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31 de ago. de 2012

Música clássica!...


Um pouco de música...

Vivaldi - Concerto para Violino - RV 356

 Mozart e a Musa 





A violinista Hilary Hahn nasceu na Virgínia, EUA, e em novembro próximo completa 32 anos. Já se apresentou nos mais nobres palcos do mundo, foi premiada com dois Grammy e eleita a Melhor Solista duas vezes pela Revista Billboard. Gravou vários cds, com obras de Mozart, Tchaikovsky, Mendelssohn e outros grandes compositores para violino, com destaque especial para a gravação dos 3 Concertos para Violino de Bach, que na opinião deste leigo é simplesmente a melhor gravação já feita (ouça um pouco aqui).


No vídeo acima está o primeiro movimento do Concerto n4 de Mozart. Imperdível!

(ah se ela soubesse que estou solteiro...)


 O Efeito Mozart



"Pesquisas comprovam que
ouvir certas músicas de Mozart
ativa os neurônios e
melhora a inteligência"




O Efeito Mozart é um termo usado para fazer referência aos poderes de transformação da música na saúde, educação e bem-estar. Representa, de uma maneira genérica, o uso da música para reduzir o estresse, a depressão e a ansiedade; induzir o relaxamento e o sono; restaurar o corpo; melhorar a memória e o estado de alerta.

A pesquisa com a música de Mozart começou na França nos idos de 1950, época em que o Dr.Alfred Tomatis iniciou as suas experiências de estimulação auditiva em crianças com problemas de audição e comunicação. Nessa época já havia muitos centros de pesquisas espalhados pelo mundo todo que usavam as músicas de alta freqüência de Mozart, especialmente os concertos para violino e as sinfonias, para ajudar crianças com dislexia, problemas de fala e autismo. A Universidade da Califórnia, Irvine, começou suas experiências nessa área em 1950, relacionando a música do compositor com a inteligência espacial. Em 2001 os ingleses começaram a estudar o efeito das obras nos epiléticos.

O Dr.Tomatis descobriu que ela acalmava e melhorava a percepção espacial e permitia que o ouvinte se expressasse com maior clareza, comunicando-se com o coração e a mente. O ritmo, a melodia, a excelência de execução e as altas freqüências da música de Mozart claramente estimulavam e impregnavam as áreas criativa e motivacional do cérebro. Mas talvez o segredo da sua magnitude seja porque ela soa pura e simples. Mozart não tece uma tapeçaria deslumbrante como o grande gênio matemático de Bach. Não provoca ondas de emoções como o epicamente torturado Beethoven. Sua obra não tem a rígida simplicidade de um Canto Gregoriano. Não acalma o corpo como uma boa música folclórica, nem atira em movimento como um astro de rock. Ele é, ao mesmo tempo, profundamente misterioso e acessível e, acima de tudo, destituído de malícia. Daí a sua aura de Eterna Criança. Sua graça, seu encanto e sua simplicidade nos permitem divisar uma sabedoria mais profunda dentro de nós.

A expressão estrutural e emocional ajuda a esclarecer a percepção tempo/espaço. A estrutura do rondó e da sonata-allegro constitui a forma básica na qual o cérebro torna-se familiar com o desenvolvimento das idéias.

O ouvido começa a se desenvolver na 10ª semana da gestação de um bebê e é funcional aos 4 meses e meio (da gestação). Ele é essencial para o equilíbrio, a linguagem, a expressão e a orientação espacial. Sendo uma antena receptora, vibra em uníssono com a fonte de som, quer esta seja musical ou lingüística. O corpo se contrai quando tenta se proteger de sons irritantes ou desagradáveis e relaxa com sons harmoniosos. Por intermédio da medula, o nervo auditivo se conecta com todos os músculos do corpo, explorando o repertório inerente de padrões de estímulo espaço-temporal do córtex. A música complexa facilita determinados padrões neurais envolvidos em atividades superiores, como a matemática e o xadrez. Em contrapartida, a música simples e repetitiva poderá ter o efeito contrário.

Som é o campo vibracional que forma a linguagem, a música e até o silêncio. Quando ele está organizado nós nos comunicamos por palavras, idéias, sentimentos e expressões. Por outro lado, quando ele está desorganizado é criado o barulho. O som chega ao nosso cérebro e ao nosso corpo através da pele, ossos e ouvidos, mesmo que a pessoa esteja em estado de coma. É claro que cada pessoa escuta de uma forma diferente, reagindo de uma maneira diferente ao som e ao barulho. Quando ritmo, melodia e harmonia estão organizados em uma bela forma, mente, corpo, espírito e emoções se harmonizam.
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