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24 de fev. de 2012

Música não se vê, se sente

Já ouviu falar em Geoffrey Gurrumul? Não? Então terei o prazer e a honra em lhes apresentar este excepcional músico australiano, que fez parte da formação original do Yothu Yindi, e faz jus à premissa de que música é mais do que emoção, é sentimento. Gurrumul que nasceu cego em uma ilha na costa norte da Austrália, em 1970, tem em suas canções, trilhas indígenas, verdadeiras obras-primas. Para se ter uma ideia de quão importante e intensa é a produção musical de Geoffrey, o ex-líder do Police, Sting, declarou que o australiano cria um som de um ser superior”. Já a renomada revista Rolling Stone destaca que Gurrumul é uma das “mais importantes vozes da Austrália” e eu incluo, uma das mais lindas também.
As letras das canções de Geoffrey são uma espécie de híbrido, mesclando a sua língua nativa, o Yolngu, ocasionalmente com o Inglês. Essa essência e a bela voz de Gurrumul podem ser encontradas na música “Gathu Mawula”, que contou com a colaboração da percussionista do Blue King Brown, Natalie Pa’apa’a. A trilha rendeu a Geoffrey o prêmio de música e clipe do ano no National Indigenous Music Awards 2011.
Gurrumul é um daqueles músicos completos. No Yothu Yindi, Geoffrey fez participações nos vocais, tocou teclado, guitarra e o excêntrico yidaki, um instrumento aborígine percussivo, composto por pedaços de madeira batidos um no outro, uma espécie de cilindro de sopro, conhecido também como “didgeridoo”.