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27 de abr. de 2012

Inquisição -VISÃO XAMÂNICA



Inquisição - Segundo a visão Xamânica

 
A Inquisição e seus Horrores

 Também chamado “Tribunal do Santo Ofício”

A idéia principal e básica que se acha implícita no ato de criar este tão maligno, nefasto, sinistro e fatídico “Tribunal”, é conhecida na História como “caça às Bruxas”. O curioso é que, como se trata de uma “coisa” de ROMA, o inverso do AMOR, cujo clero tem aversão às mulheres, daí o termo “bruxas” e não “bruxos”. Mas a verdade é que todos os Xamãs, homens ou mulheres, eram caçados. Todos os que praticassem a Espiritualidade Ancestral. E, mais curioso ainda é o fato de Roma se apossar de seus valores e Conhecimentos Ancestrais e fazer um sincretismo, adaptando convenientemente, de acordo com seus interesses de domínio imperialista e depois perseguir, destruir e matar os depositários das Tradições Ancestrais dos povos nativos.
É assim que, o cristianismo é uma contrafação artificiosamente arquitetada com os Valores dos Antigos. É um maligno amálgama das Culturas alheias: A sabedoria intelectual da Cultura Grega; a Liturgia Valores Judaicos e a Tradição Xamânica.
Depois de tudo, à fogueira com os Xamãs e Bruxos, acusados de feitiçaria fetichista bárbara. À fogueira com os Judeus acusados de “deicídio” (assassinos de deus) e assim por diante. Os Cientistas entravam no rol dos Bruxos e eram também queimados, como o foram Giordano Bruno e outros. Sobrou também para Respeitadas Ordens Religiosas, como foi o caso dos Cavaleiros Templários, cujo Prior e Grão-Mestre, Jaques D’Molay, foi queimado numa Praça Pública em Paris. Os vultosos bens da Ordem foram disputados e repartidos entre o Vaticano e a Coroa Francesa.

Por último, foram levados à fogueira também seus “irmãos de fé”, os protestantes, por terem uma teologia diferenciada.
  O que temos à dizer sobre a Inquisição? Não muito! Pois é um assunto bem conhecido e bem documentado na História; diferente do Holocausto Nazista que, apesar de ser um acontecimento bem mais recente, existem alguns grupos Neo-nazistas (existem alguns ninhos deles esparramados, no Brasil e mundo afora) que negam, e tentam provar por A ou mais B que o holocausto nunca existiu!!! A Inquisição está bem documentada na História.

Foi o Papa Gregório IX (1227-41), quem foi o autor das famosas DECRETAIS. "Organizou contra os hereges, os tribunais da Inquisição, confiando-os aos Dominicanos" (Biografia dos Papas, pág. 361). Os Dominicanos, como sabemos, "santamente" advogavam o batismo pela ESPADA; ensinamento, que receberam de Domingos de Gusmão, fundador da famigerada Ordem - ESCOLA DE ASSASSINOS E LADRÕES. - O Papa Gregório IX, convocou esses "especialistas" para comandarem os Tribunais da Inquisição, e com sua ajuda transformou a Inquisição num poderoso e LUCRATIVO "NEGÓCIO"... Numa carta que o Papa Gregório IX dirigiu aos Dominicanos, delineava os seus deveres do seguinte modo:

"Logo que chegarem a uma cidade, convoquem os Bispos, o Clero e o povo, e preguem um solene sermão de fé. Depois, façam uma seleção de certos homens de boa reputação, para estes os ajudarem no julgamento dos hereges e de suspeitos, denunciados nos tribunais. Todos os que, em exames, forem achados culpados ou suspeitos de heresia, serão obrigados a promover obediência absoluta aos comandos da Igreja e se eles recusarem, devem processá-los".

Os Bispos tinham ordens de assalariarem informantes, cujo dever era denunciar todos os cristãos suspeitos, isto é, todos aqueles cuja maneira de viver, divergia da de Roma; a fim de descobrir todos os "pecadores" e "exterminar" todo o "pecado" da cristandade; eram necessários espiões "bem treinados". Foi assim que surgiu a Máfia do Vaticano. Depois lhe deram outros nomes: Máfia Siciliana, Máfia Italiana, e etc... Mas nunca deixou de ser a Máfia de ROMA, ou Máfia do Vaticano! Este é o nome!

A Inquisição tomou à sí o encargo de perseguir, não soménte os hereges, isto é, os cristãos que se desviassem dos "caminhos" da igreja (Máfia, como vimos); mas também aos maometanos e principalmente aos Judeus e aos Xamãs Celtas (Sacerdotes Druydas), bem como os Xamãs de todas as Etnias, considerados perigosos feiticeiros, como já mencionamos acima. Os maometanos e os Judeus que viviam na Europa "Cristã" e particularmente na Espanha, eram considerados bons combustíveis para a "santa" fogueira, não tanto devido aos seus corações se acharem repletos de "pecados", mas porque seus "COFRES" se achavam cheios de dinheiro e ouro; eram assados vivos para "CONFISCAREM SEUS BENS". É a Máfia do Vaticano e seus métodos de sempre!
O homem que mais se sobressaiu em zelo, na Inquisição, foi Tomás de Torquemada. Se Gregório IX foi o pai da Inquisição, Torquemada foi o seu produto mais perfeito; era uma fera em forma humana, um louco impiedoso, investido por Roma com poder de dar vazão à toda a sua loucura. Durante a sua gestão como presidente do "santo ofício", matou nas fogueiras cerca de dois mil homens e mulheres, e quebrou os ossos de dezenas de milhares de pessoas humanas, com instrumentos de tortura. Servia igualmente de acusador, testemunha e juíz (advogado era proibido nos "santos tribunais"), e, frequentemente dava uma "ajudasinha" na Câmara de torturas. Tomás de Torquemada é hoje venerado como "santo" pela Igreja de ROMA! Santo MONSTRO!

Quanto aos instrumentos de tortura, empregados pelos inquisidores à "Serviço do Senhor" (como diziam), poder-se-ia escrever um bem volumoso livro, embora pouco agradável; porém, mencionaremos apenas que, todas as imaginações bárbaras do espírito de Dante, quando escreveu "O Inferno", foram incorporadas em máquinas reais, que cauterizavam as carnes, esticavam os corpos e quebravam os ossos de todos aqueles que se recusavam a crer na "branda misericórdia" dos inquisidores eclesiásticos.

Teoricamente, a igreja de Roma, fazia questão de dizer que "nada tinha a ver com a morte de suas vítimas". Apenas "retirava sua proteção", entregando essas criaturas à "justiça" civil. Defesa clássica de TODO mafioso. Tecnicamente falando, suas mãos ficavam "limpas"!
Roma, não só condenava as suas vítimas, como também insistia sobre suas mortes. De acordo com a lei estabelecida pelo Papa Inocêncio IV (1243-54), o Estado era OBRIGADO a executar, dentro de um prazo de cinco dias todos os prisioneiros condenados, que a Igreja lhe "confiasse". Todos aqueles príncipes ou reis, que recusassem a matar os condenados hereges, eram prontamente excomungados (amaldiçoados) pela Igreja. O Estado era apenas um mero instrumento nas mãos asquerosas da máfia do Vaticano; pois, o Vaticano destituía e coroava reis ao seu bel prazer.

Mas, a mancha mais negra da Inquisição, era o tratamento bárbaro dispensado aos filhos das vítimas condenadas. Quando um homem era condenado e morto, Roma CONFISCAVA todos os seus bens e haveres; não permitiam aos filhos e viúvas, herdarem um único vintém! Foi assim que a máfia do Vaticano abarrotou seus cofres, tornando-se a MAIOR POTÊNCIA ECONÔMICA DO MUNDO; através de extorsões, saques e coações.
ROMA é o inverso (o anagrama) do AMOR, que significa ódio, traição, inveja, intolerância, perseguição, roubo, cobiça, adultério, assassínio, morte e destruição. Agora vêm esses hipócritas, sucessores dos inquisidores medievais e candidatos à inquisidores modernos, e dizem: "A Igreja é infalível"!
E dizem ainda: "De fato, a Igreja errou, mas isso é coisa do passado"!

Isso não é coisa do passado não, porque a Igreja até o presente momento, tem como "santos", todos esses abortos monstruosos de forma humana, já mencionados, a saber: Domingos de Gusmão, Papa Gregório IX, Papa InocêncioIV, Papa Pio V, Tomás de Aquino, Inácio de Loyola, Agostinho, Optato, etc... Todos eles são VENERADOS como "santos", por Roma, sendo o pior de todos, Tomás de Torquemada (um judeu-renegado, para vergonha da Nação Israelita), verdadeiro monstro, só comparado a Hitler. Todos esses abortos da Natureza, que a iniquidade concebeu, filhos do inferno, são adorados como "santos", nos altares da Igreja. Se esses "santos" ainda continuam nos altares de Roma, é porque Roma ainda tem a Inquisição como instituição "santa". Aquele que possui um retrato de Hitler em casa é nazista, e quem venera ou homenageia inquisidor como "santo", é devoto da"santa" Inquisição!
Que Moral Roma tem, para enviar seus Ministros pregando direitos humanos, pastoral da criança, pastoral do Índio, pastoral da terra, e etc. e por aí afora?

Como os livros de história foram em grande parte reescritos, de forma a amenizar os fatos reais, poucas pessoas conhecem os detalhes específicos de uma campanha nefanda que em 1200 anos torturou e matou dezenas de milhões de pessoas. Depois de compreender os horrores da Inquisição, você nunca mais verá o cristianismo de Roma e suas filhas da mesma forma novamente.

A Inquisição Romana foi uma das maiores desgraças que ocorreram na história da humanidade. Em nome de Jesus Cristo, sacerdotes montaram um esquema enorme para matar todos os "hereges" na Europa. A heresia era definida da forma como Roma quisesse definir; isso abrangia desde pessoas que discordavam da política oficial, aos filósofos herméticos (praticantes de Magia Negra), judeus, bruxas, e os reformadores protestantes.
Os praticantes de Magia Branca e Negra acreditam que a dor infligida antes da morte transfere grande poder ocultista para eles, de modo que tentam prolongar a morte de uma pessoa enquanto for possível, infligindo a máxima dor antes que a morte ocorra. Os hábeis executores da Inquisição levavam a vítima ao ponto da morte muitas vezes, e depois paravam a tortura, de forma que a vítima revivesse e depois pudesse ser torturada novamente.
Portanto, a monstruosidade da Inquisição está diante da humanidade como a maior evidência do satanismo inerente da religião Romana. Aqueles que tiverem a coragem para examinar esse "fruto podre" final, verão a verdade do Roma. E não pense que Roma mudou, porque a Bíblia nos diz que um leopardo não muda suas manchas (Jeremias 13:23), e Roma se orgulha de que nunca muda. Uma prova concreta desse fato é que o papa Paulo VI (1963-1978) restaurou o Ofício da Inquisição, renomeado-o agora como Congregação para a Doutrina da Fé. Hoje, esse nefando Ofício da Inquisição é controlado pelo cardeal Ratzinger (atual Papa Bento XVI).
Por que o papa Paulo VI reinstituiu o Ofício da Inquisição? Será que ele sabe que o Ofício logo poderá ser necessário outra vez?  
Veja na "Galeria de Fotos" um Álbum específico com fotos dos Horrores da Inquisição 
 

No século XI, o Papa Gregório VII proclamou a perfeição da Igreja Romana, pretendendo que ela nunca havia errado, nem jamais erraria. Em 1.870, o Concílio do Vaticano declarou como dogma, a pretensão da infalibilidade do Papa.
Uma das principais doutrinas de Roma é que o Papa é a cabeça visível da Igreja Universal, investido de autoridade suprema sobre os bispos e pastores em todo o mundo. Mais do que isto, tem-se dado ao Papa os próprios Títulos de divindade como já vimos fartamente acima o resultado das somas destes pretenciosos Títulos, como por exemplo "Vigário" (é daqui que surgiu etimologicamente o termo "vigarista"), que significa "substituto", e daí pretende ser "substituto de D'us". É "vigarice" no literal sentido. Baseado em tal dogma ele é declarado infalível e exige a homenagem de todos os homens, os quais se dirigem à esse blásfemo personagem como "SUA SANTIDADE O PAPA"!
De "SANTO" não tem nada! O significado etimológico da palavra santo é: são, sadio, saudável, essencialmente puro. Já que ele morre das mesmas doenças que matam qualquer ser humano, não tem nada de santo!
Na sangrenta história dos dirigentes e governantes de ROMA (o anagrama; o contrário do AMOR), tanto na era antiga dos Césares como na era comum, dos Papas, o que existe é um rastro sinistro de vícios e crimes de toda a ordem. Desde a vergonhosa era da pornocracia da qual falaremos a seguir até aos escândalos de pedofilia hodiernos.

 A ERA DA PORNOCRACIA

Examinando a história dos Papas, vemos até um PIVETE delinquente como Papa (Bento IX, 1.033-48); isso para não falar do Papa Sérgio III (904-11), e sua amante Marózia, o qual colocou no Trono Pontifício, os amantes de sua amante e seus filhos bastardos, transformando o Palácio Pontifício em um verdadeiro Bordel, a Máfia do Vaticano! Isto é conhecido universalmente na História, como PORNOCRACIA, ou DOMÍNIO DAS MERETRIZES (904-963). Anastácio III (911-13), Landon (913-14), João X (914-28); este último foi trazido de Ravena para Roma e feito Papa por Teodora, que, além de João X, ainda tinha outros amantes, para melhor satisfazer suas insanas paixões. Foi morto asfixiado, por Marózia, que para suceder a ele, elevou ao Pontificado, pessoal seu: Leão VII (928-29), Estêvão VII (929-31) e João XI (931-36), seu próprio filho bastardo. Outro de seus filhos elevou os quatro seguintes: Leão VIII (936-39), Estêvão VIII (939-42), Martinho III (942-46) e Agápito II (946-55).
Papa Sérgio II, que se tornou Papa por assassinato

O sucessor de Agápito II, foi João XII (955-63), neto de Marózia, o qual foi réu de quase todos os crimes; violou virgens e viúvas, da alta e baixa classe social; viveu com a amante de seu pai; enfim, fez do Palácio Pontifício um bordel (apenas tornou notório o que sempre foi e nunca deixou de ser); foi morto num ato de adultério pelo próprio marido da mulher enfurecido... Só falta os Ministros de Roma dizerem que crime passional é martírio e devassidão é santidade!

Assim, os mafiosos Romanos ainda exigem a homenagem de todos os homens!
Roma (tanto a Imperial, quanto a Eclesiástica) sempre albergou nos seus meandros pérfidos, mentes excessivamente escabrosas, pervertidas e sanguinárias, pelo que a análise desses fenômenos naturais encontra nesse gênero de personagens exemplos como o de João XII. Este Papa detinha laços familiares extremamente estreitos com ilustres abutres clericais, sendo neto de Marozia, mulher de grande história luxuriosa com o Papa Sérgio III. Esta mulher era também mãe de João XI, fruto de outra relação, com Alberico I de Spoleto. Um negócio familiar lucrativo e luxurioso pairava sob Roma, tendo como divisa principal a Pornocracia, e como sede o bordel de nome Vaticano.
Marósia, a grande Cortesã (Prostituta)

João XII foi o 131º Papa, eleito aos 18 anos de idade no ano de 955. Dedicou-se de corpo e alma a levar a Pornocracia ao apogeu, investindo a maior parte do seu tempo às violações e ao proxenetismo. Nas suas funções de pontífice, eram claramente explícitas, violações e mais violações de mulheres, tendo sempre mostrado uma completa ausência de seletividade de critérios. Desenvolvia, com todas as suas energias, crimes sexuais contra solteiras, casadas e viúvas. Luitprand, bispo católico de Cremona aludiu certa vez a estes comportamentos sexuais do representante de deus na Terra, afirmando que “nenhuma mulher honesta ousava aparecer em público, pois o Papa João XII não tinha qualquer respeito, fosse raparigas solteiras, mulheres casadas ou viúvas, elas estavam certas que seriam desonradas por ele”. 

O que é demais é exagero, e este monopólio de lenocínio intransigente foi constado num sínodo na Basílica de São Pedro, com a presença ilustre de 50 encapuçados italianos e alemães antimonopólio de proxenetismo. Incriminaram o lascivo pontífice de sacrilégio, simonia, perjúrio, assassinato, adultério, incesto e talvez mais uma ou outra coisa que já não irão denegrir mais a idéia base do Papa João XII.O problema não seriam as acusações em si, pois eram sobejamente praticadas pelo clericalismo Romano tendo como base a concepção de ideais fomentados pelo representante de deus, seriam antes os exageros e as excessivas exposições públicas de tais atos. Um pecado de excessos, onde os súditos encapuçados apenas conseguiam apanhar uma ou outra migalha deixada cair pelo seu chefe. Os clericais simplesmente não se conseguiam inserir num ecossistema desprovido de pães inteiros. Tais acusações não agradaram ao ilustre Papa, pelo que alguns corretivos foram aplicados aos revolucionários. O cardeal-diácono João viu a sua mão direita ser arrancada, o bispo Otgar de Speyer foi brutalmente chicoteado e a um alto paladino foi-lhe arrancado o nariz e as orelhas. Talvez estes pedaços estejam em algum poço de bocados Humanos no Arquivo Secreto do Vaticano. A saga do demente continuou, e pode-se resumir o seu pontificado de 8 anos à violação de mulheres. Claro que este resumo é relativo, visto existirem sempre exceções esporádicas, um ou outro arrancamento de carne de um revolucionário, um ou outro assassinato de indivíduos que reivindicassem problemas com as tão afetuosas migalhas que João XII deixava cair. Como muitos outros Papas, João XII foi assassinado, embora não por veneno como era tradição na Santa Sé.
Acho que imaginam que devassidão é Santidade!
Papa João XII - o mais devasso de todos, 
foi culpado de quase todos os tipos de crimes.
Proponho ao caro visitante do meu Sítio que consulte
na Wikipédia sobre ele

Ao violar uma mulher, (a história deste Papa torna-se deveras monótona, não por culpa do escrivão mas sim pela da personagem principal) eis que surge o marido da mesma. O homem não gostou minimamente de ver a sua esposa ser violada, e conseqüentemente espancou o Papa furiosamente. João XII ficou paralisado durante 8 dias, ao fim dos quais veio a falecer. Pelos meandros Católicos também existem histórias com finais felizes.



Exposição sucinta do que é o papado de Roma e do que os seus líderes precisaram fazer para sustentar a sua fé decadente
A esta altura, a complexa associação dos elementos citados e outros mais haviam criado uma situação na qual o bispo romano era amplamente considerado o principal personagem eclesiástico do ocidente, bem como o representante do Cristianismo Ocidental junto ao Oriente. Algumas décadas antes, o pai de Carlos Magno havia cedido à igreja os amplos territórios do centro e norte da Itália que vieram a constituir mais tarde os estados pontifícios. Isto fez dos papas governantes seculares como os demais soberanos europeus. A confirmação de tais territórios foi feita por Carlos Magno no ano de 774, elevando-o à posição de poder mundial, fazendo surgir, assim, o Santo Império Romano sob a autoridade do Papa-Rei que perdura ainda hoje, apesar de encanecido, ou envelhecido, o seu poder. Carlos Magno dividiu o Império em condados administrados por condes, geralmente nomeados em caráter vitalício. Os condes recebiam propriedades para o seu sustento pessoal e os marqueses administravam os condados das fronteiras. A fiscalização das províncias era feita pelos Missi Dominici (Delegados do Imperador), que as supervisionavam de quatro em quatro anos. Carlos Magno, próximo da morte, arrependeu-se por dar continuidade à doação de territórios aos Papas. Achando-se agonizante, sofreu horríveis pesadelos lastimando-se assim: "Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os Papas são ambiciosos. Eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram, devem merecer de Deus um severo castigo". 

O leitor poderá estudar este assunto na obra, em dois volumes, do teólogo e historiador católico Johann Joseph Ignaz von Döllinger, O Papa e o Concílio - Tradução e Introdução de Rui Barbosa - Primeira Edição - Editora Leopoldo Machado - Londrina (2002). Por vários séculos, os papas mantiveram um relacionamento estreito e muitas vezes altamente conflitivo com estes soberanos. Mas a sua autoridade como líderes máximos da igreja ocidental nunca foi questionada. O papado também teve seus períodos sombrios, marcados por imoralidade e corrupção. Um destes períodos ocorreu entre o final do século IX e o início do século XI, quando a instituição papal foi controlada por poderosas famílias italianas. Um novo período de declínio e desmoralização do papado ocorreu no século XIV e início do século XV. Inicialmente, os papas residiram na cidade de Avinhão, ao sul da França, por mais de setenta anos (1305-1378), colocando-se sob a influência dos reis franceses. Este período ficou conhecido como O Cativeiro Babilônico da Igreja.

Em seguida, por outros quarenta anos (1378-1417), houveram dois e finalmente três papas simultâneos, um em Roma, outro em Avinhão e um terceiro em Pisa, no que ficou conhecido como O Grande Cisma. Esta situação embaraçosa foi sanada em vários concílios reformadores, especialmente no Concílio de Constança, em que foi reivindicada autoridade igual ou mesmo superior a dos papas. Em reação, estes reafirmaram ainda mais enfaticamente a sua autoridade suprema sobre a igreja. Em nenhuma passagem das Escrituras pode ser encontrado algum indício que justifique a instituição papal. A história revela que muitos dos papas foram terrivelmente escandalosos e que muitos morreram de forma violenta. Para estudar estes fatos com mais detalhes, o leitor também é convidado a estudar a obra intitulada Vicars of Christ - The Dark Side of the Papacy - Crown Publishing Group - New York (1988) ISBN: 0517570270 da autoria do historiador Peter de Rosa. De acordo com as obras da autoria de Peter de Rosa e de Johann Joseph Ignaz von Döllinger fornecemos, a seguir, uma cronologia de algumas das atitudes destes religiosos. Uma regra estabelecida no Concílio de Neo Casaria, no ano de 315, proibia que um sacerdote contratasse um novo casamento sob pena de deposição. Mais tarde, em um concílio romano convocado pelo Papa Sirício (384-399), no ano de 386, foi passado um edito proibindo que os sacerdotes e diáconos tivessem relações sexuais com suas mulheres e o papa tomou os passos para ter o decreto reforçado na Espanha e em outras partes do Cristianismo. Na Torá, no Sêfer Bereshit (Gênesis), afirma que não é bom que o homem fique só. Foram os padres proibidos de casar? Sim. E por causa deste celibato forçado, muitos destes sacerdotes terminaram tendo suas consciências cauterizadas e proferiram mentiras por causa da imoralidade em que caíram. João VIII (872-882) foi o primeiro papa a ser morto. Ele foi envenenado no ano de 882 por membros de sua própria côrte. A poção demorou tanto a agir, que ele foi eliminado a pancadas. Aproximadamente dez anos mais tarde, o corpo do Papa Formoso (891-896), envenenado por uma facção dissidente do seu séqüito, foi exumado pelo seu sucessor, Estevão VII (928-931), o qual foi solenemente excomungado, mutilado, arrastado pelas ruas de Roma e lançado às águas do rio Tíbre. O Papa Bonifácio VI (896-896) manteve sua posição através de uma desonesta distribuição de dinheiro roubado. 

O bispo de Orleans referiu-se a ele e também a Leão VII e João XII como monstros da culpa, impregnados de sangue e impurezas e como anticristos (!!!?) sentados no templo de Deus. Estevão VI (896-897) morreu estrangulado. Leão V (903-903) foi assassinado pelo sucessor, Sérgio III (904-911). João X, João de Tossignano, arcebispo de Ravena (914-928), foi envenenado no cárcere por Marozia, filha de sua amante e mãe de João XI. Ainda no mesmo século, foram envenenados Bento VI (972-974), e João XIV, Pedro Capinova (983-984). Estêvão VIII (939-942) foi horrivelmente mutilado. Parte deste período é tradicionalmente conhecida pelos historiadores como "a era da pornocracia", em uma referência a certas práticas que predominavam na corte papal. O comportamento de diversos papas em relação às mulheres é antigo. Os anais da igreja romana relatam que o Papa Sérgio III (904-911), o qual vivia intimamente com Marozia, teve com ela vários filhos ilegítimos. Durante sete anos este homem ocupou a chamada cadeira de Pedro enquanto sua concubina e sua mãe compartilhavam da côrte com uma pompa que relembrava os piores dias do antigo Império Romano Civil. Teodora, mãe de Marozia, possuía uma imoralidade altamente repugnante e corrupta e, junto com Marozia, a concubina do papa, e seus filhos bastardos, transformou o palácio papal em um covil de ladrões. No reinado do Papa Sérgio III começou o período conhecido como o Governo das Prostitutas (904-963). 

O Papa João X (914-928) tinha sido enviado para Ravenna como arcebispo, mas Teodora fez com que ele fôsse designado para o ofício papal. Teodora apoiou a eleição de João a fim de encobrir com mais facilidade as suas relações com ele (The Catholic Encyclopedia, Vol.8, pág. 425, Art. John X, Pope). Mas seu reinado teve um fim súbito quando Marozia o pôs fora do seu caminho para que Leão VI (928-928) pudesse tornar-se papa. Seu reinado foi curto, pois foi assassinado por Marozia quando ela soube que ele havia dado seu coração a uma mulher mais depravada do que ela. Depois disto, o filho adolescente de Marozia, sob o nome de João XI, tornou-se papa. O Papa João XI, (931-935), era filho legítimo da Marozia, amante do Papa Sérgio III. Em 955, o neto de Marozia, com 18 anos de idade, tornou-se papa com o nome de João XII (955-964). The Catholic Encyclopedia o descreve como um homem ordinário e imoral. No dia 6 de novembro de 955, um sínodo composto de 50 bispos italianos e alemães reuniu-se na Basílica de São Pedro e João XII foi acusado de sacrilégio, simonia (tráfico de objetos santos), perjúrio, assassinato e adultério e por isso lhe pediram que fizesse uma defesa por escrito. Recusando-se a reconhecer o sínodo, João XII pronunciou sentenças de excomunhão contra todos os participantes da assembléia que elegesse em seu lugar outro papa. E vingou-se de maneira sangrenta dos líderes do partido de oposição. O cardeal-diácono João teve sua mão direita arrancada e o Bispo Otgar der Spyer foi chicoteado. 

O Papa João XII, violava as virgens e viúvas, conviveu com a amante de seu pai, fez do palácio papal um bordel e foi morto em um ato de adultério pelo marido da mulher violada. João XII morreu no dia 14 de maio de 964. O Papa João XV (985-996) distribuiu as finanças da igreja entre seus parentes e ganhou para si mesmo a reputação de ser cobiçoso de lucro imundo e corrupto em todos os seus atos. O Papa Bento VIII, Conde de Túsculo (1012-1024), comprou o ofício de papa subornando abertamente. O Papa João XIX, Conde de Túsculo (1024-1032), também comprou o papado. Sendo leigo, foi necessário para ele ser passado por todas as ordens clericais em um só dia. O Papa Bento IX, Teofilato de Túsculo (1033-1046), foi feito papa com 12 anos de idade, mas alguns relatos dizem que foi aos 20 anos, através de uma barganha de dinheiro com as poderosas famílias que dominavam Roma. Ele cometeu assassinato e adultério em plena luz do dia, roubou peregrinos sobre as covas dos mártires, um criminoso medonho. O povo o lançou fora de Roma. The Catholic Encyclopedia relata que ele foi uma desgraça para a cadeira de Pedro.