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14 de abr. de 2012

Pelos Meandros da Idolatria Moderna




Judeus na Idolatria?!

Agora chegou a hora de falar e denunciar a prática da idolatria pelos Judeus.
O que mais me moveu a escrever sobre este assunto, criando mais uma Página no meu Sítio foi o impacto que senti ao assistir o Filme “A Alegria de Viver”.
Este filme é dirigido por Paul Mazursky, conceituado cineasta. É Ator, Diretor, Produtor, roteirista e dramaturgo do Hollywood. Possui uma respeitável lista de filmes nos quais atuou como diretor e como roteirista.
No filme que assisti ele aparece como Ator e principal personagem, e diz: “Sou Judeu, mas não sou religioso; sou secular”.
O filme é um Documentário que ele fez sobre a Festa Religiosa Judaica que acontece em Uman, na Ucrânia, todos os anos, por ocasião de Rosh Hashanah, o Ano Novo Judaico. Cerca de 20 a 25 mil Judeus acorrem para lá de todas as partes do mundo, principalmente de Israel e dos Estados Unidos. Em sua maioria são Judeus Hassidim (pertencentes ao Movimento Religioso Hassídico – Beit Chabad).



Paul Mazursky - Cineasta

A finalidade desta colossal romaria é (pasmem!) rezar na sepultura do Rebe Nachman de Breslov (Bratslav), morto em 1810.


No filme, uma das muitas entrevistas que Mazursky fez foi com o famoso Rabino Ezriel Tauber, que me chamou a atenção de forma especial porque tenho um livro dele e também uma fita VHS com uma importante palestra dele sobre o Código da Torah. Ele é sobrevivente do Holocausto. É professor de baalei teshuvá e autor do livro: “OS DIAS ESTÃO CHEGANDO” (eu tenho um exemplar). É palestrante muito conhecido.
Na entrevista o Rabino Tauber diz que não perde esta peregrinação por nada neste mundo; todos os anos ele vai a Uman e isto já há vários anos. Ele diz que sai de lá revigorado espiritualmente.
Uma coisa muito curiosa: nesta romaria toda durante uma semana de festança com mais de 20.000 homens. Não se vê uma mulher!!!
Isto para mim é intrigante!


Judeus em Uman - Ucrânia

O Rebe Nachman de Breslov era bisneto do Rebe Yisrael, o Baal Shem Tov, fundador do Movimento Chassídico. Era um Kabbalista, segundo consta, de uma Ordem mais elevada. Dizem que quando percebeu que estava para morrer, pediu que fosse enterrado em Uman, cidade próxima de Breslov, Ucrânia, onde viveu os últimos anos de sua breve existência. Pediu também, aos seu discípulos, que rezassem sempre na sua sepultura, na época Rosh Hashanah, e que isto traria sorte, felicidade e vigor espiritual. De modos que assim começou o costume das peregrinações de Judeus à Uman todos anos.



Rebe Nachman de Bratslav

Não é só a Uman que judeus fazem peregrinações para rezar em sepulturas.

Tibérias, cidade do norte de Israel, próxima ao Lago Kineret (Mar da Galiléia), é outro lugar de romaria de peregrinos Judeus para venerarem as sepulturas do grande número de Sábios e Rabinos famosos. Lá estão sepultados Rabi Akiva, Rabi Yochanan Bem-Zakai, Rabi Meir Baal HaNess, e também o grande filósofo e Sábio Maimônides, o Ramban. Alí vão as pessoas, nas suas sepulturas, rezar por um bom casamento, fertilidade e bom emprego. A diferença entre Tibérias e Uman, é que Tibérias é também um lugar de Romaria de cristãos. Dizem que ali foi o lugar onde Jesus, ou Yehoshua, fez o maior número de milagres e o famoso sermão do monte.


Outro lugar famoso é Tsaft – צְפַת (Safed). Capital mundial do Misticismo e Kabbalah. Alí viveram e ainda vivem Kabbalistas famosos. Lá se encontram as famosas Yeshivot (Academias, Escolas) de Estudo da Kabbalah. Sábios ali escreveram, ensinaram e, muitos dos seus túmulos é local de veneração.


Tsaft - צְפַת



Pergunto e, quero frisar, direciono minha interrogação especialmente aos Rabinos e Chachamim: Que nogócio é este de rezar na sepultura de um morto, seja ele Sábio ou leigo?
Na Torah está dito: “Não se ache entre vós... quem indague dos mortos”. Devarim (Deuteronômio) 18:11.
O Profeta Yishayahu diz: “Porventura o povo não há de consultar o seu D’us? Há de ir falar com os mortos em favor dos vivos? À Lei e ao Testemunho. Se eles falarem segundo esta palavra, não raiará para eles a aurora”. Yishayahu (Isaías) 8:19-20.
Preciso de uma resposta convincente e com base na Torah ou na Tanach; baseado nas Mitzvot, não nas Halachot.
Há outro problema: os Rabinos não se entendem entre si.




Tanach - Bíblia Hebraica

Existe um ditado muito popular entre os Judeus que diz: “Onde há dois judeus há três idéias”.
Eu sei, é fruto da galut (diáspora), em grande parte. Mas, a coisa é bem mais complexa. Faz parte da própria natureza e índole do judeu. Por exemplo, consideremos o Talmud: é composto de duas partes principais que são a Mishná, que é a exposição da própria Torah Oral que foi escrita; e a Guemará, que se constitui das discussões dos Sábios sobre as Mitzvot e Halachot, ou seja, é como um desdobramento da Mishná. São dois Talmudim: o Bavli, ou de Babilônia e o Yerushalmi, ou de Jerusalém. O Bavli é o mais extenso e com mais conteúdo, em geral, publicado em 12 volumosos tomos com letras miudinhas.
Mas, voltando à questão das eternas discussões entre Judeus, temos um exemplo mais do que evidente na Guemará que é a mais proverbial coleção de discussões da História da Humanidade. Através destas infindáveis discussões é que os Sábios chegam a um consenso a respeito de muitos assuntos. Estas discussões em sua maioria, tratam de Legislação. É preciso esclarecer que, as Mitzvot (singular: Mitzvah) são mandamentos da Torah e as Halachot (singular: Halachah) são mandamentos Rabínicos.
A Mishná não é a Torah Oral mas contém a Torah Oral.
De acordo com a Tradição Judaica Ortodóxa, é a Torah Oral que regulamenta a Torah Escrita: os cinco livros de Moshê (Moisés).
As Halachot formam, na prática, uma verdadeira e sólida “cerca” ao redor da Torah de Moshê (Lei de Moisés). A intenção é proteger e resguardar a Torah contra a profanação e ao mesmo tempo prevenir contra a transgressão.
O Pirkê Avót (Hebraico: תובא יקרפ), que significa “Ética dos Pais”, é o primeiro Tratado da Mishná. É constituído de cinco capítulos. A Mishná 1, ou seja, o primeiro versículo do Pirkê Avót diz: “Moisés recebeu a Torah do Sinai, transmitiu-a a Josué, Josué aos anciãos, os anciãos aos profetas, e os profetas a transmitiram aos homens da Grande Assembléia. Estes proclamaram três coisas: sede ponderados no julgamento, formai muitos discípulos e construí uma cerca protegendo a Torah(grifo meu).
Aí está, em essência, a Tradição Rabínica do Judaísmo Ortodóxo.
O Rabino Irving M. Bunim escreveu um livro que eu acho maravilhoso. É o “Ética do Sinai”, editado no Brasil pela Editora Sêfer. Neste livro ele comenta e interpreta o Pirkê Avót. Discorrendo ele sobre a primeira Mishná acima citada diz: “As pessoas se perguntam acerca da necessidade de tantas leis talmúdicas que somos obrigados a observar. Essencialmente, elas são uma “cerca”, instituída para proteger os mandamentos bíblicos contra o perigo de uma violação” (Ética do Sinai, pág. 19).
É bom esmiuçar um pouco mais este assunto a fim de não gerar mal entendido.
De acordo com Sábios Tamudistas, a Torah Oral se divide assim:
  1. Halakhá le-Moshê mi-Sinai - leis especiais que não têm lembrança nos escritos, nem na Torah e nem nos profetas, nos quais não caíra jamais discussão;
  2. Divre Shemu'a - ouvidos no Sinai diretamente de Moisés, e este de D’us, não estando escritas na Torah;
  3. Divrê Qabalá - coisas recebidas de Moisés que, apesar de não estarem escritas na Torah, têm alusões nos escritos dos profetas;
  4. Dinim Muflaim - Podem vir por simples decisão do Shanhedrin (e somente por ele), ou por estudo de uma das treze regras;
  5. Taqanôt, gezerôt e minhagôt - decretos de diferentes classes, pelo que está escrito na Torah: "Não te desviareis do que te disserem..." – Devarim (Deuteronômio) 17:21.
A minha preocupação com a cerca ao redor da Torah se deve ao fato de que a mesma cerca foi se solidificando através dos séculos. Temos uma redoma blindada ao redor da Torah. E isto impede as pessoas de terem acesso à simplicidade da Torah tal como foi entregue por D’us à Moshê.
É, na prática, é como se a Torah estivesse em um “altar” de adoração e as pessoas ao redor da cerca blindada a contemplam e a veneram de longe. Tornou-se um objeto de adoração. Isto é Idolatria! A Torah está cercada por mandamentos humanos.
Mas, como eu disse acima, sou apenas um Índio ignorante, curandeiro. Posso estar equivocado e também não quero ser confundido com um Karaíta. Sou Xamã Yvy Memby, sou B’ne Noach. Acontece que há dias atrás tive um sonho com as pessoas idolatrando a Torah da forma que relatei acima. Fiquei preocupado.
Entendo porém, que cada um deve estudar e esquadrinhar as Escrituras por si mesmo e jamais confiar na opinião de outrem. Já que cada um é responsável por sua própria alma diante do Eterno, as coisas devem ser assim.
Na verdade, a Mishná e o Talmud estão cheios de opiniões de Rabinos discrepantes entre si.
Encontramos na Tanach (Escrituras Hebraicas) um relato muito esclarecedor. Fala de um fato acontecido nos dias do Rei Josias (Um dos poucos reis de Yehudah que andou em retidão perante o Eterno). Conta o relato Sagrado, que o rei resolveu reformar o Templo que estava entregue ao estado de abandono. O Sumo Sacerdote Hilqiáhu, por ordem do Rei, revirou os Tesouros do Templo a procura dos “guardados” e encontrou o Livro da Torah (imagine só, em que estado estava!) e o leu, se preocupou. Enviou-o imediatamente ao Rei que providenciou a sua imediata leitura. Conta o relato bíblico, que o Rei Josias ao ouvir a leitura da Torah rasgou suas vestes se sentindo em estado de luto. Enviou uma comitiva para consultar o oráculo. O Eterno falou através da Profetisa Huldá, dizendo: “Assim fala o Eterno, o D’us de Israel: Vou atrair uma desgraça sobre este lugar e sobre seus habitantes, cumprindo todas as palavras do Livro que o Rei de Yehudah leu. Porque me abandonaram e queimaram incenso a outros deuses, irritando-me por todas as obras de suas mãos, minha ira inflamou-se contra este lugar e não se apagará”. Melachim Beit (II Reis) 22:15-17.
O Rei convocou então o povo diante do Templo e leu o Livro da Torah perante todos e juntamente renovaram a Aliança com o Eterno, comprometendo-se de cumprir a Torah. Depois o Rei providenciou a imediata limpeza do Templo. Tirou os objetos consagrados à Baal e outros deuses. Queimou tudo e mandou jogar longe as cinzas. Deu fim aos profetas da Idolatria. Enfim, fez uma reforma geral.
Recomendo-vos que leiam o relato completo em Melachim Beit (II Reis), capítulos 22 e 23. Também leiam Divrey Hayamim Beit (II Crônicas) capítulo 34.
Agora, pergunto solenemente: Onde estava a Torah Oral durante tantos anos (cerca de duas gerações) se a própria Torah escrita estava no monturo, esquecida, entregue às baratas? Se Tradição era transmitida oralmente de Mestre à discípulo, onde estava?
Resumindo, a palavra que o Eterno falou à Josias, a cumpriu durante o reinado de seu filho e de seu neto. Nabucodonosor, rei Babilônia invadiu Yerushalaym, destruiu o Templo, a cidade, e levou todos cativos para Babilônia.
Diz assim as Escrituras: “...mas eles zombavam dos enviados de D’us, desprezavam suas palavras, zombavam dos Profetas, até o furor do Eterno contra seu povo chegar a tal ponto que já não havia mais remédio”. Divrey Hayamim Beit (II Crônicas) 36:16.
Se na Terra Sagrada de Israel as coisas se passaram assim, ou seja o povo se entregou à Idolatria até dentro próprio Beit HaMikdash (Templo de HaShem), imaginem em Babilônia, a terra fértil da Idolatria. Foi lá que arranjaram nomes idólatras para os meses do ano, como por exemplo, Tamuz, filho de Zeus com Astarot, num relacionamento incestuoso. Astarot é mencionada pelo Profeta como “Rainha dos Céus”. Yermyahu (Jeremias) 7:18.
Os senhores Rabinos detentores da Tradição mantém Tamuz até hoje!
Cabe aqui dizer, que foi em Babilônia, terra dos inimigos e terra da idolatria que, na língua dos inimigos de Israel, o aramaico, que o Talmud foi escrito. Havia em Babilônia, Sábios que lá estabeleceram Yeshivot (Academias, Escolas Judaicas) e lá permaneceram. Não retornaram com Ezra, nem com Neemyahu. Não participaram da reconstrução do Templo. Mas, como eram Mestres influentes (eram os primórdios do sistema Rabínico), de lá exerciam poder intelectual sobre Yerushalaym. Ao tempo da destruição do segundo Templo no ano 70, e ao tempo da revolta de Bar Kochba, já existia uma comunidade Judaica em Babilônia com toda uma muito bem estruturada cultura intelectual, desde o tempo da destruição do primeiro Templo.

Rolos da Torá Sagrada



Talmud Yerushalmi



Capa frontal de vol. do Talmud Yerushalmi



Talmud Aberto - Veja Como São SUAS Páginas



Talmud Bavli (de Babilônia ) o mais popular



Há indícios de que após o retorno de Babilônia, ao tempo de Ezra, o Escriba, e Neemyahu, a Torah foi recompilada com erros. Alí nasceu o Judaísmo Rabínico como um galho da Tradição Primordial, direcionado em outro rumo. A seguir apresento um um diagrama que fiz sobre isto.

Diagrama da Tradição Mística e Xamânica Primordial

O próprio alfabeto sofreu significativas alterações com Ezra, o Escriba.
O Profeta lamenta e diz: “Como podeis dizer: ‘Temos a Sabedoria, pois a Torah do Eterno está a nossa disposição’? É verdade, mas ela tornou-se uma Torah falsa, por obra da pena mentirosa dos escribas”. Yermyahu (Jeremias) 8:8.
E depois de tudo isto, a Torah fica dentro de uma redoma blindada em cima de um altar. Usada mal e mal para a leitura das parashot nas sinagogas no Shabat, e interpretada à luz do Talmud.
Assim, os Rabinos mantém o monopólio do ensino da Torah.
Não é de admirar que cerca de 80% do povo judeu é secular (não praticante). Além das brechas que ficam para serem aproveitadas por seitas falsas do tipo, por exemplo, do famigerado “judaísmo messiânico”.
O movimento Judaico mais coeso e homogêneo que se vê é o Movimento Hassídico. Mas, vejam só, a idolatria em que se metem, reverenciando com verdadeira Idolatria o Rebe de Lubavitcher, as tais peregrinações à Uman para rezar pelos mortos e por aí afora.
Só a chegada do Mashiach, que o Eterno HaShem, bendito seja permita que chegue logo e em nossos dias, para consertar um montão de coisas.
Rebe de Lubavitcher



A Reta Justiça


A reta justiça significa que a balança da justiça tem dois pratos. Para se fazer justiça como que é? Para que lado deve pesar mais? O prato que representa o bem? Ou você deve verificar com atenção o ponteiro da balança se está apontando para o “fiel”?
Todos sabem, pelo menos teóricamente, que a Justiça é o perfeito equilíbrio entre as partes. O equilíbrio entre o casal; o equilíbrio entre dois amigos; o equilíbrio entre as correntes de energia e assim por diante.
Todo Judeu praticante quando reza a Shacharit (orações da manhã) conforme o Sidur, pede ao Eterno pelo equilibrio entre “yetser hará e yetser tov” (mau impulso e bom impulso), e pede para que o nosso impulso como um todo sirva ao Eterno.
O dia tem a parte escura e a parte clara. As duas partes juntas formam o DIA.
As mães e de um modo geral as pessoas de mais idade sempre costumam exortar as crianças: “Tenha juízo, meu filho”! Afinal, o que significa “ter juízo”? Significa ter clareza de mente para raciocinar sobriamente e saber discernir entre o certo e o errado. Saber julgar; enfim, ser um JUÍZ. E isto faz parte da vida de cada pessoa no cotidiano da vida.
Aonde eu quero chegar com estas palavras?

AO EQUILÍBRIO TALMUD & TORAH

E a hirarquia correta é que a Torah tenha primazia. Porém na prática temos visto o contrário: vemos o Talmud assumindo maior importância. Quando alguém deseja conhecer a vontade do Eterno e se dispõe esquadrinhar e axaminar a Torah se depara com os Rabinos, o Talmud e as Halachot, e, quanto à Torah... há sim, a Torah, ele a vislumbra ao longe em cima de um altar pelo lado de dentro da “cerca”! E o Rabino lhe transmite o que está escrito lá, é claro, à luz do Talmud.
Resumo: primeiro a halachá. A Mitzvá vem depois.
Com todo respeito, naturalmente, para com os Senhores Rabinos, mas a Torah não ordena e nem sequer menciona “Rabinos”. Menciona, isto sim, os Cohanim, da Tribo de Leví, com a função de ensinar a Torah ao povo e exercer o serviço do Templo. No entanto, fiquei sabendo de Yeshivot cujos Rabinos são literalmente idolatrados por seus discípulos. A era Rabínica se iniciou, como já disse acima, no tempo de Esra, o Escriba e, principalmente em Babilônia. Eu não gosto de Babilônia!
Não me julguem e principalmente, não me confundam com o Movimento Karaíta. Eles levam as coisas para o outro extremo e jogam o Talmud no lixo. Eu não estou fazendo isto. Que o Eterno bendito seja, me livre de tal coisa.
O que estou falando, como um humilde Xamã Yvy Memby (Xamã Filho da Terra), é:
QUE HAJA EQUILÍBRIO
A Reta Justiça requer isto.
Um extremo é tão lamentável quanto o outro.