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22 de jun. de 2011

Idade antiga

Civilização Egípcia
Egito
Máscara mortuária do faraó Tutancâmon.

Situado no nordeste da África, em uma região conhecida como Delta do Nilo, o Egito foi uma das maiores civilizações de toda a Idade Antiga. Sem dúvida, a existência do rio Nilo foi de suma importância para o desenvolvimento da civilização egípcia, visto que esses povos habitavam uma área desértica e de clima seco. Foi por causa da existência do rio que os egípcios puderam tornar a terra propícia para o desenvolvimento da agricultura. Por isso, o historiador grego Heródoto disse uma celebre frase: “O Egito é um presente do Nilo”.

Durante milhares de anos, vários grupos de pessoas de diversas origens foram se fixando nas proximidades do Nilo, cultivando plantas e domesticando animais. À medida que esses grupos foram crescendo, se aliaram entre si, fundando unidades administrativas independente (nomos). Os nomos começaram a disputar entre si o controle das terras, até que, após vários conflitos, foram formados dois reinos: o Baixo e o Alto Egito. Aproximadamente no ano de 3200 a.C, o rei do Alto Egito, Menés, conquistou o Baixo Egito, unificando os dois reinos e se tornando, portanto, o primeiro faraó da história do Egito. Essa fase, da junção dos povos em nomos até a unificação dos reinos é chamado de período Pré-Dinástico.

O período posterior, onde o Estado egípcio já havia nascido, é denominado de Período Dinástico. Nesta fase, o faraó representava mais do que um simples rei, ela era visto como a encarnação dos próprios deus, ou seja, o faraó era um semi-deus, exercendo a função de chefe administrativo, militar, juiz supremo e sumo sacerdote. 

Egito
Representação do deus Anúbis em um ritual fúnebre.

No Antigo Império (de 3200 a.C a 2300 a.C.), o Egito conheceu seu apogeu; um resultado disso foi a construção das famosas pirâmides de Quéops, Quéfrem e Miquerinos. No Médio Império (de 2100 a.C. a 1750 a.C.), o governo egípcio conseguiu uma grande prosperidade material, resultado de suas trocas com os povos orientais das margens do Mediterrâneo, porém as revoltas internas desgastaram o poder central. No Novo Império (de 1580 a.C. a 525 a.C.), os egípcios adotaram uma política expansionista, assumindo o controle de várias regiões. No entanto, enquanto os faraós e os altos funcionários esbanjavam riqueza, a maioria da população era pobre e obrigada a pagar altos impostos, o que provocou a insatisfação popular e o declínio do poder faraônico.

A estrutura da sociedade egípcia era altamente rígida. No topo estava o faraó, seguido de sacerdotes, nobres e funcionários reais. Nas camadas baixas estavam os artesãos, camponeses e por último, os escravos. A principal atividade econômica era a agricultura: trigo, cevada, algodão, linho, frutas, etc. Também houve um desenvolvimento mais discreto do artesanato e do comércio (trocas).

Os egípcios eram povos politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, representados na maioria das vezes por animais da região. Criam também na vida após a morte, onde o indivíduo seria julgado pelo deus Osíris; caso absolvido, voltaria para o seu corpo. Por esse motivo esses povos desenvolveram a técnica da mumificação: para evitar a decomposição do corpo.

Os egípcios deixaram vários legados para a humanidade. A começar pelo calendário de 365 dias e a divisão do dia em 24 horas. Podemos citar também, a arquitetura (usada em monumentos como o Monumento de Washington nos Estados Unidos, por exemplo), a escrita hieroglífica, a medicina, etc.