Poucos eventos são tão apavorantes quanto se deparar com um incêndio. Lutar para salvar a própria pele e de outras pessoas do fogo descontrolado,
capaz de destruir construções, plantações, florestas inteiras e até
cidades é um evento traumatizante para qualquer pessoa. Ainda que a tecnologia das construções e dos equipamentos dos bombeiros e brigadas de incêndios
tenham evoluído como nunca se viu na história, não estamos 100% livres
de presenciar um incêndio catastrófico, como os ocorridos em outras
épocas da humanidade.
Numa época em que o manuseio do fogo era precário e a maioria das casas eram feitas de madeira, cidades inteiras sucumbiram em incêndios devastadores, tanto acidentais como provocados. Lisboa, Londres e Roma foram algumas das cidades que quase foram riscadas do mapa devido a esses grandes e famosos incêndios.
Com o advento dos prédios e construções feitos prioritariamente de concreto armado, aço e vidro, diminuiu bastante a incidência de incêndios de proporções gigantescas, sendo eles observados com frequência em florestas (quando o clima está seco) ou em instalações comerciais e indústrias que acumulam material com grande poder de ignição, como refinarias e depósitos de combustíveis, fábricas de produtos petroquímicos ou depósitos de tecidos. Claro, o risco de incêndio está presente quase o tempo todo, por isso é importante saber como prevenir esse tipo de acidente para não acontecer grandes tragédias, como as que vamos relatar a seguir:
Grande Incêndio de Roma – em 18 de julho do ano 64
da era cristã, a capital do Império Romano foi tomada por um incêndio
devastador, que acabou consumindo dois terços de seus prédios, ao fim de
9 dias de chamas ardentes. Convencionou-se culpar o imperador da vez,
Nero, da grande catástrofe, que teria colocado fogo na cidade para
incriminar e perseguir os cristãos. A teoria é bem pouco aceita nos dias
de hoje e o mais provável é que tenha sido um incêndio acidental,
causado por algum morador usando o fogo para se aquecer ou fazer comida.
Grande incêndio de Londres – mais de 1600 anos
depois, outra cidade européia era assolada por um grande incêndio. De 2 a
5 de setembro de 1666, Londres perdeu cerca de 13.200 casas, 87 igrejas
e dezenas de prédios públicos num incêndio gigantesco, que começou
prosaicamente numa padaria, a Farynor. O layout medieval da cidade, como
o de tantas outras na Europa, ajudou na propagação das chamas: ruas
estreitas e construções de madeira foram rapidamente consumidas pelo
fogo, que só foi controlado após as autoridades londrinas admitirem que
subestimaram a força das chamas e debelar o incêndio com a técnica da
época, derrubando os prédios vizinhos ao incêndio para evitar o
alastramento do fogo. Apesar da gravidade do incêndio, foram
contabilizadas ‘apenas’ 9 mortes.
Grande Incêndio de Chicago – no verão de 1877,
trezentas pessoas perderam a vida por conta de um incêndio de grandes
proporções, iniciado num estábulo, que tomou conta de Chicago. Boa parte
da culpa do tamanho desse incêndio deve ser creditado ao fato de
Chicago ser uma cidade quase toda feita em madeira, dos prédios às ruas.
Não é para menos: na época, Chicago era o lugar do planeta onde mais se
comercializava madeira. Logo depois da tragédia, arquitetos e
engenheiros de renome ajudaram a reconstruir a cidade, tornando-a
referência em arquitetura.
Poços de petróleo do Kuwait – Saddam Hussein invadiu o Kuwait em 1991 e desencadeou a Guerra do Golfo, mas foi rapidamente derrotado pelos Estados Unidos. Ele foi expulso do micro-país, não sem antes cometer uma barbaridade: mandou seu exército botar fogo em 730 dos 1000 poços de petróleo do Iraque. Além do prejuízo econômico, essa ato também configurou-se como um desastre ambiental enorme, jogando no ar fuligem e gases tóxicos e contaminando os lençóis freáticos. O dia transformado em noite no Kuwait, por causa das nuvens negras de fumaça, só foi extinto longos 8 meses depois, por volta de outubro de 1991.
Edifício Joelma – o Brasil também teve sua
catástrofe provocada pelo fogo, e não falamos dos incêndios na Amazônia.
O edifício Joelma, em São Paulo, entrou em combustão e vitimou 188
pessoas, no dia 1º de fevereiro de 1974. Transmitido em tempo real pelos
canais de televisão, as cenas das pessoas se jogando dos andares
superiores do prédio no desespero para fugir das chamas chocaram a
sociedade e correram o mundo. Pode-se dizer que, infelizmente, o
incêndio do edifício Joelma foi a primeira grande tragédia transmitida
ao vivo pela televisão brasileira.
Cidades da Europa em chamas
Numa época em que o manuseio do fogo era precário e a maioria das casas eram feitas de madeira, cidades inteiras sucumbiram em incêndios devastadores, tanto acidentais como provocados. Lisboa, Londres e Roma foram algumas das cidades que quase foram riscadas do mapa devido a esses grandes e famosos incêndios.
Com o advento dos prédios e construções feitos prioritariamente de concreto armado, aço e vidro, diminuiu bastante a incidência de incêndios de proporções gigantescas, sendo eles observados com frequência em florestas (quando o clima está seco) ou em instalações comerciais e indústrias que acumulam material com grande poder de ignição, como refinarias e depósitos de combustíveis, fábricas de produtos petroquímicos ou depósitos de tecidos. Claro, o risco de incêndio está presente quase o tempo todo, por isso é importante saber como prevenir esse tipo de acidente para não acontecer grandes tragédias, como as que vamos relatar a seguir:
Poços de petróleo do Kuwait – Saddam Hussein invadiu o Kuwait em 1991 e desencadeou a Guerra do Golfo, mas foi rapidamente derrotado pelos Estados Unidos. Ele foi expulso do micro-país, não sem antes cometer uma barbaridade: mandou seu exército botar fogo em 730 dos 1000 poços de petróleo do Iraque. Além do prejuízo econômico, essa ato também configurou-se como um desastre ambiental enorme, jogando no ar fuligem e gases tóxicos e contaminando os lençóis freáticos. O dia transformado em noite no Kuwait, por causa das nuvens negras de fumaça, só foi extinto longos 8 meses depois, por volta de outubro de 1991.