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1 de jul. de 2012

Dicas de campo a distância

     
Pesquisadores criam série de vídeos em que ensinam técnicas para monitoramento de animais e plantas em experimentos ‘in loco’.
Dicas de campo a distância
O biólogo Pedro Ivo Simões apresenta o vídeo sobre monitoramento de sapos. Divido em três partes, o vídeo ensina como preparar uma expedição à floresta, como agir em campo e como analisar e conservar o material coletado na volta ao laboratório.
Cursos a distância são realidade para muitas carreiras, mas seria possível aprender técnicas de campo virtualmente? Apostando em uma resposta afirmativa para a pergunta, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) lançaram uma série de vídeos em que ensinam como coletar e monitorar algumas espécies de animais e plantas.
Todos os vídeos foram produzidos, filmados e narrados pelos próprios pesquisadores. Se em alguns momentos eles parecem pouco confortáveis com o texto ensaiado, em outros mostram com desenvoltura o passo a passo do trabalho na floresta. “Para nós era importante ter a pessoa do pesquisador apresentando, afinal, não é uma novela”, conta o biólogo William Magnusson, coordenador da iniciativa. 
Para nós era importante ter o pesquisador apresentando, afinal, não é uma novela
Magnusson explica que a série surgiu para complementar os cursos presenciais que o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Inpa oferece a profissionais que realizam monitoramento ambiental para órgãos governamentais como a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“A demanda por esses cursos aumentou muito e não tínhamos capacidade de atender. Também percebemos que quem dava a disciplina em campo às vezes esquecia alguma coisa e que muitos alunos não prestavam atenção e voltavam com dúvidas. Com os vídeos, isso não acontece, eles servem como uma revisão.” 
“Estamos aprendendo; cada vez fazemos um pouco melhor”
Cinco vídeos já estão disponíveis gratuitamente na página do programa e no seu canal do YouTube. Todos seguem uma metodologia padrão, abordam grupos específicos de plantas e animais – árvores comerciais, samambaias, sapos e primatas – e explicam desde como montar o experimento no campo até como organizar os dados coletados. O próximo vídeo a sair tratará de peixes.
“Estamos aprendendo; cada vez fazemos um pouco melhor”, avalia Magnusson. “Estamos fazendo algumas mudanças para melhorar o áudio, que é sempre o mais complicado. Mas o mais importante é que os vídeos sejam úteis."

Confira a primeira parte do vídeo sobre trabalho de campo com sapos