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1 de abr. de 2012

Fique por dentro!... Fique sabendo!



 Ontem eu testemunhei a morte


Ontem, eu estava almoçando. Já era quase quatro horas da tarde, e devido a um trabalho mais enrolado que o normal, acabei perdendo a hora do almoço. Me restou fazer um saduba hot-pocket no microondas. Enquanto eu comia aquele sanduíche onde o pão estava quente e o miolo frio, observei uma mosca que entrou pela porta da varanda. Ela fez um vôo rasante bem perto do meu sanduba, e eu tratei de enfiar o bagulho todo na boca antes que a maldita pousasse no meu rango.
A mosca continuou a voar, mas algo no vôo dela me chamou a atenção. Ela fez vários círculos concêntricos no ar e num vôo que mais parecia uma órbita, desceu no chão da minha sala. Achei aquilo estranho e corri para pegar a câmera. Por sorte ela estava já com a lente certa então foi votar para a sala e começar a registrar.
A mosca não pareceu nem um pouco incomodada com a minha presença. Pelo contrário, ela passeou e andou sempre na direção da câmera.


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Em alguns momentos, ela chegou a ficar parada, me olhando fixamente. Eu movi a lente e ela moveu a cabeça, acompanhando tudo. Estava mesmo me olhando! A mosca deixou que eu chegasse perto para fotografar o detalhe de suas asas.
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-Caraca, ela está posando para a foto! – Pensei bolado.

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Aquela era a primeira vez que eu via um inseto se comportando quase como se fosse gente. Não era simples coincidência, a mosca parecia realmente a vontade ali comigo, e até um pouco curiosa.
Comecei a fotografá-la seguidamente, de frente, e lado, perfil, close… A mosca se sentindo a top model.
Foi aí que vi que ela pareceu estranha. Havia alguma coisa errada. Foi quando eu mirei o macro bem na cara dela que eu vi. Você pode pensar que eu estou ficando maluco, mas o inseto me olhou com aquele monte de olhinhos vermelhos e eu vi que ela parecia aflita. Parecia pedir socorro.


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A mosca então começou a cambalear.
Nessa hora eu só soquei o dedo no botão sem piedade, tentando entender o que diabos estaria acontecendo com aquela mosca.
E foi aí que eu testemunhei a morte. A mosca teve um espasmo, um espasmo só.

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Foi um troço instantâneo, como um “pã do windows”. A mosca deu tela azul e capotou. Suas patas assumiram a forma de uma estrela.

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Eu sabia que a existência adulta das moscas só dura 24
horas
dias, mas em toda minha vida, nunca pude testemunhar os momentos finais de um inseto. Aquela era a primeira vez que eu via uma mosca morrer de causas naturais. Num segundo ela estava viva, zanzando pelo chão, e no outro estava mortinha da Silva. Como já fui ludibriado por uma barata, eu até cheguei a me perguntar se a sacana não estava fingindo, representando um falecimento pra mim, mas aí já seria coisa para ganhar o Oscar.
168153moscafinal Ontem eu testemunhei a morte
Ela estava morta mesmo, e eu senti uma pena enorme daquele bichinho. Fiquei um tempo pensando sobre ela. Será que a mosca aproveitou a vida? Será que ela conseguiu se reproduzir nessas parcas horas de existência? Talvez a proximidade da morte tivesse feito com que ela perdesse seu medo. Ela me encarou, aproximou-se da lente sem pestanejar. Se eu fosse um predador, já não fazia mais diferença alguma. Acho que ela sabia que sua hora derradeira se aproximava.
A mosca optou por deixar um legado para a posteridade com suas fotos, e despediu-se deste mundo na borda da minha lente, com simplicidade, sem pompa nem circunstância. A mosca morreu de forma insignificante para ela, mas aquilo foi um momento cheio de significados para mim.

O bizarro sapo de três cabeças



Olha que coisa bizarra este sapo que nasceu com três cabeças. Isso deve ter sido um girino muito louco.

         Maluco faz Parkour com uma bicicleta

Olha só o que este doido aqui faz com uma simples bicicleta preta. Inacreditável. É corajoso demais esse cara e tem o equilíbrio tão impressionante que chega a parecer uma cruza de Jedi com um mutante X men.


 O Raio laser e a fusão nuclear: A energia no futuro será mais barata?


A energia, hoje é cara. Todo mundo que não tem gato e paga conta de luz, sabe. Sobretudo quem mora na região sudeste, que paga uma alta taxa de luz. Mas de um modo geral, nós pagamos caro pela energia que consumimos. A conta de luz  aqui no Brasil já é a sexta mais cara entre os principais países do mundo. E o preço ainda tende a aumentar!

Segundo um estudo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), que comparou as tarifas médias de energia praticadas em 19 países a partir de dados da Eurostat, mostrou que, em centavos de dólares por quilowatt/hora, a conta de energia aqui em terris Brasilis , incluindo os impostos, é mais cara do que no Chile, Holanda, Portugal, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Argentina, entre outras nações.
De acordo com a Abradee, cerca de 45% do valor que nós  pagamos na fatura de energia são impostos e encargos. Isso porque o Brasil tem a terceira maior carga tributária do mundo sobre a energia elétrica!
É uma merda, né? Isso é um fator que atrasa muito o nosso país. Não é só no seu bolso que isso estoura, mas no fim das contas, acaba sendo… Por exemplo, a energia alta tira a competitividade da indústria. Já viu empresário entubar prejú? Claro que quando o “sapato aperta”, ele aumenta o preço. Entre 2001 e 2010, enquanto os preços industriais (IPA-Indústria Geral) cresceram 119%, a tarifa de energia para a indústria cresceu vergonhosos 190%! É uma excrescência! A tarifa brasileira é três vezes superior à cobrada na França e no Canadá, e o dobro das tarifas da Alemanha, Coréia do Sul e Estados Unidos. Dentre os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) o Brasil tem a maior tarifa de energia. Agora para pensar no quanto de água e usinas tem aqui e a vergonha dos dirigentes desse país aumenta exponencialmente!
Falando em energia cara, eu vi uma notícia interessante que tem tudo a ver com este assunto. Trata-se da notícia espetacular (absurdamente mal divulgada, talvez por ocultos interesses que ainda não compreendo bem) sobre um experimento com o maior raio laser do mundo.
Não estou falando daquelas canetinhas laser, de laser verde ou laser azul.
A coisa aconteceu lá no National Ignition Facility dos Estados Unidos, no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na California. Eles finalmente concluíram um experimento que disparou o laser mais poderoso jamais visto neste planeta. Foi um tiro recorde de 2-megajoules.
Tecnicamente, o catiço lá foi  concebido para chegar a 1,875-megajoule, mas quem diria… A coisa foi além de todas as expectativas — e estabeleceu um novo recorde mundial. Para fazer um mega-baster raio laser, os caras juntaram 192 feixes de laser que foram então combinados para formar um único super-raio, inicialmente alcançando 1,875 megajoule.

No momento em que o raio laser passou pela última lente focal, o raio laser chegou a 2,03 megajoules, tornando-se o primeiro raio laser ultravioleta de 2 megajoules. Felizmente, a explosão causou menos dano ao conjunto óptico do laser do que era esperado, o que permitiu um outro disparo apenas 36 horas depois do de 2,03 megajoules.
289058nif 300x244 O Raio laser e a fusão nuclear: A energia no futuro será mais barata?No caso deste equipamento, um único raio laser, é dividido em 48 feixes. Cada um desses feixes são então redirecionados, usando espelhos, para amplificadores previamente bombeados por um total de 7680 lâmpadas de flash de Xenônio. Depois de quatro saltos, os feixes agora “turbinados”, são novamente divididos em 192 raios menores, e viajam através de toda a instalação — que tem o tamanho de três campos de futebol. Enquanto eles trafegam pela instalação, os 192 raios são amplificados novamente numa taxa exponencial.
O resultado prático é que de um pequeno laser de 1/bilionésimo de joule, os cientistas obtiveram raios com “1,8 milhões de joules de energia ultravioleta”, o que significa mil vezes a energia de todas as usinas dos Estados Unidos combinadas. Cinco trilhões de watts!!!
Sacou onde que eu estou querendo chegar?
Até agora, os caras estão centrados em fazer um laser fraco virar o berserk, mas o próximo passo deles é bem ousado e vai acontecer no fim desse ano. Eles já estão trabalhando nas instalações mantidas pelo Complexo de Armas Nucleares dos EUA para atingir o objetivo final que é usar este laser CABULOSO  para atingir a ignição em seu primeiro experimento de fusão nuclear.
Enquanto isso, a gente aqui, igual a uns babacas pensando se vão roubar muito ou pouco na copa…
O fato é que os cientistas estão trabalhando duro para obter algo sensacional, que é usar este laser monstro aí para comprimir uma diminuta célula de combustível hidrogênio congelada, do tamanho da cabeça de um alfinete, a qual será guardada num cilindro banhado a ouro chamado hohlraum.
Parece ficção científica? Espere só até saber que o  hohlraum está localizado dentro de uma câmara de ignição com 9,9 metros de diâmetro e transformará os lasers em raios-x extremamente intensos, comprimindo o hidrogênio a 100 bilhões de atmosferas em apenas 1/1000.000 de segundo, e isso  desencadeará uma reação de fusão nuclear controlada que criará uma pequena estrela. Estima-se que no processo, o experimento vai gerar mais energia que a energia usada para disparar o laser e conter o calor intenso dentro da câmara.
Se ocorrer como as simulações indicam, este será o primeiro dia de uma nova era neste planeta.  Será escancarada uma gigantesca porta para uma nova fonte de energia limpa que tornará instantaneamente obsoleta toda a matriz energética vigente, a começar pela fissão nuclear, petróleo e carvão.
Segundo  Ed Moses, diretor da National Ignition Facility,
“é uma notável demonstração do laser do ponto de vista da sua energia, precisão, poder e disponibilidade”.
Tem gente que brinca que  se algo  der errado no processo de criar uma estrela na Terra, sempre poderemos dizer que as profecias maias estavam certas…
Mas vamos dizer que isso se realize e se descubra maneiras de “fazer energia” em tamanha quantidade, e sem emissões nocivas ao planeta… Você acha que isso afetará sua conta de luz? A considerar que grande parte do valor da conta de luz se trata de impostos em cascata incidindo no nosso bolso, eu creio que não. Nosso maior desafio nunca foi a disponibilidade real da energia, mas sim um problema grave e crônico de ganância em diferentes esferas.
Não precisamos ir muito longe para demonstrar que nossas ambições e interesses (pelo menos na esfera governamental são outros que não o investimento em tecnologia). O corte de 23% no orçamento do Ministério da Tecnologia é um bom exemplo disso. E não me venham com frases prontas de que é uma manobra episódica em função de crise. Ano passado, enquanto Obama jantava com empresários, institutos e fundações de incentivo tecnológico para aumentar o diálogo e definir investimentos maciços em tecnologia,  o Brasil fazia mais um mega-corte, desta vez de 1,7 BILHÃO DE REAIS na pasta da Ciência e Tecnologia. Todo ano acontece.  É tradição sob a égide de fazer “superávit”. Grandes merdas de superávit hein?
Como diz meu pai, “Cientista no Brasil só tem duas vocações: Santo ou burro”.

Perfumes naturais

Uma coisa boa de trabalhar em casa é poder tomar um banho na hora que lhe dá na veneta. Enquanto eu tomava banho hoje pela manhã, fora do meu horário habitual, fazia um scandisk mental, tentando achar alguma coisa interessante para postar aqui. Não sei se pelo fato de saber que em breve terei um filho chorando querendo mamar por perto, comecei a dar um enorme valor ao tempo em que eu passo sozinho, sem silêncio, concentrado 110% no que me proponho a fazer. Talvez pelo fato de saber que este período de silêncio e tranquilidade poderá escassear, as ações do “tempo zen” estão em alta por aqui.

Mas o fato é que pensei, pensei e não cheguei a uma conclusão sobre o que eu irei postar. Eu estava sem ideias até que notei que pela primeira vez, uma ideia de post não veio do cérebro, mas do nariz.
Isso aconteceu enquanto fui até o varal pendurar minha toalha e passei pela cozinha. A empregada aqui de casa estava cozinhando feijão e o perfume do feijão cozinhando me mostrou o quanto alguns perfumes naturais são poderosos em despertar sentimentos. A panela de pressão fazia aquele barulhinho permanente e característico, mas o cheiro que aquilo libertava no ar talvez fosse o melhor do mundo.
Ou o segundo melhor depois do alho refogando para fazer o arroz…
Me peguei pensando sobre toda esta coisa de perfumes naturais. É engraçado isso… Quando vemos uma novela, por exemplo, ocorre muito de trilha incidental. A tal trilha incidental é aquela musiquinha sutil que rola por trás da cena, que ajuda a “dar o clima”. Não existe cena de beijo sem ela no cinema, ou na Tv. Agora no mundo real, a trilha incidental não existe, mas em compensação temos os aromas incidentais. Talvez seja este pequeno detalhe, algo tão simplório, o fator que separa a fantasia da realidade. Se você prestar a tenção, verá que o mundo está repleto de cheiros, os mais variados. Alguns deles são extremamente poderosos e podem desencadear até comportamentos específicos nas pessoas inebriadas pelo seu poder.
Veja o caso do café sendo coado de manhã cedo…  Apenas citar este perfume sensacional do café, já nos traz a imagem da fumacinha saindo da xícara, do vento frio lá fora e do sol, ainda exitante, a surgir por entre as copas das árvores. Existem, é claro, os perfumes que combinam. Pense no pãozinho assando. Aquele cheirinho de pão fresco disputa o panteão dos melhores perfumes naturais do planeta Terra.

E falando em Terra… E a terra molhada? O que é o cheiro da terra molhada, minha gente? Aquela chuva de verão que cai no meio da tarde, e ferve no asfalto. O vapor libera da terra aromas inigualáveis. É cheiro de infância.
942407gotas de chuva2 Perfumes naturaisAliás, cheiro de infância pra mim é cheiro de terra molhada, de lama, de areia do parquinho. Hoje, as novas gerações nascidas em higiênicos e estéreis condomínios e playgrounds não podem nem mesmo imaginar este perfume, já que infelizmente, foram isolados, privados do contato com a terra. Curioso pensar nas gerações eletrônicas, virtuais, como marcadas por gente que não se lambuzou na terra nem saltou na poça de lama da chuva. No passado, as pessoas nadavam em ribeirões, saltavam em açudes e deitavam-se na grama. Hoje não pode.
Hoje o ribeirão já não existe. Só que que está ali é um “corguim”, e o que havia no lugar do açude era uma montanha de entulho e lixo.
Mas mesmo na mudança desse mundo de matrizes rurais para a frenética realidade urbana, os perfumes naturais insistem em nos rodear. Cheiro de carro novo… Quem não gosta?  Só pode ser louco!
Abra um livro novo, cheire entre as páginas… Que prazer misterioso e oculto é este que surge até nas mais deletérias produções intelectuais? O cheiro de livro novo é alcoólico, levemente plastico, e com uns toques de amônia. Mas isso tudo misturado, funciona. É remotamente improvável, mas certamente há quem não goste. Os que não gostam do cheiro dos livros novos podem tentar outras  paragens… Quem sabe um sebo?
Sebos são tuneis interdimensionais para prazeres mais requintados. Livros velhos trazem consigo o perfume de outros tempos. São como barris de carvalho contendo as mais antigas das fórmulas.
Uma pessoa pratica e menos romântica pensaria nisso como mera inalação de ácaros, mas tudo que eu posso sentir é um túnel escuro se abrindo abaixo de mim. Caio num turbilhão de emoções e lembranças das antigas bibliotecas que frequentei e essas lembranças vem acompanhadas de livros também antigos que li, já decrépitos, quase virando pó, as folhas oxidadas amarelas e quebradiças… Prontos para a morte.
Do Tarzã às aventuras de Hucleberry Finn.
Perfumes… É incrível como sentir o cheiro de alguns perfumes antigos podem nos revelar rapidamente novas dimensões de quem fomos. Ou trazer à memória a imagem de pessoas com o qual convivemos.  Dos antigos amores aos parentes falecidos.
Os cheiros tem uma enorme capacidade de afetar nossa memória. Pegue um punhado de lápis de cera, chegue-os perto do nariz e aspire e você se vê transportado para sua infância escolar. Engraçado como um cheiro chama o outro… Cola branca, giz…
O perfume é uma arma poderosa e notamos isso quando percebemos que através dos milênios, muitas plantas evoluíram para oferecer perfumes espetaculares, esses sinais químicos que vão tão longe para atrair insetos polinizadores. Flores como a “Dama da noite”, as rosas… Jasmim. Tantos são os perfumes florais quanto as emoções que eles descarregam em nosso cérebro.
E nem todo cheiro ruim é de todo ruim.

A maresia nos remete a praias desertas, ondas quebrando nas pedras… Cheiro de esterco traz consigo fazendas, estradas de terra, propriedades rurais, mugidos distantes, pasto… E cheiro de fogão a lenha. Carne fritando, churrasco. Linguiça do churrasco do vizinho a nos atormentar.  E camarão? Cheiro de praia, de mar. De ilha.
Borracha, cheiro de peneu, de quadra, de bola nova, plástico, brinquedo de natal recém-aberto.

E chocolate? Balas, tantas coisas gostosas…
E por aqui eu fico, pensando em mais cheiros bons que em breve irei sentir. Talco de neném, shampoo Johnson e fraldas carregadas.
Como eu disse, nem todo cheiro ruim é de todo ruim.

Asas



Desde sempre o homem quis voar, mas foi só com a invenção das aeronaves, graças à compreensão dos conceitos básicos da aerodinâmica que isso se tornou possível. Antes que o avião fosse inventado, os pioneiros da aviação tentaram toda sorte de engenhos malucos para tentar sair do chão e habitar os céus, como os pássaros. Obviamente, a maioria era mal sucedida e isso resultava em acidentes cômicos e também trágicos. Muitos pioneiros acabaram se matando ao jogar-se de penhascos na tentativa de dar uma forcinha ao seu invento.

Seguidores do design de Dédalus, pai de Ícaro, a grande maioria começava seus projetos já numa premissa considerada errada, pois observavam os pássaros e por isso tentavam máquinas que batiam asas. Dá pra ver bem nitidamente isso com o conceito de R.J. Spalding:
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O próprio Leonardo DaVinci projetou, ainda no século XV um sem número de maquinas voadoras, mas não se sabe ao certo se ele tentou realizar e construir algumas dessas invenções. Já no século XIX, alguns pioneiros fizeram maquinas que funcionavam como adaptações com asas para seus corpos. Isso mais tarde conduziria o engenho aéreo humano nos conceito da asa delta e do ultraleve.
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Um dos mais famosos loucos a saltar de penhascos com essas traquitanas de pano, madeira e cordas foi Otto Lilienthal.
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Nem a modernidade dos aviões a jato, controles por computador e aeronaves que ultrapassam a barreira do som deixou para trás o sonho de Lilienthal.
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Mas com duas turbinas é mais fácil. Difícil é fazer uma traquitana que decole batendo asa.Durante décadas, todo mundo achou que isso fosse realmente impossível…
Agora, um grupo de sujeitos que vinham tentando obsessivamente construir algo do tipo, alegam ter conseguido:
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Criado pelo inventor alemão Jarno Smeets, o equipamento que você vê aí em cima é uma espécie de asa delta que bate asas.

Em parte, a energia do aparelho provém do “piloto”, as asas presas ao corpo do corajoso (ou louco) sujeito funcionam como as asas de um grande pássaro, como o Albatroz.  Ele usou o mesmo material projetado para fazer velame de Kitesurf, um tipo de tecido super leve e resistente. Para auxiliar na decolagem, ele diz que usou dois controle de Wii modificados e também acelerômetros de smartfones, além de pequenos motores. Enquanto os braços provém 5% da energia necessária para o vôo, os outros 95% provém desses motores, que juntos dão 2000 watts de energia.  Em seu primeiro teste funcional, o aparelho permitiu ao inventor um vôo de um minuto.Tdo o sistema de controle é háptico, sem fios, usando o controle do Wii.

O vídeo é bem impressionante e nesses tempos de fakes cada vez mais elaborados, é difícil dizer se é falso ou verdadeiro. O que eu posso dizer é que se for fake, é um troll mundial com superprodução, sendo noticiado em sites de renome, como o Wired, o TechCrunch e Engadget. Embora uma grande parcela aceite a possibilidade de ser real, ainda existe muita discussão se o video é fake ou não. O próprio site de caçar fraudes, o Snopes.com diz que o caso não pôde ser determinado se ele se trata de uma fraude bem elaborada, ou se é um video real de uma incrível realização da aeronáutica individual.
Geralmente, videos fakes costumam ser postados por usuários anônimos, e praticamente não tem muitos dados de contato, o que alimentaria a discussão. Neste caso aqui, o cara tem nome e endereço, e há inclusive, um press release com ops contatos deles aqui. E os caras apareceram até mesmo no famoso e respeitado FINANCIAL TIMES.
Não sendo possível apontar um fake ou corroborar a veracidade do video, deixo com os leitores a missão de formar sua própria opinião sobre ele. O site do projeto tem mais informações para você construir sua opinião a respeito. A minha é que tem muita cara de caô. Não pelo video em si, que é muito bom mesmo, mas pela questão das baterias para alimentar esses motores. Sei lá… Seja fake ou não, é totalmente Gump esse negócio.


O Urso mestre no Kung Fu

O Rafael deu a dica e realmente é impressionante o que este urso consegue fazer com um bastão. Parece até que ele é mestre de kung fu.


447072Kung Fu Panda O Urso mestre no Kung Fu

Se prepara otário! Só pode haver um!

Precisamos de mais radiação e menos desperdício!


Todo mundo que é normal tem medo de radiação. Fato.
970228how radiation threatens health 1 Precisamos de mais radiação e menos desperdício!
Basta abrirmos o jornal para acompanharmos o drama das pessoas que tiveram que abandonar suas casas devido ao Tsunami do ano passado no Japão. As áreas devastadas pelo Tsunami foram rapidamente reconstruídas, num show de competência e seriedade com o erário público para o mundo, mas as áreas contaminadas pela radiação que vazou no acidente de Fukushima, numa das maiores tragédias atômicas do planeta ainda estão bloqueadas para o acesso humano.
Os acidentes, os riscos, os resultados horrendos ocorridos em decorrência das duas bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos contra o Japão na época da Segunda Guerra Mundial ficaram impressos, indeléveis na memória das pessoas. A palavra RADIAÇÃO se tornou algo negativo, algo que se deve temer, talvez do mesmo modo como ocorreu com a LEPRA.
O que o senso comum ignora é que a radiação não é exatamente o perigo e sim a quantidade da radiação. Tudo tem radiação, até uma simples castanha do Pará.
As pessoas também ignoram que muitas coisas que temos hoje são produtoras de radiação. A começar pelo seu forno de microondas aí.
Eu acho estranho que se fale tão pouco sobre a tecnologia da irradiação de alimentos. No fim de semana, eu estive na casa de uns amigos que plantam hortaliças em um município vizinho a Nova Friburgo. Eles estão plantando tomate atualmente. Estranhei que enquanto meu carro percorria a estrada, ainda marcada pelos deslizamentos de terra daquela fatídica chuva que atingiu a região, os pés de tomate estavam carregados de frutos maduros. Na mesma hora, percebi que aquilo só poderia indicar uma coisa: O valor do tomate no mercado estava baixo.
819715Tomates y tomates Precisamos de mais radiação e menos desperdício! Ocorre que quando você é um agricultor, você está a mercê de um sem número de fatores que definirão sua vida. O primeiro deles é o crédito. Sem grana, você não compra semente. E sem semente, você não colhe nada. O segundo fator é o tempo. Se o tempo ajuda, dá uma boa colheita. Se não ajuda, você se ferra de verde e amarelo. O terceiro é o preço do insumo. Você precisa de adubo, de defensivo contra pragas. Mas nenhum desses fatores é tão perverso quanto este: O atravessador.
O atravessador é o cara que compra o tomate do cara que produz, que fica no sol, que está exposto ao defensivo, ao risco da planta não vingar, das pragas e etc, e vende no mercado, botando o dele em um overprice e entregando para os mercados, que botarão um segundo overprice. No Brasil este é o cara que mais existe. Ele está em tudo. Praticamente tudo que a gente compra envolve um ou mais atravessadores. Na área de pesca então, é uma barbaridade!
No lance do tomate, funciona assim: Quando todo mundo planta tomate, tem muito, logo, o preço cai. Quando escasseia o tomate, o preço sobe. Simples de entender. Porém, essa coisa é extremamente volátil, e num mês a caixa de tomate pode estar com uma cotação de 50 reais e no outro ela despenca para miseráveis 5 merréis. Com isso, toda aquela grana investida que some de vista na plantação vai virar comida de passarinho, vai apodrecer no pé. O cara faz isso porque provavelmente pegou empréstimo para plantar e precisa pagar o mesmo, ou ele vira uma bola de neve, que só cresce, dada as taxas de juros aqui praticadas, das maiores do mundo, senão a maior. Se o tomate estragar mas ele conseguir com isso pagar os juros, é ruim, mas já valeu.
E é isso que esperam os produtores quando observam que o preço do tomate despencou no mercado. Eles deixam o alimento apodrecer no pé. Aí escasseia o produto no mercado e isso força o aumento do valor da caixa.

Então, veja a esquizofrenia do negócio: Você tem pessoas passando fome por vários locais do país e tem comida estragando em outros lugares. Deixar a produção estragar para alavancar o preço e tentar cobrir os custos envolvidos é uma estratégia que pode parecer estranha e cruel, mas é bastante comum. O Brasil é o país do prejuízo e do desperdício, meu amigo.
Enquanto o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), o Brasil gera muita fartura, mas uma boa parte desse potencial se perde na origem, no transporte e no ponto de venda. Por termos um clima tropical, as frutas, legumes e ortaliças perecem muito rapidamente e são amplamente atacadas por uma fauna invejável do ponto de vista da diversidade. Hoje o potencial agrícola Brasileiro é tamanho que ultrapassamos a marca de produção em 25,7% além do necessário para o consumo nacional. O excedente que poderia ser exportado para aumentar nossa riqueza, é perdido. Segundo dados da Embrapa de 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano vão para o lixo. Não é pouco não, meu velho! Todo dia desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas de comida, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, Rodrigo. Comida é o que não falta. Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002).  O desperdício não ocorre somente aqui, mas o pior de tudo é que essa quantidade de alimentos desperdiçados poderia erradicar completamente a fome do planeta – drama que atinge cerca de 900 milhões de pessoas.

180466Montanha de alimentos desperdiçados Precisamos de mais radiação e menos desperdício!
Nosso país devia incluir desperdício na faixa da bandeira, já que enquanto a “ordem” é questionável, e o “progresso” uma promessa, pelo menos o “desperdício” estaria justificado ali. Duvida? Ó:
Segundo os dados do Instituto Akatu de 2003, aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:

  • 20% na colheita;
  • 8% no transporte e armazenamento;
  • 15% na indústria de processamento;
  • 1% no varejo;
  • 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.
Isso representa uma perda financeira que remete a US$ 1 bilhão por ano!
A perda dos alimentos se dá por diversos motivos, mas um deles, que é o que nos interessa aqui é a perda dos perecíveis em pontos de venda. Dados de estimativa de um trabalho que avaliou o desperdício em supermercados aponta que eles perderam 4,48% de seu movimento financeiro, só em perecíveis. Por que? Porque as plantas simplesmente morrem, uma vez cortadas lá na fazenda elas começam a morrer ali. A cada hora que passa, menos nutrientes chegam às células da planta e como qualquer ser vivo nessa condição, ela bate a caçuleta. Os revendedores vão arrancando as folhas periféricas, que são as primeiras a morrer. Assim, o alface, o repolho e tantas outras plantas vão tendo suas folhas arrancadas à medida em que murcham e melam. Isso não detém a morte da planta, mas mantém a aparência de viço. No entanto, é uma corrida contra o tempo. Cada segundo que passa é menos um pouquinho de vida naquela planta.
Quem nunca passou pela experiência de comprar morangos no mercado e ver que mofaram no dia seguinte? Um dos alimentos mais perecíveis que tem é o morango.
O que muita gente não sabe é que dá pra conter isso! E o jeito para isso já se conhece de longa data e é uma coisa largamente usada em países mais desenvolvidos. Chama-se irradiação de alimentos. Nos Estados Unidos, o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) vem realizando pesquisas nessa área desde 1899 e na Europa, cientistas alemães e franceses mostravam interesse pelo assunto a partir de 1914.
A irradiação é uma técnica eficiente na conservação dos alimentos pois reduz as perdas naturais causadas pelos processos fisiológicos (brotamento, maturação e envelhecimento), além de eliminar ou reduzir microrganismos, parasitas e pragas, sem causar qualquer prejuízo ao alimento, tornando-os também mais seguros ao consumidor.
O sistema é simples. A irradiação de alimentos é o tratamento dos mesmos com radiação ionizante. O processo consiste em submetê-los, já embalados ou a granel, a uma quantidade minuciosamente controlada de radiação, por um tempo prefixado e com objetivos bem determinados. A irradiação pode impedir a multiplicação de microrganismos que causam a deterioração do alimento, tais como bactérias e fungos, pela alteração de sua estrutura molecular, como também inibir a maturação de algumas frutas e legumes, através de alterações no processo fisiológico dos tecidos da planta.
Os principais tipos de radiações ionizantes são as radiações alfa, beta, gama, raios X e nêutrons.
Não, meu amigo… Stan Lee mentiu pra você. Se jogar raios gama num vegetal ele não vira o Incrível Hulk! Mas ela é fodona. Saca só:
As radiações ionizantes podem ser classificadas como partículas (ex: radiação alfa, beta e nêutrons) e como ondas eletromagnéticas de alta freqüência (radiação gama e raios X). A radiação alfa é semelhante à átomos de hélio, sem os dois elétrons na camada externa, e não é capaz de atravessar uma folha de papel. As radiações beta são basicamente elétrons mais penetrantes, mas não ultrapassam uma folha de alumínio, enquanto que a radiação gama é altamente penetrante, podendo atravessar um bloco de chumbo de pequena espessura.
Os nêutrons possuem alta energia e um grande poder de penetração, podendo inclusive produzir elementos radioativos, processo este denominado de ativação. Por isto mesmo não são utilizados na irradiação de alimentos. Os raios X são relativamente menos penetrantes que a radiação gama, tendo como inconveniente o baixo rendimento em sua produção, pois somente de 3 a 5% da energia aplicada é efetivamente convertida em raios X.
O tipos de radiações ionizantes utilizados no tratamento de materiais se limitam aos raios X e gama de alta energia e também elétrons acelerados, porque suas energias são suficientemente altas para desalojar os elétrons dos átomos e moléculas, convertendo-os em partículas carregadas eletricamente, que se denominam íons. A radiação gama e os raios X são semelhantes às ondas de rádio, às microondas e aos raios de luz visível. Eles formam parte do espectro eletromagnético na faixa de curto comprimento de onda e alta energia. Os raios gama e X têm as mesmas propriedades e os mesmos efeitos sobre os materiais, sendo somente diferenciados pela sua origem.
As formas de radiação utilizadas no processo de irradiação do alimento provocam ionização, ou seja, criam cargas positivas ou negativas; a formação dessas cargas resulta em efeitos químicos e biológicos que impedem a divisão celular em bactérias pela ruptura de sua estrutura molecular. Os níveis de energia utilizados para se conseguir esse efeito não são suficientes para induzir radioatividade nos alimentos. O alimento, em hipótese alguma, entra em contato com a fonte de radiação.
Em relação aos nutrientes, a irradiação promove poucas mudanças. Outros processos de conservação, como o aquecimento, podem causar reduções muito maiores dos nutrientes. As vitaminas por exemplo, são muito sensíveis a qualquer tipo de processamento, no caso da irradiação, sabe-se que a vitamina B1 (tiamina) é das mais sensíveis, mas mesmo assim as perdas são mínimas. A vitamina C (ácido ascórbico), sob efeito da irradiação, é convertido em ácido dehidroascórbico, que é outra forma ativa da vitamina C.
Entre os alimentos submetidos a esse processo estão as frutas, vegetais, temperos, grãos, frutos do mar, carne e aves. Mais de 1,5 toneladas de alimentos é irradiada no mundo a cada ano, segundo a Fundação para Educação em Alimentos Irradiados (entidade norte-americana). Embora essa quantidade represente apenas uma pequena fração do que é consumido no mundo todo, a tendência é crescer.
No Brasil, a legislação sobre irradiação de alimentos existe desde 1985 (Portaria DINAL no. 9 do Ministério da Saúde, 08/03/1985). Apenas uma empresa realiza esse serviço e está localizada em São Paulo. Em Piraciba, o Centro de Energia Nuclear para Agricultura (CENA), da Universidade de São Paulo, vem realizando pesquisas na área e presta serviço para as indústrias. O Instituto de Pesquisas Nucleares, também da USP, além de realizar pesquisas na área, realiza um trabalho junto aos produtores, mostrando os benefícios e vantagens da irradiação de alimentos.

Este é um dos possíveis centros de irradiação. Veja que não parece uma usina nuclear e é milhões de vezes mais seguro que uma.
790542ABAAABUCEAK 1.png Precisamos de mais radiação e menos desperdício!

Com a publicação da Instrução Normativa n.º 9, pelo Ministério da Agricultura no ano passado, o Brasil tem chances de expandir ainda mais as exportações de frutas para exigentes mercados consumidores. A IN 9, publicada em fevereiro de 2011, reconhece o uso da radiação ionizante como tratamento fitossanitário, cujo objetivo é prevenir a introdução ou disseminação de pragas quarentenárias, aquelas que têm impacto nas exportações e importações.
Mas voltando a fazendinha onde eu estava, eu perguntei para os caras se eles já pensaram em conservar os tomates com irradiação. Você tinha que ver a cara de espanto que o pessoal fez. Parecia que eu estava contando uma coisa mágica pra eles. Ninguém acreditou.
-O tomate não apodrece?
-Não.
-Mas ele não mata a pessoa?
-Não.
-Mas e bicho? Dá bicho?
-Não. E ainda por cima você controla o tempo de maturação do tomate. Pode tirar ele verde da lavoura, guardar  e planejar quando que ele vai madurar!
-Ah… Não é possível! Isso só pode ser coisa do Inimigo (o capeta)!

Da janela em que eles vêem o mundo, realmente parece algo de natureza sobrenatural guardar por meses vegetais sem refrigeração nem nada e não ter problema de fungos, insetos, microorganismos ou brotamento.
46134banana irradiada Precisamos de mais radiação e menos desperdício!
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Em muitos países, esta prática tem sido aplicada à carne de frango e produtos à base de frango, com o objectivo de eliminar Salmonella, Campylobacter e outras bactérias passíveis de causar intoxicações alimentares. Nos EUA, a irradiação de alimentos tem sido amplamente utilizada para tratar carnes vermelhas, a fim de reduzir a contaminação por E. coli 0157:H7, uma bactéria responsável por muitas intoxicações, que podem causar sérios danos nos rins e, eventualmente, conduzir à morte. A irradiação também pode ser utilizada em ervas aromáticas secas e especiarias, alguns tipos de marisco, frutas e legumes, cereais e refeições prontas. Todos os alimentos sujeitos ao processo de irradiação devem indicá-lo claramente. O símbolo que indica que um alimento foi irradiado para matar germes e aumentar sua durabilidade é este aqui:

O nível de dose utilizado na irradiação de alimentos é no máximo 10 kGy cujo valor é muito menor aos outros processos, como o aquecimento e o uso de forno de microondas.
A irradiação pode induzir a formação de algumas substâncias, chamadas de produtos radiolíticos, na constituição dos alimentos. Estas substâncias não são radioativas e não são exclusivas dos alimentos irradiados. Muitas delas são encontradas naturalmente nos alimentos ou produzidas durante o processo de aquecimento.
189012radura 150 150 Precisamos de mais radiação e menos desperdício!Organizações internacionais tais como a FAO e a WHO revisaram estas pesquisas e concluíram que a irradiação de alimentos é segura e benéfica. Similarmente, o valor nutricional de alimentos irradiados foi comparado com o de alimentos tratados por outros métodos, com resultados favoráveis à irradiação.
Mas um entrave sinistro para esta tecnologia sensacional é a ignorância. A irradiação é um dos métodos de processamento de alimentos mais exaustiva e rigorosamente estudados, no entanto, a sua aplicação é ainda sujeita a controvérsias, especialmente na Europa. A falta de informação sobre esta tecnologia e sobre os seus benefícios tem conduzido equívocos e confusões, tendo limitado a adoção deste procedimento em toda a Europa.
Se o Brasil investisse mais nesta tecnologia, poderíamos ter formas seguras e versáteis para obter alimentos de boa qualidade, reduzindo as perdas pós-colheita. A rotulagem dos alimentos irradiados proporciona aos consumidores a oportunidade de decidir se querem ou não adquirir estes produtos.
Atualmente, a tecnologia é um investimento caro para um empreendedor individual, e varia, conforme o modelo comercial do aparelho irradiador, de US$ 5 milhões a US$ 12 milhões, sendo mais viável para uma prestadora de serviços para exportadores ou para uma associação de produtores. Mas vamos parar para pensar: U$ 5 milhões de dólares é uma merreca para um país que tira a onda que o Brasil tira, né?
Dilma leva à Cuba mais uma linha de crédito, dessa vez de US$ 523 milhões. Com isso, o financiamento brasileiro à ilha chega a US$ 1,37 bilhão.
Ora bolas, país presepeiro que tem tanta grana para ajudar os outros (mesmo sabendo que os conterrâneos do Fidel são uns caloteiros devendo US$ 8 bilhões ao Japão, US$ 8 bilhões à Espanha, US$ 2 bilhões à Argentina e etc) igual ao nosso não é qualquer dia que se vê.
Além disso, pra todo lado que você olha, vê belos exemplos do mau uso dos dinheiros que abarrotam os cofres do governo (graças aos recordes de arrecadação tributária, o que obriga o brasileiro a trabalhar 5 meses só para pagar imposto) é obra inacabada, é asfalto mal aplicado, são fortunas queimadas com campanhas de marketing vazias, mal formuladas, é muito, mas muito dinheiro mesmo sendo gasto (no clássico desvioduto onde o político embolsa 50% e paga o resto para o show) em shows diversos pelas cidades do país afora.

Sendo assim, não dá pra alegar que não tem grana para fazer centros de irradiação de alimentos. Não os fazem porque não querem.
Precisamos não somente aumentar a produtividade. Conter o desperdício deve ser uma meta, não só para nosso país, mas para um mundo melhor.