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12 de jun. de 2011

Novas espécies são descobertas e consideradas as mais importantes!...

1. Cogumelo da luz eterna (Mycena luxaeterna) Para abrir este Top 10, escolhemos uma espécie brasileira. Este fungo bioluminescente foi encontrado em troncos da Mata Atlântica, em São Paulo, pelo professor de Biologia da Universidade Estadual de San Francisco Dennis Desjardin. Eles escolheram o nome, luz eterna, inspirados por um movimento do Réquiem de Mozart. Desjardin já descobriu mais de 200 espécies de fungos. Ele destaca que entre cerca de 1,5 milhões de espécies conhecidas de fungos no mundo, apenas 71 são bioluminescentes.


2. Cogumelo aquático (Psathyrella aquatica) Este cogumelo não brilha, mas é capaz de frutificar embaixo d'água. Esta espécie de fungo subaquático foi observada ao longo de 11 semana, dentro d'água, e o que faz dela uma espécie distinta e que merece aparecer nesta lista das 10 mais importantes descrições do ano passado. Ele foi encontrado submerso em águas claras, frias e correntes do Rio Rogue, no Oregon, Noroeste dos Estados Unidos.

© Robert Coffan, Southern Oregon University, USA


3. O grande lagarto (Varanus bitatawa) Este lagarto é a maior espécie deste Top 10 e também o maior lagarto monitor do Norte da Floresta de Sierra Madre, nas Filipinas. Com cerca de 2 metros de comprimento e 22 quilos, este colorido lagarto que se alimenta de frutos tem um corpo escamoso e passa a maior parte do tempo nas árvores. Ele se tornou uma espécie-bandeira para a conservação nas Filipinas.

crédito: J. Brown


4. O rei dos vermes (Tyrannobdella rex) Tyrannobdella rex, traduzido do latim, significa algo parecido com “rei dos vermes tiranos”. Ele chega a mais de cinco centímetros de comprimento e tem mandíbula e dentes gigantes. Ele foi descoberto na membrana mucosa do nariz de um ser humano, no Peru. De acordo com cientistas, existem entre 600 e 700 espécies de vermes descritas, mas ainda podem haver mais de 10 mil a serem descobertas em todo o mundo.

crédito: PLoS ONE/ divulgação


5. Bactérica titânica (Halomonas titanicae) Esta bactéria ilumina os destroços submersos do famoso Titanic, aquele mesmo navio de passageiros que afundou após bater em um icebert, em 1912. Ele se fixa nas superfícies de aço e consome o óxido de ferro. Quando se espalha pela superfície, cria este efeito luminoso. Os pesquisadores acreditam que ela pode ser usada para outros fins, além de dar cores ao ferro velho, como remover restos de velhos barcos afundados e conter derramamentos de óleo.

crédito; Society for General Microbiology


6. Peixe-omelete (Halieutichthys intermedius) Este é desajeitado e estranho peixe vive em águas profundas parcialmente ou totalmente atingidas pelo derramamento de óleo no Golfo do México. Em movimento, ele parece se apoiar sobre uma bengala, se locomovendo de forma desajeitada. “Se nós ainda estamos descobrindo novas espécies de peixes no Golfo do México, imagina quanta diversidade, especialmente microdiversidade, está em locais que nós não conhecemos”, afirma John Sparjs, curador de ictiologia do Museu Americano de História Natural, um dos responsáveis pela descoberta.

crédito: Prosanta Chakrabarty, Louisiana State University, USA


7. Barata-saltadora (Saltoblattella montistabularis) Com pernas radicalmente adaptadas para saltar, esta barata encara qualquer gafanhoto. Antes de ela ser descoberta, na Reserva Natural Silvermina, que fazer parte do Parque Nacional Table Mountains, na África do Sul, só eram conhecidas baratas saltadoras que tinham vivido durante o período Jurássico. Ela tem outras diferenças em relação a baratas comuns, os olhos são hemisféricos e não em forma de rins e que se projetam para os lados da cabeça. Além disso, suas antenas tem um ponto de fixação a mais, para estabilizá-la durante os saltos.

crédito: Mike Picker, University of Cape Town, South Africa


8. Um grilo barulhento (Glomeremus orchidophilus) Este é um grilo estridente, que tem importância por ser o único polinizador da rara e ameaçada orquídea Angraecum cadetii, na Ilha de Reunião no arquipélago Mascarenhas, no Oceano Índico. Na ordem Orthoptera, ele é o primeiro polinizador regular conhecido de plantas que florescem. 9. Antílope de Walter (Philantomba walteri) Este novo antílope foi descoberto surpreendentemente em um mercado de carne de caça, por isto esta imagem não é uma fotografia. Para os responsáveis pela descoberta, entre eles Marc Colyn, da Universidade de Rennes, França, a descrição de uma nova espécie entre animais caçados é um lembrete de que novos mamíferos são descobertos, mesmo entre animais usados como alimento ou em atividades rituais. A nova espécie foi batizada em homenagem ao pesquisador Walter N. Verheyen, que desenvolveu um importante trabalho entre os mamíferos africados.


crédito: Sylvain Hugel, Université de Strasbourg, France


9. Antílope de Walter (Philantomba walteri) Este novo antílope foi descoberto surpreendentemente em um mercado de carne de caça, por isto esta imagem não é uma fotografia. Para os responsáveis pela descoberta, entre eles Marc Colyn, da Universidade de Rennes, França, a descrição de uma nova espécie entre animais caçados é um lembrete de que novos mamíferos são descobertos, mesmo entre animais usados como alimento ou em atividades rituais. A nova espécie foi batizada em homenagem ao pesquisador Walter N. Verheyen, que desenvolveu um importante trabalho entre os mamíferos africados.


© Yann LE BRIS


10. A super-teia (Caerostris darwini) As teias desta aranha, batizada em homenagem ao naturalista Charles Darwin, são imensas e foram encontradas ao longo de rios, córregos e lagos. Uma delas, com 25 metros, esticada em um rio de Madagascar tinha capturado 30 insetos. Mas o tamanho não é a única qualidade da teia desta aranha. A seda dela é duas vezes mais forte do que a de qualquer outra aranha conhecida e 10 vezes mais forte do que o Kevlar.

crédito: © Matjaž Kuntner, Scientific Research Centre of the Slovenian Academy of Sciences and Arts

Como foi feita a escolha
O Top 10 das espécies descritas em 2010 foi divulgado recentemente pelo Instituto Internacional para Exploração de Espécies da Universidade do Arizona <> e por um comitê de taxonomista de todo o mundo. O dia 23 de maio foi escolhido para o anúncio por ser o aniversário de Carolus Linnaeus, botânico sueco responsável pelo sistema moderno de denominação e classificação de plantas e animais. É uma forma que a instituição encontrou para chamar a atenção sobre a importância da biodiversidade.

Entre as espécies escolhidas, está um fungo brasileiro, encontrado na Mata Atlântica, que tem a capacidade de produzir luz. É uma das 71 espécies bioluminescentes, entre 1,5 milhão de fungos conhecidos. Há também um cogumelo que frutifica na água, insetos com poderes de super-heróis, um grande lagarto e um mamífero africano encontrado em um mercado de carne de caça.

O entomologista Quentin Wheeler, diretor do instituto americano, compara o trabalho dos taxonomistas ao dos astrônomos. Enquanto estes procuram vidas em outros planetas, os primeiros estão ocupados em explorar as formas de vida aqui mesmo na Terra. Para ele, a sustentabilidade das espécies do planeta depende de conhecê-las.

“Nosso melhor palpite é que todas as espécies descobertas desde 1758 representam menos de 20% de todas as plantas e animais que vivem no planeta Terra”, afirma o entomologista. “Uma estimativa razoável é que 10 milhões de espécies restam a ser descobertas, denominadas e classificadas antes de toda a biodiversidade e complexidade da biosfera serem conhecidas”.

A escolha é feita desde 2007, quando foi comemorado o 300 º aniversário do nascimento de Linnaeus. Desde que ele iniciou os modernos sistemas de nomeação de plantas e animais no século 18, estima-se que 2 milhões de espécies foram nomeadas, descritas e classificadas. Cientistas calculam que possa existir entre 10 milhões e 100 milhões de espécies na Terra. A maioria concorda que este número deve girar em torno de 12 milhões de espécies.

Este ano, o comitê foi presidido pela professora Mary Liz Jameson, da Universidade Estadual de Wichita. "Cada uma destas surpreendentes espécies descobertas conta uma história sobre o nosso planeta, pois eles são as peças do quebra-cabeça que nos ajudam a entender como todos os componentes da vida na Terra trabalhar em conjunto", declarou Jameson.

Saiba mais no site do Universidade do Arizona