguns membros dos Guardiões da Revolução. Nas imagens, o representante do ESL, um grupo armado rebelde, mostra o que diz ser um documento de identificação militar e uma permissão para portar armas de um dos iranianos, apresentado como um Guardião da Revolução. O Irã insiste que os sequestrados são peregrinos capturados quando se dirigiram de ônibus para o aeroporto e exige sua libertação.

Fonte: Terra

Vejam alguns vídeos deste fim de semana:
A Batalha de Aleppo

A Batalha de Daraa

Não Percam! Plantão a qualquer momento com informações e vídeos da batalha decisiva de Aleppo aqui no Sempre Guerra.

Rússia e Irã enviam Tropas e Armamentos para Síria

Guerra entra em nova fase, a mais descarada de todas, com participação estrangeira

8 navios de guerra russos com destino a Síria - por motivos desconhecidos
No começo do dia, a Interfax citou uma fonte não identificada do Ministério da Defesa dizendo que três navios de desembarque, um navio anti-submarino e quatro pequenas embarcações poderiam chegar em Tartus no domingo. Os navios estão carregando um contingente de cerca de 360 ​​fuzileiros navais e veículos anfíbios blindados.

A fonte não especificou se os marines permaneceria em Tartus ou sairá com os navios de guerra. Tartus é um porto pequeno e não será capaz de encaixar mais de dois navios de cada vez, disse a fonte.

Especialistas em defesa questionam se o grupo naval pode estar na região para evacuar os russos base na Síria.

"Cada navio grande está levando o esquadrão armado de cerca de 120 fuzileiros navais com armas de fogo, incluindo submetralhadoras, metralhadoras, lançadores de granadas e lança-chamas, e equipamento militar, incluindo lanchas e pequenas embarcações blindadas para as suas ações na costa do mar", a fonte observou.

"Nossos navios de guerra vai chegar a Tartus para reabastecer seus estoques de materiais. Os navios de guerra ficarão por lá vários dias, então eles seguirão para a parte norte-oriental do Mar Mediterrâneo, a fim de entrar no Mar Negro em 12 de agosto através dos estreitos do Mar Negro e chegar a uma base naval em Novorossiisk." Ele disse sem dar mais detalhes se os fuzileiros navais russas vão ficar na base naval russa para garantir sua segurança.

Fonte: Voz da Rússia / Itar-Tass / Bendbulletin

Rebeldes: combatentes iranianos na Síria para ajudar Assad


Ao longo das últimas semanas, mais de 3.000 snipers iranianos chegaram a Damasco para ajudar as forças leais ao presidente sírio, Bashar Assad , Al-Arabiya, citando um líder de um dos grupos rebeldes que operam no país devastado pela guerra civil.


O chefe do Conselho Conjunto Militar, um dos grupos que lutam para manter o controle da cidade de Aleppo , disse à rede de televisão de Dubai que o exército sírio não confia mais em suas tropas locais, que são agora considerados desertores em potencial.

Fonte: YNetNews

SEMPRE GUERRA: Guerra entra em nova fase, a mais tensa e descarada de todas, com participação ativa de países estrangeiros em ambos os lados do conflito.Teme-se que o conflito se espalhe regionalmente, apesar da Jordânia e Líbano tentarem acalmar os ânimos. Vamos aguardar as ações dos próximos dias e neste jogo de poder, alguém tomará a iniciativa sem o consentimento da ONU...

Vejam os vídeos dos últimos dias da Guerra Civil da Síria:

Confrontos entre Rebeldes e Exército Pró-Assad em Daara


+ Batalha de Daara



Cerco Militar Pró-Assad em Idlib



Batalha na periferia de Damasco



A Batalha de Aleppo

Guerra síria, de mentiras e hipocrisia



Excelente texto publicado no OperaMundi


Já houve uma guerra no Oriente Médio com tanta hipocrisia? Uma guerra com tanta covardia e imoralidade, falsa retórica e humilhação pública? Não estou falando sobre as vítimas físicas da tragédia síria. Estou me referindo às mentiras e enganações de nossos mestres e de nossa opinião pública — oriental e ocidental — em resposta à matança, à pantomima perversa que mais lembra uma sátira de Swift do que Tolstoy ou Shakespeare.

Enquanto o Qatar e a Arábia Saudita armam e financiam os rebeldes da Síria para derrubar a ditadura alawita/xiita-Baathista de Bashar al-Assad, Washington não profere uma palavra de crítica contra eles. O presidente Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, dizem que querem democracia na Síria. Mas o Qatar é uma autocracia e a Arábia Saudita está entre as mais perniciosas ditaduras-reinos-califados do mundo árabe. Os governantes dos dois estados herdam o poder de suas famílias — assim como Bashar — e a Arábia Saudita é aliada dos rebeldes salafistas-wahabistas da Síria, assim como foi um dos mais fervorosos apoiadores do medieval Talibã durante a idade da escuridão afegã.

De fato, 15 dos 19 sequestradores-assassinos em massa de 11 de setembro de 2001 vieram da Arábia Saudita, depois do que, naturalmente, bombardeamos o Afeganistão. Os sauditas estão reprimindo sua própria minoria xiita da mesma forma como pretendem destruir a minoria alawita-xiita da Síria. E acreditamos que a Arábia Saudita quer instalar uma democracia na Síria?

Temos então o partido-milícia xiita Hezbollah no Líbano, mão direita do Irã xiita e apoiador do regime de Bashar al-Assad. Por 30 anos, o Hezbollah defendeu os xiitas oprimidos do sul do Líbano contra a agressão israelense. Eles se apresentam como defensores dos direitos dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza. Mas, diante do lento colapso de seu aliado implacável na Síria, perderam a língua. Não disseram uma palavra — nem mesmo Sayed Hassan Nasrallah — sobre os estupros e o assassinato em massa de civis sírios por soldados de Bashar e pela milícia Shabiha.

E temos também os heróis dos Estados Unidos — La Clinton, o secretário de Defesa Leon Panetta e Obama. Clinton divulgou uma “advertência” para Assad. Panetta — o mesmo homem que repetiu para os últimos soldados dos Estados Unidos no Iraque a velha mentira sobre a conexão de Saddam com o 11 de setembro — anunciou que as coisas “estão saindo do controle” na Síria. Mas isso está acontecendo há seis meses. Descobriu isso agora? E Obama nos disse na semana passada que “dado o estoque de armas químicas do regime, continuaremos a deixar claro para Assad… que o mundo está de olho”. Mas, não foi aquele jornal do Condado de Cork, chamado Skibbereen Eagle, que temendo a cobiça da Rússia em relação à China declarou “que estava de olho… no czar da Rússia?”. Agora foi a vez de Obama enfatizar o pouco que pode influir nos grandes conflitos do mundo. Bashar deve estar tremendo de medo.

Será que o governo dos Estados Unidos realmente gostaria de ver os atrozes arquivos da tortura de Bashar abertos para nós? É que, apenas alguns anos atrás, o governo Bush mandava muçulmanos para Damasco para que os torturadores de Bashar arrancassem suas unhas em troca de informação, presos a pedido do governo dos Estados Unidos no mesmo buraco infernal que os rebeldes sírios implodiram na semana passada. As embaixadas ocidentais diligentemente ofereciam aos torturadores as perguntas que deviam ser feitas às vítimas. Bashar, vejam bem, era nosso bebê.

Ah, existe aquele país da vizinhança que nos deve muita gratidão: o Iraque. Na semana passada, sofreu em um dia 29 ataques a bomba em 19 cidades, com a morte de 111 civis e ferimentos em outros 235. No mesmo dia, o banho de sangue da Síria consumiu um número parecido de inocentes. Mas o Iraque estava no pé da página, enterrado abaixo da dobra, como dizem os jornalistas; porque, naturalmente, nós demos liberdade ao Iraque, uma democracia jeffersoniana, etc, etc, não é verdade? Então essa matança a leste da Síria não tem a mesma importância, certo? Nada que fizemos em 2003 levou ao que o Iraque sofre hoje, certo?

Por falar em jornalismo, quem na BBC World News decidiu que os preparativos para as Olimpíadas deveriam preceder no noticiário os ultrajes da Síria na semana passada? Os jornais britânicos e a BBC no Reino Unido naturalmente deveriam destacar as Olimpíadas, como notícia local. Mas, em uma decisão lamentável, a BBC — transmitindo para o mundo — também decidiu que a passagem da tocha olímpica era mais importante que crianças sírias morrendo, ainda que os despachos viessem do corajoso repórter da emissora, diretamente de Aleppo.

E, naturalmente, há nós, os queridos liberais que rapidamente enchem as ruas de Londres para protestar contra a matança israelense de palestinos. Justo, com certeza. Quando nossos líderes políticos se contentam em condenar os arábes por sua selvageria mas se mostram muito tímidos para dizer uma palavra de tênue crítica quando o exército israelense comete crimes contra a humanidade — ou assiste a aliados fazendo isso no Líbano –, gente comum deve relembrar ao mundo que não somos tão tímidos quanto nossos líderes. Mas quando a matança na Síria atinge de 15 mil a 19 mil pessoas — talvez 14 vezes mais que as mortes causadas pela investida selvagem de Israel em Gaza, em 2008-2009 — praticamente nenhum manifestante, a não ser pelos exilados sírios, foi para as ruas condenar estes crimes contra a humanidade. Os crimes de Israel não atingem esta escala desde 1948. Certo ou errado, a mensagem é simples: demandamos justiça e direito à vida para árabes se eles forem massacrados pelo Ocidente ou seus aliados israelenses;  mas não quando eles são massacrados por outros árabes.

E enquanto isso, nos esquecemos da “grande” verdade. Que esta é uma tentativa de esmagar a ditadura síria não por causa de nosso amor pelos sírios ou nosso ódio pelo nosso ex-amigo Bashar al-Assad, ou por causa de nosso ódio pela Rússia, cujo lugar está garantido no panteão dos hipócritas quando vemos a reação do país às pequenas Stalingrados que se espalham na Síria. Não, esta guerra é sobre o Irã e nosso desejo de esmagar a República Islâmica e seus planos nucleares infernais — se eles existirem — e não tem nada a ver com direitos humanos ou com o direito à vida ou à morte dos bebês sírios. Quelle horreur!

Fonte: OperaMundi

Outras Notícias:


Os rebeldes se apoderaram nesta segunda-feira (30/7) de um posto estratégico que lhes permite enviar reforços e munições aos seus companheiros de armas em Aleppo, campo de batalha entre insurgentes e regime, que sofreu um novo revés com a deserção de mais um diplomata em Londres.
Esta passagem para Turquia é vital para os rebeldes que instalaram seu quartel general neste país. E caso os opositores consigam o controle total de Aleppo (355 km ao norte de Damasco), vão criar uma "zona de segurança" no norte da Síria, daí a importância desta batalha. O Exército não avançou nem um metro.


Os militares sírios intensificaram sua campanha para expulsar os rebeldes da cidade de Aleppo, onde os combatentes dizem resistir firmemente, prometendo transformar a maior cidade do país na "tumba do regime".


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o premiê da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, estão trabalhando para acelerar "a transição política" e a saída de Bashar al Assad na Síria, afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira (30).
Os dois líderes tiveram uma conversa telefônica nesta segunda e manifestaram sua "preocupação crescente" no que diz respeito aos "ataques impiedosos do regime sírio contra seu próprio povo, o mais recente em Aleppo", disse o governo americano em comunicado.