Blog

Blog

16 de jun. de 2011

Dicionário dos sonhos


 A

Abelhas - Sucesso nos negócios, pequenos lucros. (procureser ser amigo dos Insetos.)
Abismo - Más notícias, sustos, loucura.
Aborto - Fracasso nos empreendimentos, ruína.
Abraço - Alerta contra perigo.
Acidente, assistir a um - Aborrecimentos.
Acidente, sofrer um - Sucesso
Adultério - Sentimento de culpa no relacionamento amoroso.
Afogar-se - Medo.
Afogar uma pessoa - Sentir ódio dela.
Água - Volta às origens, gestação.
Água, Beber - Sede.
Água, Brincar na - Desejo de ser amado.
Água Clara, Olhar - Prosperidade.
Água Escura, Olhar - Doença.
Água, Pular na - Expectativa de uma nova chance.
Águas Agitadas - Dificuldades.
Águia - Grandes objetivos, vitórias.
Águia, segurar uma - Frustrações.  
Alimento Bom - Saúde.
Alimento Sem Sal - Falta de grana.
Alimento Ruim - Risco de morte.
Alimento, Preparar - Sucesso nos negócios.
Animais Dóceis - Companhias agradáveis.
Animais Incontroláveis - Desejos sexuais.
Anjo - Desejo de espiritualidade.
Anjo Voando - Notícias inesperadas.
Aranha - Obstáculos, sentimento de solidão.
Arco-íris - Felicidade após eventos inesperados.
Arma - Doença, mau agouro.
Árvore - Renascimento, felicidade, êxito.
Árvore derrubada ou morta - doença, azar.
Asfixia - Doença.
Assassinato - Necessidade de ver-se livre de um problema difícil.
Automóvel - Melhoria de condições financeiras.
Automóvel, Ganhar um - Desejo de sucesso nos negócios. Aves - A alma humana. Aves Voando - Prosperidade.
Aves Presas - Infelicidade.
Aves Feridas - Doença de alguém próximo.
Avião Decolando - Êxito rápido.
Avião Pousando - Ansiedade por sucesso rápido.
Avião Voando - Realização dos desejos.

B

Baile - Ambição
Baleia, Ser engolido por uma - Proteção contra perigos.
Banco - Complicações nos negócios.
Banho - Purificação, serenidade contra adversidades, interesse sexual.
Banhar-se em águas limpas - Boas notícias.
Bar - Insegurança, desejo de confraternização.
Barata - Más notícias, doença.
Barba Bem-aparada - Interesse sexual.
Barba Comprida - Idéias prejudiciais.
Barba, Cortar a - Adversidades.
Barco - Libertação, morte (ver Navio.)
Barro - Dificuldades próximas.
Bebê Feliz - Amigos.
Bebê Chorando - Doenças, decepções.
Bebê Dormindo - Desejo sexual.
Beijo - Desejo de relações sexuais.
Bicicleta, Descendo de uma - Problemas.
Bicicleta, Subindo em uma - Perspectivas favoráveis.
Bola - (ver Jogo)
Borboleta Voando - Prosperidade, boas notícias.
Briga, Olhar uma - Confusão.
Briga, Participar de uma - Decisões equivocadas.

C

Cabelos - Virilidade.
Cabelos, Pentear - Problemas gerados pela generosidade do sonhador.
Cabelos, Cortar muito os - Gastos elevados.
Cabelos Embaraçados - Problemas no lar ou nos negócios.
Cão - Amizade, necessidade de amparo.
Cães (Ver uma briga ou ser mordido por um deles) - Incômodos, perdas.
Cadáver - Morte, término de algo importante.
Cadáver, ser o - Desejo de escapar de situação complexa.
Cadeira Vazia - Surpresas desagradáveis.
Cair - Medo, transgressão do próprio código moral, sérias complicações no lar ou nos negócios.
Caixa Vazia - Problemas.
Caixa Cheia - Bons presságios.
Caixão - Morte, doenças, fracasso nos negócios.
Cama, Fazer a - Novos amigos.
Cama, Dormir numa diferente - Novas chances.
Cama, Ver alguém deitado numa - Problemas.
Caminho – Destino.
Caminho Claro - Desejo de concretizar suas metas.
Caminho Escuro - Perigos, insatisfações.
Caneta - (ver Lápis.)
Carneiro - Bons presságios.
Carta - Dificuldade.
Casa - Alma, o corpo humano.
Casa Desmoronando - Problemas nos negócios.
Casa em construção- Mudança nos planos.
Casamento - Desejo de se unir ao ser amado, transformação na vida.
Castelo - Grande ambição.
Cavalo - Virilidade, prosperidade.
Cavalo, Montar em um - Desejo sexual ou de aventura.
Cavalo Magro ou Escuro - Dissabores.
Cemitério - Ligação com o passado, novidades sobre uma pessoa há muito distante, transformações na vida.
Céu - Criatividade, impulso criador, desejo de proteção, gosto pela cultura, desejo de estar entre pessoas importantes.
Céu Nublado - Incômodos.
Chapéu Novo - Mudanças na vida.
Chapéu, Perder um - Aborrecimentos.
Chave - Mudanças.
Chave Quebrada ou perdida - Problemas.
Chave, Achar uma - Sorte.
Chefe Bem-humorado - Oportunidade para crescer profissionalmente.
Chefe Mal humorado - Desconfiança.
Choro - Tristezas.
Chuva - Fartura, prosperidade.
Chuva, Apanhar - Cuidado nos projetos.
Chuva e trovoadas - idéias confusas.
Cinema - (ver Teatro.)
Cobra - Inimigo, desejo obsessivo, ânsia sexual.
Cristal - Perfeição; ótimos presságios.
Coruja - Mau agouro.
Corvo - Prosperidade, sabedoria, podendo significar também má sorte, inclusive morte.
Criança Brincando - Felicidade para o sonhador.
Criança Doente - Prejuízos.
Criança Rindo - Perspectiva de tempos melhores.
Criança Triste - Problemas causados por alguém próximo.
Crime (Matar alguém) - Desejo de afastá-lo(a) de seu caminho.
Crime (Ver alguém morto) - Atribulações

D

Dentes - Aborrecimentos para o sonhador.
Dentes Brancos e Bonitos - Desejos realizados.
Diabo - Incompatibilidades com o sistema ético e moral do sonhador.
Dinheiro - Estabilidade.
Dinheiro, Achar - Transformação total na vida.
Dinheiro, Perder ou Roubar - Medo de perder algo muito importante.

 
E

Edifício - Projetos importantes.
Edifício Velho - Risco de ruína.
Elefante - Querer força, memória ou poder.
Elevador - Movimento.
Elevador Subindo - Sucesso.
Elevador Descendo - Aborrecimentos.
Enchente - Perigo; lucros após trabalho duro.
Enterro - Insatisfação.
Escada, Subir - Ascensão espiritual; conquista de poder, fama ou riqueza.
Escada, Descer - Problemas profundos e que não foram percebidos.
Escola - Necessidade de aprendizado.
Espada, Usar - Honrarias.
Espada, Quebrar uma - Derrota.
Espada, Manejar uma - Desejo sexual.
Espelho - Insegurança, necessidade de auto-avaliação.
Espelho Quebrado - Fracasso.
Esportes - Desejo de harmonia e trabalho coletivo.
Esqueleto - Dissabores causados por rivais.
Estrada - Movimento.
Estrada Larga - Êxito.
Estrada com curvas - Adversidades.
Evacuar - Deixar para trás complicações.

F

Faca - Medo, insatisfação, falta de harmonia com os parceiros. 
Ferrovia - Cautela em relação ao rumo da vida.
Festa - Alegria, despreocupação.
Festa com brigas - Aborrecimentos.
Flor - Felicidade.
Flor, Colher uma - Surpresas.
Flores secas - Decepções.
Floresta - Prosperidade.
Floresta, Sentir medo na - Vontade de fugir de perdas afetivas ou materiais.
Floresta com folhas caindo - Notícias ruins.
Flutuar - Sucesso conseguido com muita luta.
Fogo - Impulso sexual, emoções poderosas ou incontroláveis, riqueza.
Formiga - Complicações.
Fuga - Medo de enfrentar uma situação, superação de obstáculos.
Fumaça - Desorientação causada por problemas variados.

G

Galo Cantando - Presságio de um bom dia.
Galo Brigando - Desentendimentos familiares envolvendo ciúmes. Garrafa com líquido claro - Riqueza.
Garrafa com líquido escuro - Incidentes com a pessoa amada.
Garrafa Vazia - Dificuldades nos planos de momento.
Gato - Rival do sexo feminino.
Gato, Afugentar um - Reputação inatacável.
Gato Magro - Más notícias sobre pessoa conhecida.
Grávida, Ver uma mulher - Vantagens financeiras.
Gravidez - Ansiedade, impaciência, casamento ou filhos.
Gritar - Dissabores, doenças.
Gritar sem poder, Querer - Problemas.
Gruta - Revelação, renascimento espiritual.
Guarda-chuva - Dificuldades, brigas.
Guarda-chuva Aberto - Ajuda de amigos.
Guerra - Disputas na família.


Herança - Pequeno lucro.
Hospital - Medo de confinamento, morte.
Hospital, Ser atendido por enfermeiras em um - Vontade de ter pessoas cuidando de si.
Hotel - Desejo de uma existência mais lucrativa ou movimentada.


Igreja - Concretização de metas não atingidas, proteção (especialmente feminina).
Igreja, Entrar em uma - Relacionamento amoroso estável.
Ilha - Felicidade, conforto.
Ilha, Refugiar-se em uma - Desejo de esquecer o momento presente.
Incêndio - Contratempos, má sorte, dificuldade de se comunicar.
Inferno - Desilusões, traições.
Inferno, Deixar o - Bons presságios.
Insetos - Incômodos do cotidiano, fáceis de resolver.


Jacaré - (ver Répteis)
Janela Fechada - Desilusões.
Janela Quebrada - Decepções no amor.
Janela, Pular uma - Transgressão no código de conduta. (ver Porta)
Jantar Sozinho - Depressão mental.
Jantar interminável - Insatisfação no modo de viver, vazão de energia.
Jardim - Harmonia, conforto, equilíbrio espiritual.
Jogo - Ambição.
Jogo, Ganhar no - Sucesso.
Jogo, Perder no - Problemas.
Jogos de azar, Participar de - Gostar de risco. (ver esportes)
Jóia - Grande ambição.
Jóia, Ganhar uma - Felicidade no amor.
Jóia, Perder uma - Risco nas prosperidades pessoais.
Jóia quebrada ou embaraçada - Aborrecimentos.
Juiz proferindo sentença a favor em caso que envolve o sonhador - Êxitos próximos.
Juiz proferindo sentença contra em caso que envolve o sonhador - Medo de injustiças.


Labirinto - Confusão, complexidade.
Labirinto, Sair de um - Vitória sobre obstáculos e/ou inimigos.
Lago - Romance, prazer.
Lâmpada - Dissabores.
Lâmpada Acesa - Situação favorável.
Lápis - Dificuldades.
Leão - Sucesso, triunfo, desejo sexual. (ver Animais)
Lenço - Tristezas, perdas.
Livro - Ambição intelectual.
Livros, Estantes cheias de - Sugerem necessidade de maior aplicação às tarefas.
Livros, Estantes sem - Indicam insucessos obtidos pelo uso de conceitos errôneos.
Lobo - Falsas amizades.
Locomotiva - (Ver Avião)
Loja - Despreocupação, prazeres.
Loteria - Desejo de ganhos materiais.
Lua - Crescimento espiritual, abertura de caminhos.


Macaco - Ilusão, cuidado em relação a amigos.
Mãe - Amor, proteção, alegria.
Mãe alegre em casa - Bons presságios.
Mãe, Conversar com a - Desejo de que ela não se intrometa na vida do sonhador.
Mala - Viagens próximas, negócios favoráveis.
Mala Vazia - Prejuízos.
Mão Bem-tratada - Distinções.
Mão Decepada - Desavenças com pessoas próximas.
Mão Sangrando - Inveja.
Mãos Atadas - Repressão.
Mãos, Segurar as - Emoções contidas.
Mar - Maternidade, retorno ao passado.
Mar Calmo - Indícios favoráveis.
Mar Agitado - Perigo.
Mar e Oceano - Também sugerem morte, renascimento, recomeço.
Máscara - Decepções, fingimentos, falsos amigos.
Médico - Situação que exige ajuda externa.
Médico, Ser um - Desejo de poder.
Mesa (Pôr a mesa para alguém) - Desejo de agradar essa pessoa.
Montanha - Ambições, aspirações.
Montanha, Chegar ao topo de uma - Desejos realizados.
Montanha, Dificuldades para escalar uma - Obstáculos.
Morcego - Más notícias.
Muro, Transpor o - Êxito sobre adversidades.
Muros, Sentir-se preso entre - Frustrações.
Música Agradável - Prosperidade.
Música Desagradável - Dissabores no lar ou na profissão.


Nadar - Dominar os riscos, aproveitar a vida.
Nadar Acompanhado - Desejo de fazer novas amizades.
Nadar com dificuldade - Obstáculos consideráveis.(ver água)
Nascimento - Mudanças na família.
Naufrágio - Problemas familiares e amorosos.
Navio - Distinções.
Navio Cruzando o mar - Desejo sexual.
Neve - Introversão, dor, solidão.
Neve Caindo - Crise emocional, decepções.
Neve, Tempestade de - Insatisfação, frustrações.
Nudez - Desejo de ser notado, liberação de instintos sexuais.
Nuvens - Obstáculos.
Nuvens Claras que deixam passar a luz solar - Êxito após vencer adversidades.
Nuvens Escuras - Período de dificuldades.


Oceano - (ver Mar)
Óculos - Alteração nos planos.
Olhos - Inimigos.
Onça - Medo, decepção.
Onda - Instabilidade, perigo.
Orelha - Más notícias.
Ossos - Doenças.
Ouro - Fartura, riqueza.
Ouro, Achar - Afã por realizar suas ambições.
Ouro, Perder - Negligência.


Padre - Incertezas, indefinições.
Padre Paramentado - Auxílio inesperado.
Pai - Autoridade, repressão, dificuldades ou ressentimentos ainda não captados pelo consciente do sonhador.
Pai, Matar o - Desejo de se libertar, vontade de ser notado.
Palhaço - Decepção, traição.
Pão - Bons presságios.
Pão Velho - Incômodos.
Pão, Dividir com outros o - Felicidade que se quer compartilhar.
Passear Sozinho - Melancolia.
Passear Acompanhado - Relação estável de amor ou amizade.
Pedra - Adversidade.
Pedra, Jogar - Medo de alguém.
Peixe - Espiritualidade, favores inesperados.
Peixe Morto - Cautela quanto a prejuízos.
Peixe Nadando entre pedras e rochas - Desejo de volta à infância, aos cuidados de outras pessoas.
Perfume - Vaidade, ilusões, decepções.
Pescar calado - Boas notícias.
Pés Limpos - Bons presságios.
Pés Sujos - Infelicidade.
Piano, Ouvir - Fama.
Piano, Tocar - Ascensão profissional.  
Piano Velho - Nostalgia. (ver Música)
Piscina - (ver Lago)
Plantas, Cortar - Decisão arriscada. (ver Flor.)
Plantas em um Jardim - Prazeres, divertimentos.
Plantas Secas - Perdas.
Plantas Verdes - Notícias favoráveis.
Poço- Destino.
Poço, Cair em um - Acontecimento ruim, riscos, desastres.
Ponte, Cruzar uma - Vencer obstáculos.
Ponte Infindável - Desorientação, prejuízos e perdas(inclusive no amor).
Ponte, Passar por baixo de uma - Adversidades a vencer com paciência e organização.
Porta - Obstáculo a vencer.
Porta Aberta - Convites para atividades agradáveis e/ou instrutivas.
Porta Fechada - Infelicidade.
Porta, Ver pessoas entrando e saindo por uma - Prejuízos por mau desempenho do sonhador.
Praia - Desejo de relaxamento e prazer, interesse sexual.
Prisão - Sentimento de culpa, decepções ou perdas causadas por pessoas próximas.


Quadro, Pintar um - Ambição, desejo de sucesso artístico. Quarto, Ficar trancado em um - Obstáculos a considerar, medo.
Quebrar - Desejo de brigar.
Queda - Discussões, desentendimentos.  


Raio - Poder, amor, desejo do sonhador de impor-se à pessoa amada.
Rato - Dissabores, decepções, perversão em relação ao desejo sexual.
Rato, Matar um - Desejo de sair de uma relação emocional muito conflituosa.
Relógio - Medo de desperdiçar tempo com coisas inúteis.
Relógio Quebrado - Medo da morte, do sonhador ou de pessoa próxima a ele.
Remédio, Ingerir - Melhora de um doente.
Remédio, Comprar - Risco de acidente.
Répteis - Perigo.
Rio - Destino, autoridade paterna.
Rio Belo e Tranqüilo - Promessas vazias.
Rio Lamacento - Inveja, ciúme.
Rio, Estar num barco navegando em um - Necessidade de se auto-avaliar, finanças irregulares.
Riso - Incômodos, tristeza.
Roda em movimento - Surpresas.
Roda Parada - Aborrecimentos.
Roda Quebrada - Perdas financeiras.
Rua, Andar numa - Desejo de realização, frustração. (ver Caminho e Estrada)
Ruínas - Planos de inimigos.
Ruínas, Visitar - Vitória sobre os rivais.


Sal - Brigas com pessoas da família ou sócios.
Sangue, Manchas de - Sucesso nos negócios.
Sangue, Perder - Problemas em relação a familiares ou à honra.
Sangue, Estancar o - Triunfo na justiça, herança.
Sapato Desamarrado - Desavenças.
Sapato Engraxado - Presságios de mudanças consideráveis.
Sapato Sujo - Flexibilidade com as pessoas.
Sapo - Falso amigo, aborrecimentos.
Sede, Sentir - Complicações.
Sede, Saciar - Prognósticos favoráveis.
Serpente - Traição, conflito, revitalização. (ver Cobra)
Sol - Energia, vitalidade, conhecimento.
Sol Aparecendo entre as nuvens - Progressos, incluindo financeiros.
Sol, Nascendo - Bons presságios.
Sol, Pôr do - Obstáculos.
Suicídio - Fuga de problemas, dissabores causados por outras pessoas.


Tapete - Bem-estar.
Tapete, Limpar - Cuidado em relação a assuntos pessoais.
Teatro - Desejo de esquecer o dia-a-dia.
Telefone - Vontade de progredir nos negócios ou fazer novos amigos.
Telefone, Ouvir Tocar o - Pessoa que está distante quer falar com o sonhador.
Televisão - (ver Teatro)
Telhado - Meta a ser atingida.
Telhado, Escalar um - Lutar para conseguir seus objetivos.
Telhado, Construir um - Lucros depois de muito esforço.
Tempestade - (ver Chuva)
Terremoto - Mudanças na vida.
Tesoura - Desconfiança no amor.
Tesoura, Perder a - Tentar escapar de uma tarefa desagradável. (ver Faca)
Tesouro - Riqueza material, conquista amorosa. 
Torre - Obstáculo inacessível.
Torre, Subir na - Felicidade amorosa.
Túnel - Destino, desorientação, insegurança, vontade de escapar da responsabilidade, transição para o pós-morte.
Túnel, Viajar por um - Desejo sexual.


Urina - Virilidade, vitalidade.
Urso - Contratempos relativos ao futuro imediato, perigos no campo amoroso ou profissional.
Uvas, Comer - Empecilhos.


Vaca - Harmonia no lar.
Vaso - Diversões.
Vaso Quebrado - Tristeza.
Véu - Falta de sinceridade.
Véu, Usar um - Problemas criados pela própria dissimulação.
Véu Claro - Bons presságios, casamento.
Véu Escuro - Problemas, luto.
Viajar - Desejo de novas aventuras e prazeres.
Voar - Desejo sexual, ambição, realizações, estabilidade social ou psicológica.
Vomitar - Necessidade de livrar-se de algo.
Vulcão - Necessidade de refrear as emoções.


Xadrez - Dificuldades que levam ao crescimento interior.
Xícara, Comprar uma - Harmonia.
Xícara, Quebrar uma - Doença.

Z

Zebra - Interesses variados. (ver Animais)
Zodíaco - Prognósticos favoráveis.





O QUE NOS DIZEM OS SONHOS

Sonhar é um fenômeno que sempre chamou poderosamente a atenção do ser humano. O relativo descaso conferido aos sonhos na atualidade pode ser considerado mais a exceção do que a regra, já que em outros momentos históricos e em outras culturas eles despertavam tanto interesse quanto os acontecimentos da vigília, ou até mais. Na nossa tradição ocidental, temos os bem conhecidos exemplos da Bíblia e autores clássicos tão respeitáveis como Platão e Aristóteles têm nos legado um considerável número de escritos que nos falam da importância outorgada aos sonhos na sua época.

O pensamento dominante no Ocidente durante os três últimos séculos impõe dificuldades para estudar este fenômeno. Por um lado, porque as leis que regem o mundo da vigília não são iguais às que imperam nos sonhos: neles se realizam ações tão extraordinárias como voar sem nenhum tipo de ajuda, respirar embaixo d’água, dialogar com duendes e fadas, ou caminhar entre as chamas sem sofrer o menor dano. Por outro lado, por serem os sonhos só acessíveis através do relato dos sonhadores, é muito difícil aplicar os parâmetros objetivos requeridos habitualmente pelo método científico.

A partir de Freud, o estudo dos sonhos recobrou um respeito perdido fazia muito tempo ao abrir a possibilidade de ser abordado cientificamente. Diversos autores têm elaborado desde então suas respectivas visões para se aproximar do tema, centrando-se em sua aplicação na psicologia clínica.

Paralelamente, o público geral foi recuperando o interesse nos sonhos que, embora não estivesse completamente perdido, tinha ficado relegado ao anedótico. Hoje, há cada vez mais livros com um enfoque sério acessíveis ao leitor não especializado, assim como cursos e grupos de trabalho com sonhos dos quais a pessoa pode se beneficiar sem estar precisando necessariamente de psicoterapia. Prestar atenção aos sonhos, fazer um diário e participar de um grupo de trabalho com sonhos são atividades que, em nossos dias, vem realizando um número crescente de pessoas em todo o mundo, e isso pelos mais diversos motivos: para uns, facilita ou enriquece as relações afetivas; a outros proporciona um maior rendimento e criatividade no trabalho; há também os que sentem clarificar suas inquietações espirituais, assim como os que participam simplesmente por estarem interessados no mundo dos sonhos.

Ainda existe, porém, uma tendência a considerar os sonhos como algo prescindível. Podem despertar a curiosidade de muitas pessoas e não é raro, em conversas casuais, alguém admitir ter ficado profundamente impressionado com algo que sonhou em determinado momento, mesmo sem compreender muito bem o motivo dessa fascinação. Mas muitos são ainda os que consideram mera superstição a possibilidade de extrair um ensinamento dos sonhos, ou  mesmo aceitando a possibilidade de um trabalho sério com esse fim, não sabem onde procurar, não confiam nas ofertas que podem aparecer ou, simplesmente, na hora de lhes dedicar o tempo e o esforço necessário, consideram que existem outras prioridades.

Habitualmente, enxergamos a nós mesmos e ao mundo a nossa volta através de determinados hábitos de percepção formados ao longo da nossa história pessoal, a partir da educação que recebemos e de formas rotineiras de atuação que temos adotado mais ou menos irrefletidamente. Estes hábitos dificultam tomar consciência das infinitas possibilidades que oferece a vida. Os sonhos mostram aquilo que foi deixado de lado durante a vigília, oferecendo-nos a oportunidade de reconsiderar nossos preconceitos e ressarcir erros.

O problema é que, por estarmos acostumados demais a nossos pontos de vista habituais, não conseguimos entender o que os sonhos nos dizem. Utilizando uma linguagem natural, os sonhos sempre ampliam a perspectiva do sonhador; mas trata- se de uma linguagem que esquecemos e temos de redescobrir.

No meu sonho, eu via passar caminhões. Nas caçambas, uns homens armados vigiavam caixas onde havia meninos presos. Eu me sentia confusa e desesperada contemplando a cena.

Este sonho teve Clara, 22 anos de idade. Estava no último ano de uma carreira que tinha cursado com notas brilhantes, abria-se a sua frente um futuro profissional promissor e a perspectiva de seu casamento próximo, com um rapaz muito bem situado. Segundo ela, não havia nada mais que pedir à vida, as coisas não podiam andar melhor Não obstante, ela sofria freqüentes crises de pânico e de pesadelos; mas estava conseguindo tudo aquilo que, desde pequena, lhe diziam bastar para ser feliz. Já há algum tempo, tomava tranqüilizantes receitados por seu médico, mas ela considerava que só paliavam o problema, sem o solucionar de fato. E, mesmo sem os compreender, ela intuía que seus sonhos continham a chave do que lhe estava acontecendo. Foi assim que decidiu entrar num grupo de trabalho com sonhos.

“A arte de interpretar sonhos não se aprende em livros”, costumava dizer Jung (1). A linguagem dos sonhos não é comparável a um idioma convencional, cuja tradução se obtém em um dicionário. Pelo contrário, trata-se de deixar as próprias imagens desenrolarem seu significado. Assim, após passar um tempo examinando e revivenciando as imagens do seu sonho, Clara pôde identificar a angústia que sentiam os meninos presos nas caixas como o medo que ela sentia perante a vida. Além disso, ao sondar o talante daqueles homens armados que os vigiavam, ia-se-lhe revelando como muito próxima a sua própria atitude rígida e disciplinada, intransigente consigo mesma e com as pessoas com quem convivia, uma atitude que Clara não ousava questionar. Ao lhe propor que liberasse na sua imaginação as crianças do sonho, ela pode experimentar uma alegria que não se permitia sentir desde a adolescência.

A partir desse momento, ela começou a perceber o sentido que lhe oferecia uma vida que ia além de uma imagem socialmente correta. Aos poucos, ela foi abrindo espaço no seu interior a uma sensibilidade que dulcificou e refrescou sua existência, afundada até aquele momento numa escrupulosidade exagerada e numa desoladora pobreza espiritual. Talvez tivesse sido mais cômodo não escutar o seu sonho e deixar as coisas seguirem seu curso, mas Clara optou por se comprometer com as novas possibilidades de transformação interna que se lhe apresentavam e que, no decorrer do tempo, a conduziram a um enriquecimento existencial e a viver a vida com maior intensidade.

Às vezes, podemos nos sentir cômodos adotando uma atitude equivocada, mas se não a corrigimos a tempo as conseqüências são desastrosas. Luís, com trinta e um anos, decidiu abrir um negócio associando-se a um antigo companheiro de escola. Começou muito bem, parecia que tudo andava sobre rodas, quando uma noite ele teve este sonho:

Estou indo no carro do meu sócio, ele dirige e eu estou no banco de trás. Um golpe de vento faz girar o carro repentinamente. Eu digo a mim mesmo: “Começou!”, como se eu já soubesse o que ia acontecer. Protejo meu rosto com minhas mãos, preocupado com o que possa me acontecer. Um tornado faz o carro girar como um pião até os vidros estalarem. Um instante mais tarde, eu me vejo junto ao meu pai; ele diz que eu passei sete meses em coma. Estou com as mãos destroçadas pelos vidros, quase não as posso mover. Lamento-me do meu estado, mas ele me diz que podia ter sido pior. Ao que parece, meu sócio se cortou levemente no rosto.

Luís compartilhou este sonho no grupo de trabalho com sonhos. Num momento do trabalho foi lhe sugerido que se imaginasse, ele mesmo, como sendo o tornado do sonho. Luís expressou o que sentia neste papel com as seguintes palavras: “Sou poderoso, eu posso fazer o que me der na telha”. A seguir, elaborando sobre como se sentia em relação ao tema do poder, foi comentando que, apesar de ter sido pactuado que ambos teriam iguais competências na direção do negócio, o sócio o estava deixando cada vez com menos capacidade de decisão, ignorando as suas propostas e tomando iniciativas relevantes sem o consultar. Luís estava sendo relegado a um papel cada vez mais secundário, passando de fato a agir mais como secretário do seu sócio do que como co-diretor. Assim, no sonho a sócio estava dirigindo o próprio carro e Luís se deixava levar no banco de trás Mas o Luís não queria ou não podia ver isso - no sonho, as mãos cobriam seus olhos. Na sua imaginação, reivindicar seus direitos equivalia a ser despótico ou mesquinho, e esses eram comportamentos que ele odiava. Queria salvar sua imagem, do mesmo modo que no sonho protegia o rosto. Entretanto, a partir do trabalho realizado com esse sonho ele pôde tomar consciência de uma série de medos e bloqueios que lhe impediam de avaliar adequadamente o que estava sucedendo. Decidiu então adotar uma atitude mais enérgica que, além de transformar profundamente aquela auto-imagem de pessoa amável e respeitosa, lhe permitiu sair de uma confusão da qual, se tivesse continuado com sua atitude anterior, dificilmente teria se livrado - no sonho não podia mover as mãos.

Com certeza, quando se está passando por uma crise, é mais fácil questionar os pontos de vista pessoais. Contudo, ver as coisas de um modo diferente e atuar em conseqüência dá medo. Preferimos nos guiar pelo velho ditado: “É melhor o mau conhecido que o bom por conhecer”. Quebrar esquemas assusta, é mais fácil se agarrar aos valores que dita a sociedade, desdenhando a própria verdade interior. Os sonhos são a voz de nossa natureza mais íntima e neles se expressa o mais autêntico de nós mesmos. Eles mostram um caminho e segui-lo representa uma aventura que conduz ao autêntico sentido da vida, desmascarando aquelas atitudes incongruentes com o nosso ser mais profundo, que dominam nossa forma de pensar e agir. Isso nos permite superar limitações que só existem em nossa fantasia. Compreender nossos sonhos nos abre a porta a um caminho de transformação, evolução e superação.

Carlos Bein

(1) Jung, C. G.: “Civilização em transição”. CW 10, § 325. Vozes, Petrópolis, 1993

Bibliografia recomendada

Delaney, Gayle - O Livro de Ouro dos Sonhos - Ediouro Publicações, Rio de Janeiro, 2000.
Bosnak, Robert - Breve Curso Sobre Sonhos: técnica junguiana para trabalhar com os sonhos - Paulus, São Paulo, 1994.
Bosnak, Robert - Desvendando os Mistérios dos Sonhos - Nova Era (ed. Record), RJ 2002.
Thurston, Mark - Sonhos: respostas desta noite para as dúvidas de amanhã - Editora Pensamento, São Paulo, 1997.



SONHOS: O REFÚGIO DOS DESEJOS

Fizeram-se vãos esforços, através dos séculos, na tentativa de se compreenderem e de se explicarem os sonhos. Mas, acreditamos não haver grande diferença no modo como as raças primitivas e os povos da Antiguidade os relacionavam, pois ambos criam que os sonhos eram revelações de deuses ou de demônios, provindo de intervenções de seres de outro mundo, dando aos indivíduos a possibilidade de previsão de algum evento.
Ainda hoje, essa sensação perdura para muitos, concomitantemente com outra de que existe uma mensagem a ser traduzida a cada vez que lembramos ou relatamos um sonho.

E essa tentativa de apreender o significado do sonho faz com que nos deparemos, em nosso cotidiano, com grande volume de artigos, livros e manuais de interpretação, além de inúmeros simpósios, jornadas e congressos que há sobre o tema. Sendo assim, desde os indicadores para jogos de azar até os tratados biológicos são bastante procurados por variadas classes sociais na esperança de encontrarem solução para seus males.

Observamos, porém, que a questão afetiva, nos sonhos, geralmente, não recebe o devido questionamento.

Pensando nos sentimentos e vivências de um sonho, notamos que nos remetem a uma variedade de emoções vívidas, como se estivéssemos assistindo a um filme ou lendo um livro, absorvidos em sua trama. Assim sendo, um sonho raramente deixa impune o sonhador, despertando-lhe, ao acordar, intensas emoções. Somos, certamente, capazes de perder um dia de humor, ficar enojados ou irritados com o que sonhamos ou, contrariamente, o prazer do sonho pode fornecer o ânimo necessário ao dia que começa.

A originalidade do sonho difere da produção de um filme, pois sua riqueza consiste no fato de que é “um filme” produzido e visto apenas por nós. Podemos dizer que somos, simultaneamente, autores, diretores, atores e espectadores dessas cenas que falam de nossa alma, onde nos reconhecemos ou não, como agente desse enredo.

E, exatamente pelo fato de produzirmos, encenarmos e retratarmos experiências que o mundo real jamais nos permitiria vivenciar, é que o sonho torna-se o maior veículo para escoar nossos sentimentos. É nesse lugar que o sonhador desempenha, a seu bel-prazer, todos os papéis possíveis, desde os mais loucos aos mais santos, aterrorizantes e carismáticos, sendo capazes de converter uma emoção, de criar, produzir e construir as mais fantásticas cenas. A elaboração do sonho é um trabalho árduo para o sonhador, pois tem um sentido profundamente enraizado na vida da pessoa que o elabora.

No estado de vigília, a atividade de pensar recorre, quase exclusivamente, a conceitos, utilizando-se, também, em menor grau, de imagens auditivas e impressões que pertencem a outros sentidos. Nos sonhos, em contrapartida, temos a predominância de imagens visuais, pois nos parece uma experiência vivida e não uma atividade de pensar, representando uma idéia como fato acontecido. É na maioria das vezes ao despertar, que percebemos que estivemos sonhando. Portanto, o sonho serve-se da dramatização, e não da fala, exprimindo sofrimentos, angústias e desejos de modo visceral, alucinando.

Os sonhos podem nos revelar as mais intensas e primitivas paixões, como um filme em projeção, só que, ao acordamos, deparamo-nos com o impacto das imagens que foram dramatizadas e vivenciadas com vigor e emoção.

Por essa revelação, o ato de sonhar não pode deixar de existir, pois é o que sustenta a vida psíquica do indivíduo. É um recurso para lidar com as impossibilidades, na busca de harmonização dos impulsos. O sonho é uma operação contínua de descarga de conflitos, relativamente válida para o alívio de problemas insolúveis da vida. Por exemplo, em sonho, desaforos podem ser ditos a um chefe, em resposta às injustiças sofridas durante o dia de trabalho, sem ter como conseqüência uma demissão imediata.

Paralelamente, os sonhos existem para proteger o sono, isto é, para permitir que a pessoa continue a dormir, repondo suas energias. Conforme Freud sentencia: “O sonho é o guardião do sono”.

Foi Freud o primeiro a acreditar que o estudo e o entendimento dos sonhos abririam nossa compreensão para o imenso espaço interior da alma, até então não conhecido. Em seus atendimentos clínicos, propôs-se a mergulhar num mundo de escuridão, incertezas e caos, na tentativa de compreender a mensagem contida no sonho.

A produção do sonho tem como motor os desejos. Na verdade, são eles a força propulsora para emersão de um sonho. São desejos insatisfeitos que reclamam por satisfação. Os desejos são, portanto, excitações psíquicas que fariam o sujeito acordar, por isso o sonho-Guardião do sono-, usa de artifícios para que sejam representados, permitindo que o sujeito continue a dormir. Por exemplo, tripulantes de um navio naufragado que se encontram incomunicáveis e sem suprimentos sonham com uma montanha de cigarros, com banquetes, com recebimento de telefonemas de pessoas da família. No entanto, nem todos os desejos são dessa espécie, tão imediatista. Existem desejos que são inadmissíveis para o sonhador pelo fato de entrarem em conflito com regras de conduta e leis morais julgadas válidas pela sociedade e internalizadas pelo próprio sonhador.

Nos sonhos, sentimo-nos o centro do universo, livres e desimpedidos de todas obrigações morais e sociais e nos entregamos de corpo e alma aos desejos, lançando-nos com sofreguidão à procura de prazer. Paradoxalmente, as tendências moralmente elevadas, as aspirações socialmente apreciadas lutam por se fazerem valer, e, comumente, esses dois tipos de tendências opostas entram em conflito. De um lado, os desejos inadmissíveis que tentam ser satisfeitos de modo imediato e, de outro, um agente censor que nos aponta a moral e a ética vigente, indicando-nos o certo e o errado; o possível e o impossível; o permitido e o proibido. Por conseguinte, a satisfação desses desejos inadmissíveis requer, como conseqüência, uma nova forma de apresentá-los, uma nova roupagem, para que o sonhador não se horrorize com as cenas de seu próprio filme/sonho. Por vezes, a confusão com que os sonhos se  apresentam e sua difícil compreensão não passam de expressão de uma forte deformação que o desejo inadmissível sofreu ao se exteriorizar em forma de sonho. Podemos, assim, afirmar que esse tipo de sonho, habitual na pessoa adulta, é uma realização disfarçada de desejos insatisfeitos. Os sonhos são, portanto, realizações intangíveis de desejos não consumados.

Os instigadores oníricos provêm fundamentalmente de acontecimentos recentes na vida do sujeito. Trabalhos inacabados, preocupações intensas, a visão de um assalto, o brilho da lua no mar, o pôr do sol, e tantas outras impressões são capazes de suscitar um sonho, na medida em que se vinculem a um desejo inconsciente. Eventos externos necessitam de uma relação com as situações do mundo interno do sujeito, a fim de viabilizarem um sonho. Ou seja, os restos diurnos, por si sós, não conseguem produzir um sonho.

Apesar de o sonho se alimentar de materiais recentes, sua interpretação nos remete a um passado distante a que estão ligados esses desejos inconscientes. Pois esses desejos recalcados, imortais, vivem de prontidão e aguardam permanentemente a sua descarga, assim que são reinvestidos. São desejos infantis, eventos de um passado remoto, que permaneceram ignorados, e que nos sonhos são reanimados e, a cada investida, retornam para se satisfazerem. No âmago de todos os sonhos, encontra-se um desejo infantil.

Sendo assim, consideramos possuir o sonho uma complexa rede de associações entre o passado e o presente do sujeito.

As forças defensivas, que durante o estado de vigília são verdadeiras “guardiãs” da consciência, mantendo-se em plena atividade, enfraquecem enquanto o sujeito dorme, tornando, dessa maneira, possível a emergência dos desejos. Não obstante, tal enfraquecimento é relativo, pois as forças defensivas continuam operando com uma certa carga de energia, mesmo em estado de repouso, obrigando os desejos inadmissíveis a engendrarem-se num disfarce, apresentando-se, na maioria das vezes, profundamente deformados nos sonhos.

 A anarquia com que se apresentam os sonhos se deve ao fato de que os pensamentos oníricos são comprimidos, condensados, deslocados e superpostos uns aos outros. Essa é a possibilidade de um desejo emergir das profundezas da mente. De uma forma disfarçada, deformada, o sujeito chega a ponto de não reconhecer seus próprios desejos e ter a ilusão de mantê-los distantes. Podemos afirmar que o discurso sustentado pelo sonho separa o homem de si mesmo.

A dimensão metafórica com que se apresentam os sonhos revela uma verdade que se confessa por meio de símbolos. De fato, tentamos nos superar a fim de revelar desejos que não admitimos em nós mesmos, das quais sentimos repugnância em pensar e falar, e que preferiríamos não contar a outras pessoas. Esses sonhos de caráter desagradável aparecem distorcidos até se tornarem irreconhecíveis, ocultando os desejos.

Os fatos sonhados se misturam uns com os outros de qualquer maneira, desprovidos de lógica, como se fossem um amontoado de imagens e idéias desconexas e desordenadas. Mas é dentro dessa anarquia que reside a mais alta harmonia da expressão dos sentimentos.

A esse conteúdo, inacessível à consciência do sujeito, que remete a desejos inconscientes e proibidos, chamamos de pensamento latente. O acesso ao pensamento latente só é obtido através do trabalho de análise interpretativa do sonho, que seria a decodificação dessa manifestação onírica de acordo com o código de linguagem pessoal do sujeito.

O trabalho do sonho consiste em transformar os pensamentos latentes em conteúdo manifesto. O conteúdo manifesto se caracteriza pela narrativa do sonho tal como o sujeito o recorda e exprime.

Transformando os pensamentos latentes em conteúdo, faz-se necessário um jogo de artimanhas que tentam driblar a censura, para que esses desejos tenham condição de serem expressos, tal como, numa situação do contrabando, onde há necessidade de se camuflar a mercadoria proibida, para que ela passe pela alfândega sem ser percebida. Sendo assim, a transformação ocorrida com o conteúdo latente não é arbitrária, ela é pré-determinada, necessária e suficientemente eficaz para dissimular a razão do desejo. A censura protege os desejos para que esses não sejam reconhecidos. Ela tem o poder de propiciar o surgimento de lacunas, fazer omissões, e acrescentar elementos ao conteúdo manifesto. Isso faz com que o sonho, por vezes, produza algo ridículo e estranho. Essa é uma das razões porque ao sonho é imputado pouco valor.

Na maioria das vezes, quanto mais próximos estamos do conteúdo latente, mais disfarces se fazem necessários; ou, como outra alternativa, podemos nos aproximar desse conteúdo latente, transformando-o em um conteúdo manifesto completamente destituído de sua carga afetiva ou,  ainda, incutindo-lhe uma afetividade inversa. Exemplificando, uma pessoa relata o sonho da leitura “do atestado de óbito cor-de-rosa do pai”. Enfrentar a morte do pai foi algo penoso, uma fase negra em sua vida. Substituindo o negro do luto pelo rosa, ele afasta os sentimentos dolorosos do acontecido, e tenta driblar a tristeza da memória do falecimento do pai, acreditando ser a vida cor-de-rosa, de alegrias. Essa inversão na afetividade serviu para aliviar o sujeito das tensões causadas pelo ocorrido.

Consideramos, assim, que alguns mecanismos sejam necessários na transformação do pensamento latente em conteúdo manifesto. O primeiro deles é a condensação, onde o relato manifesto do sonho aparece como uma tradução resumida dos pensamentos latentes.

 A condensação funciona suprimindo partes dos pensamentos latentes, permitindo que apenas uma parte desses apareça, ou ainda, reunindo diferentes elementos desses pensamentos latentes em um único elemento do conteúdo manifesto, numa única idéia ou imagem. Exemplo: Era “A” com a voz de “B”, com o olhar de “C”, com o sorriso de “D”, falando coisas como se fosse “E”. Essas pessoas unidas em uma só estão relacionadas entre si para o sujeito que sonhando, torna-se capaz de representá-las em uma única imagem, reunindo características próprias de cada uma daquelas pessoas, tal como um mosaico, numa colagem, onde “pessoas compostas” ou “figuras coletivas” são representadas. E quem de nós nunca se deparou com imagens desse tipo em seus próprios sonhos ou nunca ouviu relatos desse gênero?

Outro mecanismo é o deslocamento. Nesse processo, o acento psíquico se transfere, ou “desloca”, de um elemento para outro. Geralmente, aquilo que é importante passa ocupar um plano secundário no sonho, enquanto um elemento insignificante sobressai e passa a ter relevância. Trata-se de representar o essencial pelo acessório, ou seja, o importante aos pensamentos latentes do sonho não está, por vezes, representado. Há uma transferência de valores, fazendo com que haja uma alteração, um deslocamento de sentido.

O deslocamento e a condensação adquirem maior coerência através da elaboração secundária. Esse terceiro mecanismo faz com que características absurdas e bizarras, do sonho obtenham uma lógica aparente, na tentativa de aproximá-lo do pensamento diurno. A fim de cumprir esse propósito de remodelação do material psíquico, a elaboração secundária também utiliza acréscimos, omissões, enlaces de elementos, no intuito de tornar o sonho coerente. Sabemos, porém, que esse sentido emprestado ao sonho é tão enganoso quanto aquele oferecido pelo deslocamento e pela condensação, ambos a serviço de distorcer seu verdadeiro significado.

Uma pessoa sonha estar no escritório da casa de uma amiga, onde observa, numa prateleira, uma torneira de banheiro como peça decorativa. No processo de interpretação do sonho, é inquirido sobre a amiga, revelando, então, o interesse sexual que mantém por ela e a impossibilidade de conquistá-la, já que esta é namorada de um amigo. Em associação a essa fala, cantarola uma música cuja letra diz o seguinte: “Estou amando loucamente a namoradinha de um amigo meu, sei que estou errado, mas nem mesmo sei como isto aconteceu, um dia sem querer olhei em seu olhar e disfarcei até pra ninguém notar. Vou procurar alguém que não tenha ninguém, pois comigo aconteceu gostar da namorada de um amigo meu”, a seguir cai numa risada incontrolável e rememora que a peça do banheiro vista no sonho era semelhante à do banheiro de uma antiga residência, onde passara alguns anos de sua infância e onde ocorrera uma situação perturbadora: ter sido surpreendido no banheiro masturbando-se, sendo punido por seu pai.

Aliando essa recordação a outra lembrança, o paciente recorda-se de que seu pai chamava sua mãe de “minha namoradinha”. A beleza da mãe é exaltada, confessando o paciente que suas fantasias eróticas masturbatórias diziam respeito à figura materna - “A namoradinha proibida de um amigo meu”. Novas risadas.

Portanto, esse sonho e as associações subseqüentes nos mostram o efeito do deslocamento, onde o que é essencial passa a um plano secundário. Os acontecimentos no banheiro ficam representados pela timidez de uma peça decorativa. E o amor impossível por sua mãe, pela impossibilidade de conquistar a namorada do amigo.

A procura de uma ajuda psicanalítica deveu-se ao sofrimento do paciente em relação às mulheres, sua dificuldade de aproximação e seu fracasso na relação sexual. Ejaculava precocemente e não tinha uma ereção satisfatória.
 Aprofundando-se no entendimento desse sonho, novas associações sucederam-se: -“Se eu me aproximar de uma mulher, conquistá-la e possuí-la, vou ser punido severamente por isso”. Uma ereção satisfatória ficava, assim, impossibilitada, já que remetia ao temor de uma subseqüente punição: sobrepujar o pai, gozar imaginariamente com a mãe, é ter como conseqüência a ameaça de castração.

A ejaculação precoce servia ao propósito de alcançar um gozo, no entanto, esse gozo devia, necessariamente, ser rápido, quase que imperceptível, a fim de ocultar seu objetivo.- “Uma rapidinha para eu não ser surpreendido”. –“...que ninguém chegue a tempo de me interromper”. E, assim, gozava ilusoriamente, com o amor de sua infância e tinha a sensação de ter burlado o pai.

O gozo era um gozo interditado pelo pai castrador, único detentor da posse da mãe e, por contigüidade, detentor da posse de todas as mulheres. Sabemos que, na fantasia da criança, tudo isso é realidade. O sonho faz o transporte dessa realidade infantil, das situações impossíveis de serem vividas na infância para o sonho adulto. Ou seja, estamos sempre retrocedendo ao nosso passado, mesmo sem o desejar e sem nos conscientizarmos disso.

O sonho prestou-se a aproximar o sonhador de seus conflitos e desejos. Desejos inconscientes que possuíam uma estreita relação com a sexualidade infantil. Desejos incestuosos que a análise interpretativa do sonho trouxe à luz.

Concluindo, acreditamos que a mensagem contida no sonho remete, inexoravelmente, às questões afetivas do sujeito que sonha. O espaço que o sonho demarca serve como refúgio da alma, refúgio dos desejos. Nesse lugar, liberamos nossos sentimentos e escapamos do julgamento moral que atribuímos às situações. O sonho, um mito personalizado, o emaranhado de uma história pessoal, simboliza a dinâmica da psique.

Nos sonhos, os conteúdos são distorcidos pelo mecanismo de censura que exige um disfarce, a fim de que os desejos possam ser realizados sem serem reconhecidos, daí o caráter absurdo e desconexo do relato dos sonhos.

Este refúgio, em que penetramos durante o sono, nos pertence com toda a sua autenticidade. Lá reside a mágica da infância e as esperanças da vida adulta. Desejos infantis, que permaneceram recalcados, inconscientes, têm a possibilidade de retornarem e de se realizarem a cada sonho.

A análise interpretativa do sonho conduz, certamente, a uma melhor compreensão dos nossos sentimentos e emoções, trazendo à luz desejos infantis esquecidos, mas jamais perdidos, que influenciam e movimentam nossas vidas, sem que, no entanto, nos apercebamos disto.

Ana Maria Neiva Armentano-Psicóloga, especialista em psicologia clínica.
Professora ensino público, professora substituta UERJ(2001).


TIPOS DE SONHOS

Existe muitos tipos diferentes de sonhos. As pessoas vem estudando-os, tentando entendê-los e dividindo-os em grupos.

Sonhos criativos: Pessoas que tem sonhos criativos representam seus sonhos através da pintura ou mesmo através de livros.

Sonhos lúcidos: A pessoa está sonhando, sabe que está sonhando e conseguem controlar o que está acontecendo como se estivessem direcionando um filme. Essas pessoas conseguem se encontrar com outras pessoas pelo seus sonhos e depois quando acordam, descobrem que a pessoa com quem sonharam tiveram o mesmo sonho com as mesmas pessoas e as mesmas coisas.

Pesadelos: Sonhar com monstros, fantasmas significa que você está com medo de alguma coisa na vida real e que precisa ser confrontado. Se você sonhou que você está preso em algum lugar, isso significa que você está preso à uma situação na vida real.

Sonhos previsíveis: São sonhos em que a pessoa que está sonhando alega que certos eventos irá acontecer no futuro.

Sonhos repetitivos: Se você sonha com a mesma coisa mais de uma vez, isso quer dizer que alguma coisa está te preocupando na vida real.

Sonhos sensuais: Todos nós sonhamos sobre sexualidade, especialmente quando estamos passando pela fase da puberdade. É perfeitamente natural sonharmos com esse tipo de coisa em qualquer estágio de nossas vidas.

SÍMBOLOS  EM  SONHOS


Existe diversos jeitos de entender os sonhos. A melhor maneira de entendê-los é seguir seu coração e sua intuição. Apresentamos uma lista com os símbolos mais comuns que aparecem nos sonhos.

Árvores: São símbolos da vida e também podem significar família.

Voar: É um símbolo clássico. Pode vir em forma de pássaros ou aviões, mas todos eles querem dizer liberdade.

Números: São bastante significantes. Cada número tem um significado diferente.

Morte: Geralmente não é sobre alguém que está morrendo. Pode significar o fim de uma fase da sua vida ou o fim de alguma coisa que não é mais útil para você.

Jardins: Representam como você está se sentindo no momento. Se você sonhou com um jardim, tente lembrar dos detalhes, como se parecia e se tinha muitas flores.

Cruzamento: Quer dizer que você tem muitos caminhos diferentes para você escolher e tomar na sua vida. Preste atenção nas placas que você vê no seu sonho, isso poderá ajudar você a tomar uma decisão.

Nascimento: Literalmente pode significar a chegada de um bebê mas também pode significar o começo de uma nova vida.

Prédios: Representam você mesmo. Se você tem sonhos com corredores e cômodos é porque você está tentando entender você mesmo.

Montanhas: Significam coisas que você mais deseja em sua vida. Também podem significar obstáculos que devem ser superados.

Comida e bebida: Aparecem em sonhos quase que sempre, mesmo estando sem fome ou sem sede. Significa que você precisa de alguma coisa extra em sua vida.

Mapas: Pode nos mostrar qual é o caminho que devemos tomar e também pode significar viagem pela frente.


OS DEZ SONHOS MAIS COMUNS


EROTISMO

Sonhar com um romance ardente não quer dizer que você está apaixonada pelo companheiro de fantasia. O sentido mais evidente é que você está insatisfeita com sua vida sexual e deseja que as coisas mudem. A mudança, é claro, pode ser até com seu atual companheiro, se você o ama mesmo.

SUCESSO

Você se vê numa festa, muito bem vestida, conversando com pessoas muito importantes.
E o que é mais incrível, todos ouvem você com a maior atenção. Este sonho demonstra o quanto você quer sucesso na vida.

NUDEZ

Se, ao se ver nua no meio da multidão, você fica embaraçada, é porque tem medo de revelar seus verdadeiros sentimentos. Você sofre de inadaptação social: acha que ninguém vai aceitá-la do jeito que é. Mas, se você fica feliz com a situação, o sonho pode estar revelando plena satisfação com sua vida sexual e seu companheiro.

CASA

Uma casa é sinal que você deseja segurança. A fachada mostra a imagem que você tem de sua vida. A adega ou o porão representa o inconsciente. A cozinha, o lugar da dominação feminina.
Um celeiro, a infância. Se um quarto está cheio de água, falta-lhe segurança. Demolir a casa mostra que você é capaz de superar uma perda recente, tanto no plano material como afetivo.
Se a casa tem aranhas, um ambiente mórbido, é sinal de que você tem problemas.

MORTE

Na Antiguidade, os sonhos com morte eram vistos como promessas de vida longa e casamento feliz. Hoje são encarados como uma expressão inconsciente do seu desejo de mudar de vida.
Nada a ver com doenças ou morte. Encontrar um cadáver dentro de uma mala ou caixa, quer dizer que você quer enterrar alguma coisa que a preocupa há muito tempo.
É a necessidade de começar tudo novo.

NADAR

Sonhar que estamos nadando pode ser o anúncio de duas coisas bem conflitantes: alegrias ou dificuldades. Se você sonha que mergulha, quer dizer que se sente pressionada a tomar uma decisão. Saber nadar mostra que você se sente forte para superar um obstáculo. Dependendo da situação, o sonho pode significar o combate solitário que você trava para progredir, ou a alegria passiva de se deixar levar pela onda, sem tentar modificar os fatos a seu favor.

VOAR
Para Freud, voando o homem dá livre curso a seus instintos amorosos. A mulher deixa transparecer o desejo de ser livre. As imagens de vôo são um bom sinal, desde que você domine
o momento e não sinta medo de cair. Fugir de alguma coisa significa a vontade de se livrar de responsabilidades.

QUEDA

Você está num lugar alto e começa a cair. Você está angustiada com a idéia de perder o controle sobre uma situação. Tem medo de perder o apoio da sua família ou dos amigos ao realizar uma evolução importante em sua vida. Você certamente está diante de um momento muito decisivo.

SOCORRO

Você sonha que está sendo perseguida, ameaçada e está paralisada pelo medo. O pior é que não consegue gritar, fugir ou se defender. O significado é claro: você se sente em xeque, sem saída.

DENTES

São sonhos freqüentes, com significado quase que exclusivamente sexual. Dentes bons: sensualidade viva, intenso apetite de viver. Sonhar que perde um dente: para o homem, é medo da impotência; para a mulher, é sinal de estar pouco à vontade sexualmente.