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20 de fev. de 2012

Segredos sobre o planeta terra!


Os segredos por trás da foto mais famosa do planeta Terra



O nome da foto acima é Blue Marble. É a imagem mais precisa e com maior resolução já tirada da Terra — até criarem a próxima geração da Blue Marble. Trata-se da mais famosa delas, já que ela é a imagem padrão do iPhone. Agora seu criador revelou todos os seus segredos.
Diferente da foto tirada pelo Apollo 17 e que mostra toda a Terra, a Blue Marble da NASA não é uma fotografia real. É uma composição criada com várias imagens. Uma representação sintética, mas precisa e incrivelmente límpida de nossa casa, criada por Robert Simmon:
Uma das melhores surpresas da minha vida foi ligar meu iPhone recém tirado da caixa e ver a imagem que eu fiz na tela. A Apple escolheu o Blue Marble como imagem padrão do fundo de tela, e eu não fazia ideia disso.
Simmon criou a imagem usando um mapa de 43.200 por 21.600 pixels da Terra, unidos por Reto Stöckli. Stöckli usou cerca de 10 mil imagens de satélite de 300 megabytes capturadas pelo satélite Terra durante um período de 100 dias. (Na época, o satélite Terra era o mais avançado sistema de monitoramento terrestre da NASA). Ele removeu todas as nuvens e deixou a imagem gigantesca e limpa. Depois, Simmon entrou na história e adicionou alguns detalhes: “para deixar a Terra mais realística, ou pelo menos do jeito que nós imaginamos que ela é, eu precisava trabalhar bastante.”
Ele usou as informações da NASA sobre os níveis de clorofila nos oceanos — que é “uma forma de monitorar o fitoplâncton — e fez a textura da água da Terra assim. Ao mesmo tempo, ele adicionou o gelo à textura base, criando a imagem acima.
Depois ele criou um “mapa de nuvens juntando cenas de 200 satélites” e também um mapa topográfico para adicionar elevação nas massas de terra. Ele colocou todas as texturas no Electric Image, um software 3D clássico de Mac que era popular na época, e a mágica começou a tomar forma. (Bônus ultra-hiper-nerd: o Electric Image foi usado por John Knoll, da Industrial Light & Magic, para criar cenas de batalha espacial na trilogia original de Star Wars.)
Aqui ele colocou o mapa em uma esfera, e renderizou imagens separadas de tudo: “terra e oceano, realce especular, nuvens, algumas márcaras de dia/noite, e neblina atmosférica”.


Finalmente, ele jogou as imagens no Photoshop e as combinou por horas e horas, “corrigindo e recorrigindo transparência, máscara de layers, matiz, saturação, cor e curvas para criar a imagem que eu imaginei na minha cabeça”. O resultado final é lindo. Uma bela e deliciosa mentira. 

O dia em que toda a vida da Terra quase acabou


No dia 12 de agosto de 1883, uma série de cometas passou perto de atingir a Terra, matando praticamente tudo em nosso planeta.
É isso que afirmam os cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México, após reanalisar as descobertas de José Bonilla, um astrônomo mexicano que pode ter passado perto de testemunhar a destruição do mundo como conhecemos. Em 1883, Bonilla observou 447 objetos passando em frente ao Sol por dois dias seguidos em Zacateas, no México; ele publicou suas descobertas em um jornal de astronomia francês. Mas esses objetos não foram vistos em grandes observatórios de Puebla ou da Cidade do México, onde equipes maiores de cientistas observaram e esperaram o fenômeno dia e noite. Por quê? Na época, ninguém sabia ao certo. O editor do L’Astronomie, onde as descobertas de Bonilla foram publicadas, sugeriu que pássaros, insetos ou até mesmo poeira tenha passado em frente ao seu telescópio.
A equipe da Universidade do México tem outra explicação. Eles afirmam que o que Bonilla observou eram fragmentos reais de um gigantesco cometa de bilhões de toneladas, e a razão para que ninguém tenha visto os objetos é que eles passaram tão próximos da Terra que eles só foram visíveis para observadores posicionados em partes muito estreitas do planeta. Mas é aqui que as coisas ficam mais malucas: como a Cidade do México e Puebla ficam a pouco menos de 650 kms de Zacateas, a equipe calcula que o cometa passou entre 480 e 8 mil quilômetros da Terra. E isso provavelmente os deixou bem próximos da extinção total.
Bonilla observou 447 objetos por 2 dias, mas ele os contou apenas em um tempo total de 3,5 horas. Para calcular o total correto do número de fragmentos, a equipe pegou a média dos fragmentos vistos por Bonilla por hora e os multiplicou para um dia inteiro de evento. Total: 3.275 peças separadas, todos eles do mesmo tamanho ou maiores do que o meteoro de Tunguska, em 1908. O impacto em Tunguska foi, em estimativas moderadas, de cerca de 15 megatons, ou mil vezes mais potente do que Hiroshima. 3.275 dessas bombardeando o planeta durante dois dias seria, como dizem os autores da pesquisa, “um evento de extinção”.
A fragmentação de cometas era um fenômeno conhecido em 1883, mas apenas dois casos haviam sido observados. É por isso que provavelmente Bonilla e o editor dos pássaros não fizeram a conta simples. Algumas das trajetórias feitas por Bonilla coincidem com um dos cometas que foi observado no mesmo ano, mas é possível que outro cometa, tão grande assustador quanto o outro, tenha passado despercebido e bem próximo da Terra. 


Cornell University Library via Technology Review, SlashDot; Science; Crédito da imagem: Fragmento do cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3 de APOD

"A mais incrível imagem da Terra", agora do outro lado




A NASA disse que a Blue Marble 2012 é a “mais incrível imagem em alta definição da Terra que existe”. Agora eles divulgaram a outra metade, devido à grande demanda.
Esta foto do hemisfério oriental é uma imagem feita depois de seis órbitas capturadas em 23 de janeiro de 2012 pelo satélite Suomi NPP. As duas novas imagens “Blue Marble” foram capturadas usando um novo instrumento a bordo do satélite, o VIIRS (Visible Infrared Imaging Radiometer Suite). Ele captura luz visível e infravermelho usando radiometria – conjunto de técnicas para medir radiação eletromagnética, incluindo a luz visível – para maior precisão.
Só não gostei das listras brancas da imagem na vertical. Eu prefiro a imagem do hemisfério ocidental, mas é difícil ganhar da Blue Marble original. A imagem acima está disponível em resolução de até 11500 x 11500 pixels (!) no link a seguir, e se eu fosse você exploraria um pouco as imagens da NASA no Flickr – achei duas que definitivamente usaria como papel de parede. 


NASA Goddard/Flickr