Armas não-letais: Conheça o taser, o spray de pimenta e outras
A morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, em Sydney (Austrália), causou grande comoção e lançou muitos questionamentos sobre o modus-operandi da polícia
australianna. Acusado de ter roubado um pacote de biscoitos de uma loja
de conveniência, ele foi perseguido por algumas quadras até ser
imobilizado por 6 tiros de taser, arma
não-letal que dispara dardos ligadas a fios, dando choques capazes de
parar qualquer pessoa. O problema foi o número de disparos feitos para
fazer com que Roberto parasse. Seis tiros são demais para qualquer
pessoa, por melhor que seja sua condição de saúde.
Taser: arma não-letal até que ponto?
O fato gerou grave repercussão e a família, obviamente, afirmou ir às
últimas consequências para pedir justiça pela morte do rapaz. A
discussão, no entanto, resvalou sobre o quanto de não-letal pode ser uma
arma de choque do tipo taser e como ela deve ser manuseada para evitar
acidentes deste tipo. Além disso, discutiu-se também sobre a
possibilidade de uso de outras armas não-letais
no caso, que certamente teriam efeitos colaterais menos graves. Vamos
coheceer algumas delas logo abaixo, usadas pela polícia em todo o mundo:
Balas de borracha: assustador à primeira vista (é
disparada de uma arma muito parecida com uma escopeta), ela serve para
repelir multidões reunidas em protestos ou badernas. O princípio de
funcionamento de uma bala de borracha é muito semelhante ao de uma arma
comum, a diferença é que no lugar de um projétil de chumbo, temos uma
ponta arredondada feita de borracha. Mesmo assim, disparos de bala de
borracha podem ser perigosos ser atingirem regiõess sensíveis do corpo
humano (olhos, garganta), por isso é orientado às forças policiais
mirarem as pernas da multidão quando fizerem uso da bala de borracha.
Gás Lacrimogêneo: lançados como granadas ou através
de disparadores próprios, o gás lacrimogêneo tira de combate as pessoas
por causa da irritação causada pelo gás nas mucosas, como vias
respiratórias e olhos. Eficiente para dispersar multidões e confundir
bandidos em operações de resgate, a desvantagem é que não se controla
muito o raio de alcance do gás. Por isso, os policiais usam máscaras
quando fazem uso desse artefato.
Spray de pimenta: o preferido pelas mulheres para
defesa pessoal, a borrifada desse líquido no rosto do agressor causa
imediata irritação e cegueira, quando atinge os olhos. Não é para menos,
afinal o spray de pimenta não tem esse nome de graça. Seu princípio
ativo é extraído do gênero de pimentas Capsicum, uma das mais
fortes existentes e cujo efeito pode durar até 40 minutos, tempo
suficiente para escapar de um agressor atordoado pela arma.
Taser: também conhecida como arma de choque, ganhou
esse nome da empresa que primeiro a fabricou, no fim dos anos 90. Seu
formato assemelha-se a uma pistola, geralmente numa cor chamativa. De
forma geral, o gatilho controla a intensidade da descarga elétrica, além
de disparar o par de dardos, ligados por finíssimos fios ligados à
arma, condutores do choque (na casa dos 50 mil volts). Os dardos entram
até 2,5 cm na pele e podem dar choques continuamente, enquanto o gatilho
estiver apertado. Por essas características, sua venda é restrita a
órgãos de segurança.
Bastão de choque: erroneamente também chamado de
taser, o bastão de choque precisa entrar em contato direto com a pele do
agressor para surtir efeito. Isso significa uma descarga de
aproximadamente 50 mil volts (de baixa amperagem), tendo o mesmo efeito
de um disparo de taser. Sua venda é liberada para pessoas comuns.
O futuro das armas não-letais
Essas são as armas não-letais atuais. Olha que o futuro das forças
policiais usarão para dispersar multidões e prender bandidos, causando o
mínimo de danos:
- Disparo Sônico: ondas sonoras capazes de derrubar qualquer um,
graças a frequência de som regulada para atordoar o cérebro do agressor.
- Ondas quentes: espécie de arma de micro-ondas, repele os possíveis
agressores aquecendo as moléculas de água presentes na pele, causando
grande desconforto.