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13 de jun. de 2011

Histórias das drogas!... Diga, não!


História da Cocaína
Cocaína

A cocaína é uma droga obtida a partir da planta Erythroxylum coca, que pode causar a elevação ou diminuição do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, etc. Altas doses da droga podem causar convulsões, arritmias cardíacas, coma e até mesmo a morte.
A Erythroxylum coca é originária da América do Sul. Sabe-se que as folhas da planta já eram utilizadas há mais de 1200 anos pelos povos nativos do continente, sendo consumida principalmente sob a forma de chá. Vale lembrar que, neste caso, a absorção do princípio ativo da planta é muito baixa.
Como a coca tinha um caráter místico para os índios, os espanhóis proibiram seu consumo para converter os mesmos ao cristianismo. A coca foi levada para a Europa em 1580. Após um grupo de cientistas italianos ter levado a planta para o país, o químico Angelo Mariani desenvolveu, em 1863, o vinho Mariani. A bebida, de grande aceitação entre as classes mais altas e muito apreciada pelo Papa Leão XIII, consistia em uma infusão alcóolica de folhas de coca. Foi na tentativa de competir com o vinho Mariani que os americanos criaram a Coca-Cola.

Na segunda metade do século XIX, a cocaína ganhou grande popularidade. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, fascinado pelos efeitos psicotrópicos da mesma, a utilizava em seus pacientes. Nessa época, a cocaína foi popularizada como tratamento para a topxicodepêndencia de morfina.

No fim do mesmo século, começaram a aparecer os sintomas psicóticos e depressivos da droga. Em 1890, pelo menos 400 casos de danos físicos e psíquicos relacionados à cocaína já haviam sido registrados. Na segunda metade do século XX, graças ao fortalecimento do puritanismo e da ideologia proibicionista, o consumo da cocaína caiu significativamente nos Estados Unidos e Europa. Entretanto, o estímulo às experiências com substâncias psicoativas dos movimentos beat e hippie anos 50 e 60, resultaram no aumento do consumo da droga.

Atualmente, a cocaína é uma das drogas mais consumidas no mundo.

Crack

Crack
O crack é uma droga obtida a partir da planta de coca. Na verdade, podemos o definir como um subproduto da cocaína. Entre seus efeitos, podemos citar a sensação de euforia, empolgação e aumento da auto-estima do indivíduo.
A história do crack está diretamente relacionada com a da cocaína, droga que surgiu nos anos 60 e que, na época, era grandemente consumida por grupos de amigos, em um contexto recreativo. No entanto, a cocaína era uma droga cara, apelidada de “a droga dos ricos”. Esse foi o principal motivo para a criação de uma “cocaína” mais acessível.
De fato, a partir da década de 70, começaram a misturar a cocaína com outros produtos e conforme outros métodos. Foi assim que surgiu o crack, obtido por meio do aquecimento de uma mistura de cocaína, água e bicarbonato de sódio. Na década de 80, o crack se tornou grandemente popular, principalmente entre as camadas mais pobres dos Estados Unidos.
O nome “crack” é uma referência ao barulho que a droga emite quando é consumida. O crack é uma droga extremamente perigosa, uma vez pode causar infartos, derrames, problemas respiratórios e problemas mentais sérios. Outro fator que aumenta ainda mais o perigo desta droga é a dependência que ela gera. Como a sensação de euforia é relativamente rápida, o usuário é levado a consumir novas doses cada vez maiores. 

Ecstasy


Ecstasy
O ecstasy (metilenodioximetanfetamina), também denominado de MDMA, é uma droga sintetizada, isto é, feita em laboratório. Entre os efeitos da droga, podemos citar a criação de uma sensação anormal de euforia e bem-estar, além do aumento da capacidade física e mental do indivíduo e do interesse sexual. Buscando estes efeitos, muitos jovens fazem o uso do ecstasy em festas, raves e boates.
A história desta droga se inicia em 1912, quando a empresa farmacêutica Merck sintetiza a substância pela primeira vez. Em 1914, a mesma patenteou o MDMA, para ser usado como um inibidor do apetite, o que, de fato, nunca aconteceu. Em 1960, a substância chamou a atenção da comunidade científica, passando a ser empregada em psicoterapias, como um elevador do estado de ânimo.
Foi na década de 70 que a droga começou a ser consumida de forma recreativa, principalmente entre jovens que freqüentavam danceterias e festas noturnas. Nessa época, a substância ficou conhecida como “a droga do amor”, uma clara referência à sua propriedade de aumentar o interesse sexual dos indivíduos. No fim da década de 80, o ecstasy já havia ganhado grande popularidade nos Estados Unidos e na Europa, especialmente na Inglaterra e Holanda. Finalmente, a droga foi proibida em 1977, no Reino Unido; e em 1985, nos EUA.
Os efeitos indesejáveis mais comuns que o ecstasy provoca no usuário são: aumento da tensão muscular, insônia e perda de apetite. Em longo prazo, a droga pode causar alucinações, depressão, paranóia, entre outras complicações. 

Heroína

LSD (dietilamida do ácido lisérgico) é uma substância alucinógena com efeitos muito fortes. Para se ter uma idéia, a dose normalmente consumida é composta por 0,0001 grama da droga, o suficiente para provocar efeitos bastante significativos no indivíduo.
Sua história nos leva à 1938, ano que em que os químicos suíços Albert Hofmann e Arthur Stoll sintetizaram a substância pela primeira vez, em um grande programa de pesquisa que tinha o fim de descobrir derivados da ergolina úteis para a medicina.
O primeiro a experimentar os efeitos da droga foi o próprio Dr. Hofmann. Uma pequeníssima parte da substância foi absorvida por sua pele de forma acidental. Sentindo sensações estranhas e confusas, Hoffmann teve que ir embora para casa. Percebendo que o responsável por aquelas sensações seria justamente a dietilamida do ácido lisérgico, o mesmo testou em si mesmo uma dose maior da substância, o que o levou a ter alucinações estranhíssimas. Mesmo assim, o médico que o atendeu não encontrou nada de anormal, além das pupilas dilatadas.
A partir destas primeiras experiências, os Laboratórios Sandoz passaram a vender a substância para ser usada no tratamento de diversos distúrbios psiquiátricos. Os cientistas interessados podiam receber a mesma de forma gratuita. Muitos profissionais da saúde passaram a usar o LSD de forma recreativa.
Nas décadas de 60 e 70, a droga ganhou grande popularidade nos Estados Unidos e na Inglaterra, principalmente entre a comunidade hippie e os universitários. Finalmente, em 1967, a droga foi proibida nos EUA, medida também adotada por muitos países.
Os efeitos do LSD variam muito de pessoa para pessoa. Geralmente, se resumem em alucinações auditivas e visuais, sensação de estar sonhando acordado, tristeza e alegria ao mesmo tempo, sensação de estar flutuando, flashbacks, paranóia, etc.

 Heroína
Heroína

A heroína (diacetilmorfina) é uma droga derivada do ópio, uma espécie de suco extraído dos frutos imaturos das espécies de papoulas soníferas, flores da família das Papaverácea. Também foi a partir do ópio que os farmacêuticos obtiveram a morfina, substância que, inclusive, foi amplamente utilizada como analgésico em muitas guerras. Entretanto, a morfina era uma substância extremamente forte e viciante.
Foi assim que em 1874, o laboratório farmacêutico alemão Bayer desenvolveu uma substância baseada na morfina, que poderia ser usada como analgésico e que não fosse tão viciante: a heroína.
A palavra “heroína” vem do alemão “heroisch", o que significa “heróico”. A partir desta informação, pode-se perceber que a heroína era vista por muitos como uma droga salvadora. Até 1910, a substância era grandemente utilizada no tratamento de diversos tipos de doenças. Ironicamente, alguns anos após sua criação, descobriram que a heroína era ainda mais viciante do que a própria morfina, o que levou a maioria dos países a tornar seu uso ilegal a partir de 1920.
Com tal proibição, indivíduos que utilizavam a heroína em seus tratamentos se viam obrigados, em razão do vício gerado, a procurar a droga no mercado negro.

História da Maconha
Maconha
Maconha é uma droga derivada da planta Cannabis sativa, um arbusto de cerca de dois metros de altura, de origem asiática, e que cresce em zonas tropicais e temperadas. Sabe-se que a planta já era usada sob forma medicamentosa na China no ano 7000 a.C. Na Índia, a mesma era grandemente utilizada para curar prisão de ventre, malária e dores menstruais. As propriedades têxteis da Cannabis sativa fizeram com que sua fibra fosse muito aproveitada pelos romanos e gregos na fabricação de tecidos e papel.

O cultivo da planta foi difundido pelo Oriente Médio, Europa e outras regiões da Ásia. Na renascença, a maconha era um dos principais produtos da Europa; os livros de Johannes Gutemberg, o inventor da imprensa, eram feitos de papel de cânhamo.
A maconha foi levada para a África e para a América pelos europeus. Na América do Sul, as primeiras plantações da Cannabis sativa foram feitas no Chile, pelos espanhóis.  No Brasil, a mesma foi trazida pelos escravos africanos.
No final do século XIX, a planta já era utilizada como psicotrópico por artistas e escritores, no entanto, ainda era considerada um medicamento, sendo usada por muitos laboratórios farmacêuticos. A partir dos anos 60, o consumo da maconha como entorpecente passou a ser feito de forma crescente, entre pessoas de todas as classes sociais. Atualmente, a maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo: das 200 milhões de pessoas que consomem algum tipo de substância psicoativa ilícita, 160 milhões consomem a droga.