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3 de jul. de 2012

Noite de sucessos!...






O álbum “A Curva da Cintura” de Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e do malinês Toumani Diabaté  foi lançado em novembro de 2011 no Brasil. No último final de semana, os ingleses tiveram o prazer de serem apresentados à suavidade desta parceria intercontinental, na primeira edição do Festival Back2Black, promovido em Londres, e num pocket show  totalmente acústico, na loja de discos Rough Trade East na segunda feira, 2 de julho.
O pocket show que era para ser curto, com poucas músicas, acabou se estendendo a uma hora, atendendo aos pedidos de bis, duplo bis, mais uma, mais outra… O público presente conseguiu arrancar um sorriso coletivo dos músicos quando participou com palmas na canção “Meu Cabelo” na letra contagiante e alegre.
Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra dispensam apresentações, já Toumani é internacionalmente conhecido por tocar o instrumento chamado kora – uma espécie de harpa com 21 cordas – um artefato que ele mesmo fabrica. Nos anos de 2010 e 2011, o músico malinês ganhou o Grammy Awards, na categoria melhor álbum de “Traditional World Music”.




Toumani já havia participado antes do festival Back2Black no Brasil, onde ele conheceu os músicos brasileiros e na edição do ano passado, com apenas um ensaio, os três se apresentaram e dali surgiu a ideia de Antunes e Scandurra convidarem Toumani. O projeto que já vinha sendo moldado desde 2009, resultou no suave e poético “A Curva da Cintura”, que além de world music trás baladas, pop e rock no seu repertório.
Este álbum é mais do que a mistura de um poeta, um roqueiro e o melhor músico de kora. É também a união de gerações, o filho de Toumani, Sidiki Diabaté e o filho de Scandurra, Daniel Scandurra também participam do álbum e da turnê. Juntamente dos pais & filhos a percursionista Michelle Abu integrou a turnê.
As gravações do álbum foram feitas em São Paulo e Bamako, no Mali, que rendeu um DVD, dirigido por Dora Jobim, neta de Tom Jobim. Esse documentário, mostra os brasileiros em solo malinês e o processo da fabricação da harpa africana.
O trio está em turnê pela Europa desde o final de junho, já passaram por Portugal e Reino Unido, seguem para duas apresentações na Espanha, voltando a se apresentar no Brasil em 19 de julho, em Ribeirão Preto. Para conferir o álbum na integra e a agenda de shows, acesse o site oficial.



Michel Pozzebon | mi
Christopher Owens, vocalista e co-fundador do Girls, anunciou nesta segunda-feira, 2 de julho, a sua saída da banda. O músico informou a decisão pelo Twitter deixando surpresos os fãs do grupo indie californiano que tem o som comparado a Beach Boys, Buddy Holly e Elvis Costello.
Em uma das mensagens postadas na rede social, Owens disse que não foi fácil a decisão de deixar a banda. “Minhas razões neste momento são pessoais. Eu preciso fazer isso para progredir”, destacou o músico que deve seguir em carreira solo. No entanto, ainda não há nenhuma informação sobre a continuidade do Girls. Surgido em 2007 na cidade de San Francisco, o grupo lançou dois discos, um EP e oito singles.




Es
Essa é para os adeptos da música eletrônica. Uma multinacional francesa de livrarias lançou um concurso que apontará os melhores DJs do Brasil. O “Desafio Fnac Beat & Bit”  premiará os músicos amadores que se distingam por sua originalidade, excelência técnica e inovação do seu trabalho. Os participantes passarão pelo crivo de um júri formado por personalidades como Edgard Scandurra (guitarrista), Fernanda Porto (cantora e DJ), DJ Xerxes, além de jornalistas e especialistas da área musical.
Os participantes inscritos recebem o vocal e o tema musical. A partir deles, uma nova composição da faixa original (remix) deve ser produzida. As músicas serão disponibilizadas na página da Fnac no Facebook até o dia 25 de julho de 2012. As inscrições (limitadas a 600 concorrentes) vão de 28 de junho a 25 de julho. Serão dois ganhadores. O primeiro será eleito pelo júri e o segundo pelo voto popular através do Facebook.


Miche
Hoje poderia ser um dia qualquer, mas não é. Nesta quarta-feira, 13 de julho, celebramos o mais popular dos gêneros musicais. Um tal de rock and roll, estilo surgido no final dos anos 1940 e início dos anos 1950, enraizado em gêneros musicais afro-americanos, e que rapidamente se espalhou pelo mundo. No entanto, os historiadores destacam que elementos do rock já podiam ser ouvidos em gravações country da década de 1930 e blues dos anos 1920.
Cabe ressaltar que além de histórico e popular, o rock também tem evidenciado muito o seu lado social. É um gênero que trascende a música. Para se ter uma ideia do que estou falando, basta compreender porque o dia 13 julho foi instituído como o Dia Mundial do Rock. Nesta data em 1985, Bob Geldof  – ator principal de “Pink Floyd The Wall” (1982) – organizou o Live Aid. O show simultâneo em Londres, na Inglaterra e na Filadélfia, nos Estados Unidos, tinha como objetivo erradicar a fome na Etiópia. Tal evento contou com a presença de artistas como David Bowie, Dire Straits, Queen, The Who, Led Zeppelin, Mick Jagger, Sting, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton, entre outros.

Vinte anos mais tarde, Geldof organizou o Live 8 com uma nova edição e estrutura maior, tendo shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa das nações mais pobres e erradicar a miséria do mundo. 



Uma preciosidade! Isso é o mínimo que dá para dizer sobre “Remember That Night“, título do dvd de David Gilmour, eterno guitarrista/ vocalista e líder do Pink Floyd(e me perdoem os que preferem o Roger Waters). O show é da turnê “On the Island“, disco solo de Gilmour gravado no Royal Albert Hall em 2007. O dvd foi lançado apenas nos EUA e Europa, então o negócio é comprar pela internet. O show além de ser muito bem produzido, conta com presenças ilustres como David Bowie, Phil Manzanera (guitarrista do Roxy Music) além de David Crosby e Graham Nash (Crosby, Stills & Nash), estes fazendo harmonias vocais maravilhosas com Gilmour. Vide a música “On the Island”.

Outro convidado muitíssimo especial é o amigo e parceiro de composições de Gilmour, Richard Wright, falecido vítima de câncer em 2008. Wright e Gilmour, eram os responsáveis pelos arranjos melódicos do Pink Floyd. Percebe-se perfeitamente a integração entre eles neste show quando cantam juntos clássicos como “Time“, “Breathe” e a extraordinariamente viajanteEchoes“. Esta uma bomba lisérgica com mais de 20 minutos de pura psicodelia. Importante registrar que esta foi a última execução de “Echoes“, pois David Gilmour disse após a morte de Wright, que não se sentiria em condições de cantá-la sem a presença do velho amigo e parceiro. Ao longo do show, Gilmour em momento de grande inspiração, despeja seu feeling aos baldes nos solos de guitarra. Chega a ser emocionante! Com a permissão do nosso big boss Michel, deixo aqui o registro da fundamental “Echoes” dividida em 3 partes. Apertem os cintos e boa viagem!



Ou Portador de Necessidades Especiais, segundo recomenda a prática do eufemismo contemporâneo, o “politicamente correto”. Ian Dury, um dos papas do Pub Rock inglês foi uma figura iluminada por sua bizarrice e ativismo. Após contrair poliomelite ainda piá, aos 7 anos, Dury foi matriculado numa escola para crianças especiais, que pautava sua metodologia de reabilitação e “inserção social” (expressão odiosa) na arte e afins. Lá o cara sacou possuir tremenda predisposição à pintura, coisa que o levou mais tarde para a Royal College of Art, onde teve aulas com ninguém menos que Peter Blake (o maluco que concebeu a arte de capa de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”).
Mas a piração de Ian Dury com as manifestações artísticas era mais sonora. E elétrica. Após figurar na cena botequeira de Londres no início dos 70s com o Kilburn & the High Roads, o baixotinho conheceu a fama anos mais tarde com os Blockheads (sob a égide de caras que haviam originalmente cuidado do negócios do Pink Floyd). Cercado de gente esperta e atenta ao caminho das pedras deixado pelo avant-garde às avessas do Punk 77, Dury começou a descascar com a nova banda um som maneírissimo cercado de influências enérgicas associado ao que já havia experimentado com o Pub Rock. Ele antecipou a New Wave ao bater tal gênero no liquidificador junto de outros ingredientes finos, como o funk, o reggae e até mesmo o jazz. E o resultado foi um puta retetéu, malandragem. Confere aí o grande hit do figura.

“…Sex and drugs and rock and roll
Is all my brain and body need”





O guitarrista dos Rolling Stones Ronnie Wood  comentou recentemente em seu programa na rádio inglesa Absolute Radio, como ele recusou o convite de participar da banda The New Yardbirds, que mais tarde mudaria o nome para Led Zeppelin, mantendo a formação original até a morte do baterista John Bonham em setembro de 1980. Este novo conjunto era uma reformulação dos Yardbirds em meados dos anos 60. Nessa época Wood tocava com o Jeff Beck Group que também já havia feito parte da antiga formação dos Yardbirds.


Sua resposta negativa ao ingressar na nova banda veio acompanhada com um certo preconceito: “Não posso ingressar numa banda com um monte de agricultores”, disse Wood.
De qualquer forma essa ‘dança de cadeiras’ entre os participantes das bandas, foi benéfica para os fãs, que anos mais tarde tiveram os Rolling Stones e o fabuloso Led Zeppelin!