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11 de abr. de 2012

Elvis Presley - edição 1963



ELVIS PRESLEY EDIÇÃO 1963


Elvis Presley


(Reportagem de Terry Farrow, publicada na revista “Cinelândia” em janeiro de 1963)



Acima de tudo um rapaz do interior, ELVIS PRESLEY prefere a vida simples de sua cidade no Tennessee. Quando seus compromissos o levam a Hollywood ele se instala em uma elegante mansão alugada com vitrola automática e tudo... Em Bel-Air, o subúrbio de milionários de Hollywood, ergue-se a casa que Elvis sempre ocupa quando vai à cidade do cinema rodar um filme ou gravar discos. Muito branca e moderna, a mansão lhe custa 3.000 dólares mensais e tem uma entrada imponente, estátuas de mármore e um aquário com peixes dourados. Mas Elvis lhe dá o toque especial colocando uma vitrola automática em lugar de honra. A vitrola é idêntica às que se encontram comumente nos bares norte-americanos. Pisca com luzes vermelhas, amarelas, azuis e verdes e é revestida de vidro colorido e brilhante. Dentro, o toca-discos roda os mesmos discos de 45 rpm determinados por um painel de botões na frente. ELVIS PRESLEY pode ter um Rolls Royce, dois Cadillacs e outros luxos adequados ao seu estado de milionário, mas não poderia viver sem sua humilde vitrola automática.

“A vitrola serve para recordá-lo que existe outra vida real, dura, sem artifícios” – diz Tom Diskin, secretário de seu empresário. “Em Elvis não existe nada falso, nem hoje, nem ontem, nem amanhã. E ele não dá a mínima importância ao que possam dizer as pessoas. A vitrola só toca se a gente colocar uma moeda. E quem quiser tocá-la tem de colocar a moeda. Todos os domingos, os rapazes recolhem o dinheiro da máquina e na segunda-feira pela manhã, o dinheiro é entregue ao jardineiro, para seus filhos”. Os “rapazes” na casa pertencem à “comitiva” de ELVIS PRESLEY. O astro tinha uma turma deles, chefiados pelo primo Gene Smith, quando chegou a Hollywood pela primeira vez e até hoje mantém seus “rapazes”, embora alguns rostos tenham mudado. Nos quase cinco anos em que Elvis vem sendo parte do cenário de Hollywood, sua devoção aos velhos amigos e ao seu lar de Memphis, Tennessee, aumentou sempre. Longe de “tornar-se muito Hollywood”, Elvis tenta justamente impedir que a pressão constante e o glamour envolvente da cidade alterem seu tranqüilo modo de vida.

E é por isso que ele não sai de Memphis sem os seus amigos. Eles são o seu elo com o lar, além de lhe prestarem serviços. O grupo atual, chamado em Hollywood de “Os primos de ELVIS PRESLEY” ou “A comitiva”, é chefiado pelos primos Gene e Billy Smith, que tomam conta da coleção de carros de Elvis. De Ray Sitton, que cuida do guarda-roupa. De Red West, seu “stand in”. O dever de Allan Fortes é reservar aposentos nos hotéis. Joe Esposito trata dos assuntos pessoais do cantor. Onde Elvis vai, sua comitiva o segue. Eles o acompanham aos estúdios de filmagens, de gravações, em suas apresentações pessoais e agem como guarda-costas sempre que “O Rei” é cercado por suas frenéticas fãs. Em 1962, Elvis fez dois filmes, “Talhado para Campeão/Kid Galahad” e “Garotas! Garotas! Garotas!/Girls, Girls, Girls” e atualmente trabalha em “Loiras, Morenas e Ruivas/It Happened at the World’s Fair”, uma produção dispendiosa que o tornará ainda mais popular. Entre um filme e outro, gravou três álbuns, um de cada um dos dois filmes e o terceiro, uma coletânea de sucessos: “Potluck”. O ELVIS PRESLEY de hoje é um jovem educado e muito popular, tal como vem sendo nos últimos cinco anos. Sua popularidade firme não é fruto do acaso. Seus discos e filmes são lançados a espaços regulares para mantê-lo vivo aos olhos do público, mas não tanto quanto seus fãs desejariam.




10 PERSONAGENS DE ELVIS


Clint Reno em
AMA-ME COM TERNURA/Love me Tender (1956)
de Robert D. Webb
Com Richard Egan e Debra Paget

Vince Everett em
O PRISIONEIRO DO ROCK/Jailhouse Rock (1957)
de Richard Thorpe
Com Judy Tyler

Danny Fisher em
A BALADA SANGRENTA/King Creole (1958)
de Michael Curtiz
Com Carolyn Jones, Walter Matthau e Dolores Hart

Pacer Burton em
ESTRELA DE FOGO/Flaming Star (1960)
de Don Siegel
Com Steve Forrest, Barbara Eden e Dolores Del Rio

Tulsa McLean em
SAUDADES DE UM PRACINHA/G. I. Blues (1960)
de Norman Taurog
Com Juliet Prowse

Glenn Tyler em
CORAÇÃO REBELDE/Wild in the Country (1961)
de Philip Dunne
Com Hope Lange, Tuesday Weld e John Ireland

Chad Gates em
FEITIÇO HAVAIANO/Blue Hawaii (1961)
de Norman Taurog
Com Joan Blackman e Angela Lansbury

Mike Windgren em
O SERESTEIRO DE ACAPULCO/Fun in Acapulco (1963)
de Richard Thorpe
Com Ursula Andress, Elsa Cárdenas e Paul Lukas

Charlie Rogers em
CARROSSEL DE EMOÇÕES/Roustabout (1964)
de John  Rich
Com Barbara Stanwyck e Joan Freeman

Lucky Jackson em
AMOR A TODA VELOCIDADE/
Viva Las Vegas (1964)
de George Sidney
Com Ann-Margret